Mazda CX-60 2.5 e-Skyactiv PHEV – Ensaio Teste
Num ritmo próprio
Tal como é apanágio de alguns construtores japoneses, também a Mazda não teve pressa em colocar um sistema híbrido plug-in no mercado, escolhendo apenas algumas das opções mais desejadas pelos consumidores. Em vez disso, preferiu demorar o seu tempo e desenvolver aquela que pensa ser a melhor opção. Com o Mazda CX-60 PHEV conhecemos o resultado dos engenheiros da Mazda neste novo mundo da eletrificação e a configuração que dizem ser a mais eficaz, mas também o início de uma nova geração de modelos que representa a entrada numa nova era para a marca de Hiroshima.
Texto: André Mendes
– Conforto;
– Sistema híbrido;
– Equipamento;
– Sistema híbrido com poucas funções para o utilizador;
– Condução pouco emotiva;
Exterior
Com a chegada do Mazda CX-60 ao mercado, a marca do Kodo Design entra agora num novo ciclo de renovação da sua gama de modelos, sendo que este é o modelo de estreia no mercado europeu e aquele que nos anuncia a sua nova linguagem de design. Se olharmos para o CX-60 de uma forma geral, vemos que há muitas novidades para registar, mas o mais engraçado acontece quando nos aproximamos e percebemos que há inúmeros detalhes que já faziam parte de modelos anteriores, fazendo uma ligação perfeita entre o passado, o presente e o futuro. A assinatura visual dos grupos óticos aposta agora em elementos em LED, com o objetivo de aumentar a imagem mais dinâmica deste modelo.
Outra primeira impressão que registamos neste primeiro contacto com o CX-60 está relacionada com as suas dimensões, uma vez que a imponente grelha dianteira e os 1,7 metros de altura nos transmitem a ideia de que se trata de um SUV gigante. Mas depois, os 4,75 metros de comprimento e os 1,89 de largura, nem são nada no outro mundo, o que também acabamos por perceber quando circulamos em cidade. No caso da unidade ensaiada, as estreias passam também pela cor escolhida que é o novo Rhodium White escolhido para a apresentação deste modelo. E para complementar o conjunto, esta versão Takumi está também equipada com um conjunto de jantes de liga leve com 20 polegadas de diâmetro.
Interior
A nova imagem da Mazda para os seus modelos é também registada a bordo do CX-60. Mais uma vez, há elementos que conhecemos de outros modelos da marca, mas todo o ambiente parece ter evoluído e passado a Mazda para uma nova era. Todo o ambiente mais claro desta versão Takumi e a presença de um teto de abrir panorâmico, oferecem uma maior iluminação ao habitáculo, perfeita para percebermos a escolha de novos materiais no tablier e de um desenho que se tenta prolongar pelos painéis das portas, aumentando a sensação de largura do habitáculo.
A posição de condução é excelente e a amplitude das regulações elétricas do assento e da coluna da direção, permitem ajustá-la a qualquer estatura, sendo que o próprio sistema do CX-60 consegue fazê-lo de uma forma automática. Mesmo à nossa frente está uma instrumentação de visual mais clássico, mas totalmente digital e que muda de visual consoante o modo de condução selecionado. E o monitor existente no topo da consola central parece estar ligeiramente maior e com uma resolução melhorada.
Além da posição de condução, um dos grandes trunfos a bordo do CX-60 é o espaço que disponibiliza para os seus cinco possíveis ocupantes. E mesmo com três pessoas na fila de assentos traseira, o lugar central continua a ser o menos confortável, mas as medidas de largura são compatíveis com os ombros mais volumosos e há ainda a possibilidade de regular as costas dos assentos traseiros para a posição que for mais confortável ou para a que liberta mais espaço na bagageira que já tem quase 600 litros de capacidade se contarmos com a zona que está por baixo do piso. E tanto nos lugares traseiros como na bagageira, nem sequer falta uma tomada de 220V, idêntica às que temos em casa.
Equipamento
Com o patamar de equipamento Takumi, mas também com todos os pacotes disponíveis em opção presentes na unidade ensaiada, é difícil registarmos a falta de equipamento sem parecermos demasiado exigentes e começar a falar em coisas como massagens ou algo parecido. É que a bordo deste CX-60 há praticamente um pouco de tudo aquilo que realmente é necessário para o dia-a-dia, mas sem exageros. Está presente a chave inteligente que pode ficar sempre no bolso ou o sistema de iluminação em LED, mas também os assentos em pele, a navegação, o sistema de som da Bose ou a ligação para os smartphones através de Apple CarPlay ou Android Auto, sem fios. O único extra da unidade ensaiada, além dos quatro pacotes de equipamento já inseridos no valor da unidade ensaiada, era mesmo o novo tom Rhodium White para a carroçaria.
