Acordo do G20 ‘entalado no carvão’ da China e Índia: combustíveis fósseis continuam a ‘bombar’
Os países do G20 não conseguiram chegar a um acordo sobre um calendário para a redução da produção de combustíveis fósseis (petróleo, gás, carvão). O G20 é, como se sabe, um grupo de 20 das maiores economias do mundo (19 + União Europeia), e seus ministros das finanças reuniram-se em Bali, na Indonésia, na semana passada, mas a China e a Índia opuseram-se a um calendário para a redução da produção de combustíveis fósseis, argumentando que isso prejudicaria muito o seu desenvolvimento económico. Eles também argumentaram que os países desenvolvidos devem liderar a redução das emissões, já que são os maiores responsáveis pela mudança climática. Os países mais desenvolvidos, por outro lado, argumentaram que é necessário agir agora para reduzir as emissões, a fim de evitar os piores efeitos da mudança climática.
Como bem se sabe, este confronto entre quem quer a mudança esbarra fortemente nos interesses de países como a China e a Índia cujas economias estão extremamente dependentes do petróleo, gás, carvão e por isso, continuam a travar acordos.
O comunicado final não menciona sequer o carvão, um dos grandes contribuintes para o aquecimento do planeta, mas também uma das principais fontes de energia para países como a Índia, o mais populoso do mundo, e a China, segunda economia mundial.
há muito que o G20 tem tentado travar os combustíveis fósseis, em 2015, comprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 26-28% abaixo dos níveis de 2005 até 2030. Em 2020, novo compromisso: emissões líquidas zero até 2050. É um compromisso mais ambicioso e como se percebe não é claro como os países do G20 o vão alcançar. Travar os combustíveis fósseis significa investir muito em energias renováveis, como solar e eólica, e penalizar os combustíveis fósseis. Mas também significa ajudar os países em desenvolvimento a fazer a transição para uma economia de baixo carbono.
A única conclusão de mais uma cimeira é muito simples: as mudanças climáticas ganham cada vez mais avanço nesta ‘maratona’…
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