Caterham celebra 50 anos
Tudo começou em 1973 com um aperto de mão entre Graham Nearn e Colin Chapman, fundador da Lotus, e assim, desde maio desse ano, a Caterham Car Sales & Coachworks adquiriu as ferramentas, design e direitos exclusivos do Seven e começou a fabricar em Town End, Caterham, um mês mais tarde. A Caterham, reconhecida internacionalmente pelo seu modelo mais icónico, o Seven, celebra este ano 50 anos de existência.
A empresa britânica evoluiu nas últimas cinco décadas, tendo vendido mais de 22.000 carros até à data, tanto na forma de kit como de fábrica, e utilizou mais de 35 variantes de motores. 2021 foi um ano recorde de vendas para a marca, com 670 unidades vendidas e um dos modelos que mais ajuda é o Seven, que teve mais de 100 variantes produzidas desde a sua introdução no mercado em 1957.
Apesar das suas origens britânicas, a Caterham sempre foi uma marca internacional, até porque as 10 primeiras encomendas foram exportadas para a Alemanha, Angola e Guatemala.
Ao longo dos anos, houve mais de 100 variantes diferentes do Seven, incluindo muitas edições especiais. Algumas das edições mais notáveis foram a Edição do Jubileu de Prata de 1981 (antes do 25º aniversário do Seven em 1982) e a Edição Beaulieu de 2001. O mercado japonês ficou representado ainda com o Kamui Kobayashi Edition de 2014, homenageando o piloto que representou a equipa de Fórmula 1 da Caterham.
A marca também bateu muitos recordes mundiais ao longo dos anos, incluindo o carro de produção mais rápido a acelerar do 0 aos 100 km/h com o modelo JPE de 1992, que demorava 3,4 segundos; a velocidade mais rápida em marcha-atrás (45,83 km/h) num carro com motor Honda Fireblade modificado; o maior número de donuts sem parar (566) em 2011; e o maior número de donuts em 60 segundos (19), que foi definido por Chris Hoy em 2017.
A Caterham vendeu mais de 22.000 automóveis nos seus 50 anos de história, incluindo muitas celebridades, como Chris Hoy, Rowan Atkinson, Simon Cowell e os antigos pilotos Eddie Irvine, Nigel Mansell e Jonathan Palmer.
O desporto automóvel desempenhou sempre um forte papel na herança da Caterham. O sexto carro construído pela marca foi produzido para competir no Grande Prémio Café de Angola de 1973, uma corrida de duas horas realizada no Autódromo Internacional de Luanda. Em 2002, um Caterham R400 pilotado por Chris Harris, Clive Richards, Chris Cooper e Peter Haynes ficou no 11º lugar na corrida de 24 horas de Nürburgring, vencendo a sua classe por 10 voltas. E não nos podemos esquecer que a marca deu nome à equipa de Fórmula 1 com sede na Malásia. Mas a Caterham é ainda sinónimo de grandes corridas com os seus próprios modelos, com troféus monomarcas espalhados um pouco por toda a Europa, como acontece em Portugal com o Super Seven by Toyo Tires organizado pela CRM Motorsport e que em 2023 vai iniciar a 15ª temporada.
Para a celebração dos 50 anos da Caterham vai ter lugar o Festival de 50 anos em Donington Park nos dias 2 e 3 de setembro. Bob Laishley, CEO da Caterham Cars, afirmou que: “Estamos muito orgulhosos da nossa herança da Caterham e ansiosos por celebrar o nosso 50º aniversário ao longo de 2023. Os Seven de hoje podem ainda partilhar uma forte semelhança visual com o carro de 1973, mas muito evoluiu, para assegurar que este carro verdadeiramente icónico proporciona uma experiência de condução moderna ao mesmo tempo que continua a oferecer uma diversão e emoção sem igual. Temos planos emocionantes para a marca nos próximos anos, à medida que procuramos aumentar a nossa capacidade de produção e desenvolver novas versões”.
Agora propriedade da VT Holdings, a Caterham teve três proprietários anteriores ao longo dos anos: a família Nearn até 2005, Corven Ventures até 2011 e Team Lotus Enterprises até 2021.
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