Investigadores australianos trabalham num teste de fadiga para condutores
Investigadores da Universidade Monash de Melbourne, Austrália, estão a trabalhar num exame de sangue que pode identificar claramente a privação do sono durante a condução e que pode confirmar se os acidentes de viação poderão ter ocorrido por falta de sono dos condutores envolvidos.
Todos os condutores em Portugal sabem, ou pelo menos deviam saber, que é proibido conduzir com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 g/l e que qualquer condutor com um resultado superior a 1,2g/l nos testes das autoridades incorre num crime e pode ser punido com pena de prisão até 1 ano ou com multa até 120 dias. Também todos sabemos que sob a influência do álcool as capacidades de atenção e de concentração do condutor ficam diminuídas, mas o cansaço pode também ter uma influência muito negativa para a condução.
Investigadores australianos afirmam que juntamente com a condução sob influência do álcool e a velocidade excessiva, a fadiga é uma das maiores razões para ocorrerem acidentes fatais nas estradas daquela nação, o mesmo deverá acontecer um pouco por todo o mundo. Estudos recentes sugerem que conduzir tendo dormido menos de cinco horas é tão perigoso como estar acima do limite legal de condução sob o efeito do álcool em muitos países.
Assim sendo, o governo central da Austrália financia a investigação da Universidade Monash ao teste sanguíneo, que pode ficar disponível no mercado dentro de dois anos. Os investigadores afirmam que numa pessoa que não descansou o suficiente certos parâmetros podem ser medidos, como os aumentos dos níveis de cortisol (apelidada de hormona do stress) e glicose e que estes podem ser medidos e quantificados com uma análise ao sangue. E é isso que faz o teste em que trabalham atualmente.
Apesar do teste poder estar disponível dentro de dois anos, segundo o apurado pelo jornal The Guardian, como se trata de uma análise ao sangue apenas poderá ser realizado num hospital, sendo ainda muito difícil às autoridades no local determinarem o nível de cansaço dos condutores em caso de acidente. No entanto, pode tornar mais fácil legislar em vários países do mundo, no sentido de passar a ser infração conduzir sob influência de fadiga, o que pode ser muito importante junto de algumas franjas da economia, como as empresas de transportes.
Alguns construtores automóveis já mostraram interesse sobre novas tecnologias desenvolvidas com ajuda da Inteligência Artificial que podem identificar anomalias nas condições cognitivas dos condutores, como fez a Volvo recentemente.
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