Renting cresce em Portugal: alternativa cada vez mais seguida
Há cada vez mais condutores a optar pelo renting ao invés de comprar carro. Não é novidade para ninguém que o renting tem vantagens, e também desvantagens, mas pelos vistos, depois de pesados os prós e os contras, há cada vez mais gente a optar por esta solução. Em 2022, o Renting registou um crescimento de 7% em volume de viaturas novas contratadas (26.249 viaturas ligeiras), para um volume de negócios na ordem dos 667 milhões de euros (mais 16,5% face a 2021).
A primeira grande vantagem do renting automóvel é que não carece de uma entrada inicial, sendo só por isso uma opção mais racional. O facto de se saber exatamente quanto se vai gastar por mês é muito importante, mesmo sabendo que se estivesse a pagar um empréstimo ao banco para pagar um carro novo, estaria a pagar bem menos.
Só que, enquanto está a pagar um carro seu, se subitamente surgir uma despesa extra, seja ela qual for, é você que a tem de assumir, enquanto no renting a renda mensal fixa pode ajudar a manter os gastos sob controlo.
No renting não tem que se preocupar com a manutenção, seja uma mudança de óleo, o que for, pois no renting todas as manutenções são da responsabilidade da locadora, existindo contratos que contemplam viatura de substituição. Poder tê-la ou não reflete-se na renda mensal, como é lógico.
Por fim, no termo do contrato não tem de se preocupar em vender o carro para comprar outro. Só tem que entregá-lo. E trazer outro se assim o entender, recomeçando um novo contrato.
Mas também há desvantagens, claro. A primeira, é que o carro nunca é seu. Precisa mesmo de ter o carro em seu nome? Ou só precisa de um carro para o levar e trazer daqui para ali?
Há muita gente que valoriza a posse.
Há que informar-se muito bem de como é todo o seu contrato de renting, pois quando escolhe um carro e um renda, há que ler bem as “letras miudinhas” do contrato – que não são miudinhas, mas temos mesmo que as ler para não ser surpreendidos depois: se percorrer mais quilómetros dos que foram contratados, se o carro tiver danos acima do previsto no contrato (o que pode ser bem subjetivo) tem que os pagar na íntegra e nunca será barato. Basicamente, é mais caro, claro as empresas de renting têm de lucrar, pois é um negócio o que fazem, mas para o utilizador, se sabem bem o que pode contar, então ter uma renda fixa todos os meses pode ser um descanso.
Menos vendas, mais renting
Numa altura em que os registos de matrículas de veículos novos ainda registam quebras face aos anos pré-pandemia, o renting tem vindo a aumentar, na Europa em geral e em Portugal em particular, apresentando-se como uma alternativa válida à situação ainda turbulenta que a indústria automóvel ainda atravessa a nível mundial.
“A mudança na mentalidade da sociedade, nomeadamente entre os consumidores, bem como a necessidade de encontrar uma alternativa válida à compra, tem muito a ver com este ‘boom’.
Comprar uma viatura já não é visto como um investimento, num produto que desvaloriza no preciso momento que sai do stand do concessionário”, explica Anderson Miranda, Country Manager Portugal da plataforma Renting Finders Portugal.
“Registam-se, também, incertezas sobre o tipo de viatura a comprar. As empresas fazem uma grande aposta em viaturas elétricas, mas a realidade é que a infraestrutura nacional de carregamento ainda é por demais reduzida face ao crescimento do número de veículos elétricos e eletrificados em circulação, levando a que os utilizadores se mostrem relutantes em investir um montante significativo na compra de uma viatura com estas características.
O mesmo se passa com os empresários em nome individual ou mesmo os clientes particulares, que contam com orçamentos bem mais reduzidos”.
Entre este cocktail de incertezas e a tal mudança de mentalidade, o Renting traduz-se numa opção que disponibiliza uma solução para estes dois grandes problemas: a viatura é alugada, não é comprada, e poderá ser trocada por outra com tecnologias que melhor se adaptem às crescentes necessidades de mobilidade, constantemente em mudança.
E este é um ponto fundamental: vai comprar um carro novo e quanto anos ‘agarrado’ a ele? quatro, cinco, sete anos ou mais? O que vai mudar na tecnologia entretanto?
Se está a pensar comprar carro não fará sentido um Renting, para ver onde param as modas da indústria? Pelo menos, pense e faça contas.
Não significa que exista um caminho melhor que o outro, o que existe é uma alternativa que cada vez mais gente segue…
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