O que vai suceder às baterias dos carros eléctricos? não se preocupe…
Um dos principais argumentos ‘contra’, que se vão lendo nas redes sociais, tem a ver com o que sucede às baterias dos carros elétricos quando estas chegam ao fim da sua vida útil.
Sendo certo que este ‘mercado’ ainda está em puro desenvolvimento e adequação, a verdade é que as baterias não vão ser, simplesmente, deixadas em qualquer aterro sanitário a contaminar solos…
Quando a bateria de um carro elétrico chega ao fim da sua vida útil são enviadas para empresas especializadas que desmontam os packs e os dividem nos seus diferentes materiais: fios, circuitos, plásticos, células.
Estas últimas, veem os circuitos triturados para separar e purificar os diferentes metais que contêm, nomeadamente o níquel e o lítio.
Já existem, e vão existir cada vez mais porque este é um negócio que inevitavelmente está a crescer, as baterias são enviadas para instalações especializadas na desmontagem de baterias e na reciclagem dos seus componentes.
As sucatas de aço, cobre e alumínio são as mais simples, seguem os processos que já existem quanto aos metais, os plásticos podem não ser recicláveis, mas constituem uma pequena proporção do conteúdo total de uma bateria de um veículo elétrico.
É nas células que está a maior questão. É aí que está o lítio, o cobalto, o manganês, o níquel e, em menor escala, o alumínio. Essas células são trituradas e purificadas de várias formas.
Se neste momento ficou com vontade de fazer esta pergunta: “o lítio de uma bateria de automóvel antiga pode ser utilizado novamente?”
A resposta é “Sim! Uma vez recuperados os materiais, estes podem ser processados e utilizados no fabrico de novas baterias de iões de lítio.”
Portanto, o negócio da reciclagem, agradece.
Mas há obviamente questões que não são perfeitas,
Uma bateria de um carro elétrico dura cerca de 10 anos, e a sua vida útil termina quando atinge mais ou menos 70 por cento da sua capacidade inicial.
Aqui, pode desenvolver-se um novo negócio, pois uma bateria de um carro elétrico com 70% da sua capacidade dá muita eletricidade a uma casa, embora já não sirva para um carro. Mas há dúvidas da viabilidade deste negócio porque os preços estão a cair tanto que pode não ser possível viabilizar o negócio de ‘segunda mão’ destas baterias.
Porque se o material das novas for na altura bem mais barato, não é possível rentabilizar o valor de baterias ‘velhas’, mesmo num mercado de 2ª não. Portanto este é um caso a seguir, porque a ideia é reutilizar, algo que como seres humanos deveremos fazer cada vez mais, ao invés de continuar a ‘drenar’ os recursos naturais do planeta.
Mais tarde se verá se irá existir um negócio de compra, transporte, reutilização e revenda de células usadas das baterias mais antigas.
Portanto, este argumento “o que vão fazer às baterias?” não colhe.
É óbvio que está a ser criado um negócio à volta disso, que se vai desenvolver confirme vá sendo necessário. Para já, o crescimento das vendas dos carros elétricos têm pouco tempo, pelo que o problema das baterias é cedo para ser urgente, e como se percebe, já está a ser pensado. Certo é que já há empresas que o fazem, basta dar como exemplo o que a Toyota faz às baterias dos seus híbridos há mais de 20 anos. E a diferença não é grande, tem só a ver com o tamanho das baterias. claro que as baterias dos atuais elétricos são bem maiores, por isso é que dão mais autonomia.
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