Consumos
Com a bateria do sistema totalmente carregada, o motor térmico não é muito solicitado, uma vez que o sistema dá sempre prioridade a uma condução puramente elétrica e o motor (elétrico) tem capacidade para compactuar com esta escolha sem qualquer dificuldade. Isto faz com que o computador de bordo consiga permanecer nos 0,0 l/100 km durante bastante tempo. Ainda assim, e depois de uns trajetos com o modo de condução mais desportivo ativo e alguns quilómetros já sem carga na bateria, conseguimos chegar ao final do ensaio com uma média global de 5,6 litros, mas também com um valor de 20,1 kWh/100 km. Apesar disto, e com alguns trajetos simulados em ambiente citadino, o CX-60 revelou que consegue facilmente valores entre um e dois litros de média sem grande dificuldade, que é justamente o que a marca declara para este modelo.
De uma forma geral, o sistema híbrido funciona de uma forma quase isenta de erros, mas seria bem-vindo um controlo mais acessível ao condutor, relacionado com os momentos em que podemos manter ou mesmo carregar a bateria em andamento, algo que o CX-60 também consegue fazer quando a carga da bateria é mais reduzida, mas de uma forma automática. Em contrapartida, e mesmo numa tomada doméstica convencional, não é necessário muito tempo para adicionar uma boa dose de quilómetros à autonomia elétrica do CX-60.
Ao Volante
Colocando o tamanho e o peso de parte, ou mesmo a eficiência energética para adotarmos uma condução mais dinâmica, conseguimos usufruir uma suspensão dianteira de triângulos sobrepostos e de uma configuração multi-link no eixo posterior. Em conjunto com uma direção precisa e muito informativa, mesmo ao jeito da Mazda, o CX-60 oferece uma estabilidade em curva e um desempenho que não desilude. No entanto, por muito que tenha sido o esforço dos engenheiros da Mazda em conter o peso deste modelo, ainda são duas toneladas de automóvel e isso acaba por ser revelado nos momentos em que até nos poderíamos divertir um pouco mais ao volante, mas acabamos por nos focar mais nas médias de consumo, mas também no conforto deste habitáculo bem insonorizado e no sistema de som desenvolvido pela Bose, com um generoso subwoofer instalado por baixo do piso da bagageira.
Motor
Com 2,5 litros de capacidade e sem ajudas de sobrealimentação, a Mazda volta a demonstrar que os motores de combustão ainda conseguem ser bastante eficientes. E com a presença do motor elétrico neste sistema híbrido, são obtidos 327 cavalos de potência combinada que até nos conseguem fazer esquecer, por momentos, das duas toneladas que o CX-60 pesa. Só o motor elétrico, encaixado entre o motor térmico e a caixa de velocidades, contribui com 175 cavalos de potência, mais do que suficientes para fazer o CX-60 deslizar pelas tarefas da rotina diária sem sequer ter de incomodar o motor térmico, pelo menos, enquanto houver bateria.
Balanço Final
A nova evolução do Kodo Design trouxe-nos um modelo ainda mais esculpido e moderno, sendo que este inclui também um eficiente sistema híbrido, com boas prestações e médias de consumo muito comedidas. Tudo, num conjunto perfeito para uma pequena família, com imenso espaço a bordo e na bagageira. O único senão é mesmo o aumento de tamanho e peso, que acaba por comprometer o Jiba-Ittai, ou seja, a ligação entre o condutor e a máquina.
