Número de vítimas em acidentes de viação aumentou
O número de vítimas em acidentes de viação nas estradas em Portugal segue uma tendência crescente. Analisando os dados fornecidos pela PORDATA, verifica-se que a tendência e voltarmos aos níveis “pré- pandemia” o que logicamente se entende.
Se olharmos para a evolução desde 1982, podemos verificar que depois dos anos negros que foram de 1991 a 1999 em que a taxa era estava acima dos 5 acidentes com vítimas (feridos ou mortos) por mil habitantes, houve um decréscimo constante desde esse ano até 2008 em que se chegou aos 3.3. Em 2012 e 2013 verificaram mínimos históricos de 3 acidentes com vítimas por mil habitantes e desde esse ano que se verificou um aumento gradual até aos 3.6 em 2019. A Pandemia e a consequente redução das deslocações trouxe um abaixamento abrupto para os 2.7, o número mais reduzido desde que há registos, mas em 2021, ano em que foi reposta alguma normalidade, iniciou-se uma tendência de crescimento com o valor a subir já para os 2.9 acidentes com vítimas por mil habitantes.
Olhando para esta tendência e para o regresso completo à normalidade em 2022, é natural que o valor do ano passado (ainda não disponível) se aproxime dos 3.6, mas deverá ficar abaixo.
Segundo o INE, “registaram-se no Continente e nas Regiões Autónomas 31.600 acidentes com vítimas, 430 vítimas mortais, 2.260 feridos graves e 37.006 feridos leves, em consequência de acidentes de viação entre janeiro e novembro de 2022.
Ainda analisando o mesmo período de 2022, face a 2019, registaram-se no Continente e nas Regiões Autónomas menos 2.518 acidentes (-7,4%), menos 50 vítimas mortais (-10,4%), menos 83 feridos graves (-3,5%) e menos 4.206 feridos leves (-10,2%).”
Ainda sobre 2022, “comparativamente com o período homólogo de 2021, ano em que ainda se verificaram quebras na circulação rodoviária face a 2019, num contexto de pandemia, observaram-se aumentos em todos os principais indicadores no Continente: mais 3.702 acidentes (+14,0%), mais 63 vítimas mortais (+17,6%), mais 171 feridos graves (+8,9%) e mais 4.458 feridos leves (+14,4%). De salientar que, relativamente a 2021, até novembro de 2022 registou-se um aumento da circulação rodoviária com o correspondente acréscimo no risco de acidente, como se pode concluir do aumento de 7,4% no consumo de combustível rodoviário até novembro, de acordo com dados da Direção-Geral de Energia e Geologia”.
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