Suzuki presta homenagem a dois dos seus maiores ícones dos anos 80

A Suzuki relembra dois dos modelos dos anos 80 que acabaram por servir de inspiração a algumas tendências de mercado que se mantêm até aos dias de hoje e já foram adotadas por diversos construtores.

Muito antes dos automóveis terem começado a mudar de formato, já a Suzuki apostava forte nos modelos de visual mais aventureiro mas de tamanho compacto, ainda sem que ninguém tivesse sequer adivinhado a “febre” que vinha por aí.

Além dos modelos de duas rodas em que foi a GSX-R a ditar muitas das ideias que chegaram ao mercado, no mundo dos automóveis foi o Vitara que inaugurou uma enorme tendência, desde que foi apresentado no Salão de Tóquio, ha 35 anos.

Suzuki Vitara: o primeiro SUV moderno foi concebido há 35 anos

Passaram-se 35 anos desde que foi tomada a decisão de criar o Vitara com um design e tipologia automóvel absolutamente inovadores, que lançaram as bases para o conceito de SUV que hoje domina o mercado. Durante a sua apresentação oficial, no Salão de Automóvel de Tóquio de 1988, o Vitara surpreendeu pela sua filosofia atrevida, que desafiava os segmentos, categorias e convenções da sua época. Este modelo tornou-se o primeiro SUV moderno da história, fundindo várias tipologias de automóveis em um único automóvel que reunia o melhor de vários mundos. Era um automóvel robusto e capaz fora de estrada, mas essas aptidões e capacidades não eram um empecilho a circular na cidade e na estrada. Nesta envolvente, à sua privilegiada posição de condução elevada, acrescentava um comportamento saudável, ágil e eficiente, um elevado conforto e qualidade de condução a par de um toque suave. Algumas sensações mais parecidas com as de um automóvel de turismo do que com as de um todo-o-terreno.

Com mais de 3 milhões de unidades, o Vitara tem sido um automóvel verdadeiramente global, comercializado em 190 países e cinco continentes, e fabricado em três. A geração atual do Vitara é produzida na fábrica da Magyar Suzuki Corporation em Esztergom (Hungria).

Suzuki GSX-R750 (1985): a primeira “hyper sport”

A Suzuki GSX-R 750 é possivelmente a moto desportiva mais icônica da história. Apresentada no IFMA Motorcycle Show em Colônia (Alemanha) em 1984, foi lançada no mercado em 1985 e revolucionou toda a indústria, criando a nova categoria das “Hyper Sport”. Era uma moto projetada para competir ao mais alto nível em campeonatos de resistência e velocidade, mas adequada para ser desfrutada diariamente em estradas abertas. A sua tecnologia, imagem (com carenagem integral e farol duplo) e posição de condução eram as de uma moto do mundial de resistência.

Etsuo Yokouchi, responsável pelo desenvolvimento dos novos modelos da linha “Hyper Sport” da Suzuki, criou uma moto em que a performance estava acima de tudo. A sua obsessão era lutar contra o peso e conseguiu criar uma superdesportiva de apenas 179 quilos em vazio. O primeiro passo foi projetar um chassi composto por 26 peças de seção retangular de alumínio e três grandes peças fundidas do mesmo material. A suspensão traseira, com um enorme braço oscilante, e os triângulos dianteiros foram derivados da competição. O depósito de combustível também era de alumínio, e a carenagem integral, de plástico injetado. Até o simples painel de comandos estava montado sob espuma de borracha, para economizar peso.

O motor DOHC de 4 válvulas por cilindro, inspirado em hélices de aviação, apresentava Twin Swirl Combustion Chambers (TSCC) e o Suzuki Advanced Cooling System (SACS), um sistema de última geração que arrefecia as cabeças dos cilindros e os pistões utilizando jatos de óleo. Combinando o Direct Air Intake System (DAIS) com carburadores flat-gate, a GSX-R750 gerou uma potência máxima de 105 cv às 10.500 rpm. A GSX-R foi um estrondoso sucesso de vendas e permanece no catálogo da marca até hoje. Também alcançou tudo na competição. Kevin Schwantz travou as suas primeiras batalhas com Wayne Rainey numa GSX-R750 da equipa Suzuki Yoshimura no North American AMA.