Concorrentes
DS 7 E-Tense 4×4 300 Opera
Motor: Híbrido (Elétrico e a gasolina); 300 cavalos; Autonomia em modo elétrico: até 63 km; Consumo combinado: 1.2 l/100 km; Preço 70.430 €
Volvo XC60 T6 Recharge
Motor: Híbrido (Elétrico e a gasolina); 350 cavalos; Autonomia em modo elétrico: até 95 km; Consumo combinado: 1.0 l/100 km; Preço 70.613 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, gasolina
Cilindrada (cm3): 2.488
Potência máxima (CV/rpm): 327/6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 500/4.000
Tração: Integral
Transmissão: Automática de oito relações
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Triângulos duplos / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 5,8
Velocidade máxima (km/h): 200
Consumos misto (l/100 km): 1,5
Emissões CO2 (gr/km): 33
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.745/1.890/1.685
Distância entre eixos (mm): 2.870
Largura de vias (fr/tr mm): 1.640/1.645
Peso (kg): 1.995
Capacidade da bagageira (l): 570
Pneus (fr/tr): 235/50 R20
Preço da versão ensaiada (Euros): 71.140 €
Preço da versão base (Euros): 62.640 €
Mais/Menos
Mais
– Conforto;
– Sistema híbrido;
– Equipamento;
Menos
– Sistema híbrido com poucas funções para o utilizador;
– Condução pouco emotiva;
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 71140€
Preço da versão base (Euros): 62640€
Exterior
Com a chegada do Mazda CX-60 ao mercado, a marca do Kodo Design entra agora num novo ciclo de renovação da sua gama de modelos, sendo que este é o modelo de estreia no mercado europeu e aquele que nos anuncia a sua nova linguagem de design. Se olharmos para o CX-60 de uma forma geral, vemos que há muitas novidades para registar, mas o mais engraçado acontece quando nos aproximamos e percebemos que há inúmeros detalhes que já faziam parte de modelos anteriores, fazendo uma ligação perfeita entre o passado, o presente e o futuro. A assinatura visual dos grupos óticos aposta agora em elementos em LED, com o objetivo de aumentar a imagem mais dinâmica deste modelo.
Outra primeira impressão que registamos neste primeiro contacto com o CX-60 está relacionada com as suas dimensões, uma vez que a imponente grelha dianteira e os 1,7 metros de altura nos transmitem a ideia de que se trata de um SUV gigante. Mas depois, os 4,75 metros de comprimento e os 1,89 de largura, nem são nada no outro mundo, o que também acabamos por perceber quando circulamos em cidade. No caso da unidade ensaiada, as estreias passam também pela cor escolhida que é o novo Rhodium White escolhido para a apresentação deste modelo. E para complementar o conjunto, esta versão Takumi está também equipada com um conjunto de jantes de liga leve com 20 polegadas de diâmetro.
Interior
A nova imagem da Mazda para os seus modelos é também registada a bordo do CX-60. Mais uma vez, há elementos que conhecemos de outros modelos da marca, mas todo o ambiente parece ter evoluído e passado a Mazda para uma nova era. Todo o ambiente mais claro desta versão Takumi e a presença de um teto de abrir panorâmico, oferecem uma maior iluminação ao habitáculo, perfeita para percebermos a escolha de novos materiais no tablier e de um desenho que se tenta prolongar pelos painéis das portas, aumentando a sensação de largura do habitáculo.
A posição de condução é excelente e a amplitude das regulações elétricas do assento e da coluna da direção, permitem ajustá-la a qualquer estatura, sendo que o próprio sistema do CX-60 consegue fazê-lo de uma forma automática. Mesmo à nossa frente está uma instrumentação de visual mais clássico, mas totalmente digital e que muda de visual consoante o modo de condução selecionado. E o monitor existente no topo da consola central parece estar ligeiramente maior e com uma resolução melhorada.
Além da posição de condução, um dos grandes trunfos a bordo do CX-60 é o espaço que disponibiliza para os seus cinco possíveis ocupantes. E mesmo com três pessoas na fila de assentos traseira, o lugar central continua a ser o menos confortável, mas as medidas de largura são compatíveis com os ombros mais volumosos e há ainda a possibilidade de regular as costas dos assentos traseiros para a posição que for mais confortável ou para a que liberta mais espaço na bagageira que já tem quase 600 litros de capacidade se contarmos com a zona que está por baixo do piso. E tanto nos lugares traseiros como na bagageira, nem sequer falta uma tomada de 220V, idêntica às que temos em casa.
Equipamento
Com o patamar de equipamento Takumi, mas também com todos os pacotes disponíveis em opção presentes na unidade ensaiada, é difícil registarmos a falta de equipamento sem parecermos demasiado exigentes e começar a falar em coisas como massagens ou algo parecido. É que a bordo deste CX-60 há praticamente um pouco de tudo aquilo que realmente é necessário para o dia-a-dia, mas sem exageros. Está presente a chave inteligente que pode ficar sempre no bolso ou o sistema de iluminação em LED, mas também os assentos em pele, a navegação, o sistema de som da Bose ou a ligação para os smartphones através de Apple CarPlay ou Android Auto, sem fios. O único extra da unidade ensaiada, além dos quatro pacotes de equipamento já inseridos no valor da unidade ensaiada, era mesmo o novo tom Rhodium White para a carroçaria.
