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Carlos Tavares: “liberdade da mobilidade está em risco na Europa, os políticos têm que ouvir…”

By on 17 Julho, 2023

Carlos Tavares, CEO da Stellantis, tem-se manifestado contra os políticos da União Europeia e contra as suas decisões, mas não está sozinho nesse caminho, pois há outros responsáveis que têm criticado a União Europeia por causa das medidas que têm tomado.

Por exemplo, a Volkswagen, a Ford, e não só. Uns dizem que as políticas da UE são “um tiro no pé” para a indústria automóvel europeia, outros que estão a “criar uma barreira injustificável” para as empresas da indústria automóvel europeia.

As críticas às políticas da UE foram particularmente fortes em relação à proposta da UE de proibir a venda de veículos a combustão a partir de 2035, que como se sabe foi alterada, passando a permitir a venda de veículos com motores de combustão interna que funcionem com combustíveis sintéticos.

A UE tomou esta decisão após pressão das empresas da indústria automóvel, que argumentaram que os combustíveis sintéticos são uma tecnologia promissora que pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A UE está a trabalhar com os Estados-membros para desenvolver um quadro regulamentar para os combustíveis sintéticos. O objetivo é que estes estejam disponíveis em quantidade suficiente a partir de 2035 para apoiar a transição para veículos elétricos…porque vai ser necessário. Quando lhe perguntámos como se pode por os políticos a ouvir as pessoas: “Penso que temos uma grande voz. A Stellantis tem 26.000 engenheiros, que fazem um grande trabalho científico. Somos uma grande empresa, mas também um alvo, é suposto sermos rigorosamente cumpridores e somos, mas como cidadãos, podemos ter uma perspetiva maior e liberdade para partilhar o nosso entendimento científico do futuro, com qualquer um que queira discutir isso connosco.

A propósito, criámos o Freedom of Mobility Forum, e a liberdade da mobilidade está em risco na Europa, do ponto de vista da acessibilidade económica, mas como empresa temos que estar em conformidade.

E se os líderes políticos não quiserem fazer perguntas, ou ouvir as nossas respostas, então não há nada que possamos fazer.

A imprensa tem que tomar uma posição, as pessoas nas redes sociais, e dizer, não, vocês governantes têm que ouvir essas pessoas, não forçosamente a Stellantis, pode ser outra, mas deviam ouvir, porque não o estão a fazer, e se não for colocada pressão nos políticos eles não se vão importar.”, disse, deixando claro que os políticos estão em alguns casos a tomar as decisões que os colocam mais bem vistos perante os seus eleitores, ao invés se escrutinarem melhor o que se está a passar e as consequências de eventuais políticas mal definidas…

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