Ritmo de crescimento das exportações de componentes automóveis superior face a 2019
As exportações de componentes automóveis registaram no mês de abril uma nova subida em comparação ao mesmo período de 2022, sendo este o 12º mês consecutivo com um crescimento de mais de 10%. Comparativamente a 2019, último ano que não foi marcado pelos efeitos da pandemia e onde se podem tirar melhores conclusões, as exportações de componentes automóveis cresceram de 795 milhões de euros em abril desse ano para os 899 milhões de euros de 2023.
As exportações de componentes automóveis atingiram em abril os 899 milhões de euros, registando assim uma subida de 26,9% face ao mesmo mês de 2022, numa altura em que houve uma diminuição de 3,6% do total das exportações nacionais de bens. Assim, destaca-se que as exportações de componentes para automóveis estão, desde o início do ano, com um ritmo de crescimento superior face às exportações nacionais de bens. De acordo com os dados recolhidos pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, este crescimento de dois dígitos, representa uma subida pelo décimo segundo mês consecutivo.
No último ano ‘pré-pandemia’, em 2019, de janeiro a abril exportou-se o equivalente a 3.375 milhões de euros de componentes automóveis (854 mihões em janeiro, 835 mihões em fevereiro, 891 mihões em março e 795 mihões em abril). No que se refere ao acumulado até abril de 2023, as exportações de componentes automóveis alcançaram os 3945 milhões de euros (um acréscimo de 22,5% face ao mesmo período de 2022).
Importante realçar que 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a pertencer ao top 5 de países, composto por Espanha, Alemanha, França, Eslováquia e Estados Unidos da América, durante o ano de 2023. As exportações para quatro destes cinco países voltam a aumentar relativamente ao ano anterior. Assim, as exportações para Espanha aumentaram 21% relativamente ao ano de 2022, Alemanha apresenta-se com um crescimento de 29,5% e as exportações para França, 3.º país cliente, cresceram 24,2%. A Eslováquia registou um aumento de 29,4% em relação a 2022. Por outro lado, os EUA continuam a registar uma queda, agora de 15,5%, nas importações de componentes automóveis provenientes de Portugal, no que se refere ao período homólogo de 2022 mantendo-se como 5º país cliente.
A AFIA garante que os problemas nas cadeias de abastecimentos continuam a afetar toda a indústria automóvel com a falta de chips e componentes eletrónicos, mas destaca que a indústria portuguesa de componentes para automóveis tem conseguido manter uma forte resiliência e criar formas de continuar a competir com as suas congéneres para ganhar quota de mercado.
Os cálculos da AFIA – que podem ser consultados AQUI – têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de junho pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.
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