Consumos
Com a bateria do sistema totalmente carregada, o motor térmico não é muito solicitado, uma vez que o sistema dá sempre prioridade a uma condução puramente elétrica e o motor (elétrico) tem capacidade para compactuar com esta escolha sem qualquer dificuldade. Isto faz com que o computador de bordo consiga permanecer nos 0,0 l/100 km durante bastante tempo. Ainda assim, e depois de uns trajetos com o modo de condução mais desportivo ativo e alguns quilómetros já sem carga na bateria, conseguimos chegar ao final do ensaio com uma média global de 5,6 litros, mas também com um valor de 20,1 kWh/100 km. Apesar disto, e com alguns trajetos simulados em ambiente citadino, o CX-60 revelou que consegue facilmente valores entre um e dois litros de média sem grande dificuldade, que é justamente o que a marca declara para este modelo.
De uma forma geral, o sistema híbrido funciona de uma forma quase isenta de erros, mas seria bem-vindo um controlo mais acessível ao condutor, relacionado com os momentos em que podemos manter ou mesmo carregar a bateria em andamento, algo que o CX-60 também consegue fazer quando a carga da bateria é mais reduzida, mas de uma forma automática. Em contrapartida, e mesmo numa tomada doméstica convencional, não é necessário muito tempo para adicionar uma boa dose de quilómetros à autonomia elétrica do CX-60.
Ao volante
Colocando o tamanho e o peso de parte, ou mesmo a eficiência energética para adotarmos uma condução mais dinâmica, conseguimos usufruir uma suspensão dianteira de triângulos sobrepostos e de uma configuração multi-link no eixo posterior. Em conjunto com uma direção precisa e muito informativa, mesmo ao jeito da Mazda, o CX-60 oferece uma estabilidade em curva e um desempenho que não desilude. No entanto, por muito que tenha sido o esforço dos engenheiros da Mazda em conter o peso deste modelo, ainda são duas toneladas de automóvel e isso acaba por ser revelado nos momentos em que até nos poderíamos divertir um pouco mais ao volante, mas acabamos por nos focar mais nas médias de consumo, mas também no conforto deste habitáculo bem insonorizado e no sistema de som desenvolvido pela Bose, com um generoso subwoofer instalado por baixo do piso da bagageira.
Concorrentes
DS 7 E-Tense 4×4 300 Opera
Motor: Híbrido (Elétrico e a gasolina); 300 cavalos; Autonomia em modo elétrico: até 63 km; Consumo combinado: 1.2 l/100 km; Preço 70.430 €
Volvo XC60 T6 Recharge
Motor: Híbrido (Elétrico e a gasolina); 350 cavalos; Autonomia em modo elétrico: até 95 km; Consumo combinado: 1.0 l/100 km; Preço 70.613 €
Motor
Com 2,5 litros de capacidade e sem ajudas de sobrealimentação, a Mazda volta a demonstrar que os motores de combustão ainda conseguem ser bastante eficientes. E com a presença do motor elétrico neste sistema híbrido, são obtidos 327 cavalos de potência combinada que até nos conseguem fazer esquecer, por momentos, das duas toneladas que o CX-60 pesa. Só o motor elétrico, encaixado entre o motor térmico e a caixa de velocidades, contribui com 175 cavalos de potência, mais do que suficientes para fazer o CX-60 deslizar pelas tarefas da rotina diária sem sequer ter de incomodar o motor térmico, pelo menos, enquanto houver bateria.
Balanço final
A nova evolução do Kodo Design trouxe-nos um modelo ainda mais esculpido e moderno, sendo que este inclui também um eficiente sistema híbrido, com boas prestações e médias de consumo muito comedidas. Tudo, num conjunto perfeito para uma pequena família, com imenso espaço a bordo e na bagageira. O único senão é mesmo o aumento de tamanho e peso, que acaba por comprometer o Jiba-Ittai, ou seja, a ligação entre o condutor e a máquina.
– Conforto;
– Sistema híbrido;
– Equipamento;
– Sistema híbrido com poucas funções para o utilizador;
– Condução pouco emotiva;
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, gasolina
Cilindrada (cm3): 2.488
Potência máxima (CV/rpm): 327/6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 500/4.000
Tração: Integral
Transmissão: Automática de oito relações
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Triângulos duplos / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 5,8
Velocidade máxima (km/h): 200
Consumos misto (l/100 km): 1,5
Emissões CO2 (gr/km): 33
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.745/1.890/1.685
Distância entre eixos (mm): 2.870
Largura de vias (fr/tr mm): 1.640/1.645
Peso (kg): 1.995
Capacidade da bagageira (l): 570
Pneus (fr/tr): 235/50 R20
Preço da versão ensaiada (Euros): 71.140 €
Preço da versão base (Euros): 62.640 €
Preço da versão base (Euros): 62640€
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