Um gancho de cabelo e um acidente de automóvel
O acidente de Jeena Panesar deu-se quase há dois meses. Basicamente, falamos da história de como uma mola de cabelo quase roubou a vida a uma jovem condutora, estudante da Universidade de Derby, que se atrapalhou com o nevoeiro e condições da estrada e caiu numa ravina, num acidente, digamos, ‘normal’. O que não foi nada normal foi o que sucedeu com a jovem. Depois do carro capotar, na dinâmica do acidente o carro bateu numa árvore e capotou. Quando a jovem acordou estava de cabeça para baixo com o cinto de segurança. Saiu do carro pelos próprios meios e quando foi socorrida tinha um corte de 30 cm desde a sobrancelha esquerda até à parte de trás da cabeça. A causa? um gancho de cabelo.
Esta é daquelas coincidências quase macabras que podem suceder nas dinâmicas dos acidentes, mas com uma probabilidade muito baixa. Contudo, aconteceu.
O que acontece bastante mais é existirem acidentes causados por distrações ao volante, e claro que a primeira coisa que vamos referir é o uso do telemóvel. Enviar mensagens de texto, fazer chamadas telefónicas, usar aplicativos, navegar na internet ou até mesmo mexer no sistema de entretenimento do veículo enquanto se conduz desvia a atenção do que é realmente importante.
Se algum dia lhe acontecer deixar cair e querer tentar recuperar objetos que caíram dentro do veículo, alcançar bolsas, carteiras, telefones ou procurar itens no porta-luvas, tudo isto pode levar a momentos de distração em que os olhos e as mãos não estão com o foco que deve ser o controlo do veículo e do meio que o rodeia.
Consumir alimentos, bebidas enquanto guia pode levar a distrações. Manipular recipientes, desembrulhar alimentos, poder derramar líquidos, tudo isto pode levar a tirar as mãos do volante e o foco da estrada.
Outra situação habitual nas nossas estradas é a maquilhagem e higiene pessoal, pentear o cabelo, barbear ou realizar outras tarefas de higiene pessoal enquanto se conduz é extremamente perigoso.
Outra coisa que em Portugal acontece muito: fatores externos, como acidentes, veículos parados na berma, construções, paisagens ou eventos incomuns, podem desviar a atenção do motorista, da estrada e causar distrações.
Conduzir cansado ou sonolento é extremamente perigoso. A sonolência diminui a atenção, os tempos de reação e a capacidade de manter o controlo do veículo, aumentando significativamente o risco de acidentes.
Nada disto teve a ver com o azar que Jeena Panesar teve com as consequências do seu acidente. Mas nunca é má altura advertir para fatores que podem contribuir para os acidentes. Neste caso foi o nevoeiro e provavelmente a inexperiência da condutora, mas o que pretendemos com este artigo foi relembrá-lo das muitas causas que podem levar a acidentes, para lá dos óbvios: excesso de velocidade, condução sob efeito de álcool, não respeitar as regras de trânsito, condições climáticas adversas, falhas mecânicas e manutenção inadequada, comportamento agressivo ou imprudente, inexperiência ou falta de habilidade. Nunca é demais lembrar tudo isto…
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