DS 4 Puretech 225 La Première – Ensaio Teste

By on 21 Outubro, 2022

Exclusivo entre os exclusivos

A entrada do DS 4 no mercado nacional fez-se em jeito de noite de gala, com a versão La Première a ostentar o charme digno de uma estreia de Hollywood, mas com todo o glamour parisiense a captar a luz dos holofotes e a conquistar todo o protagonismo na passadeira vermelha. Disponível numa edição muito limitada e que já nem se encontra disponível no mercado nacional, ainda conseguimos passar uns dias em exclusivo com o DS 4 La Première, de forma a conhecermos o novo modelo da DS Automobiles em todo o seu esplendor.

Texto: André Mendes

[email protected]


Mais:

– Elegância;
– Equipamento;
– Exclusividade;

Menos:

– Ecrã tátil entre os assentos;
– Instrumentação;
– Visibilidade traseira;

Exterior

8/10

Prometida desde o início da sua comercialização, a versão La Première do DS 4 é uma das melhores formas de olhar para este novo modelo da marca parisiense. Inclui elementos exclusivos como o tom Gloss Grey da carroçaria, em combinação com o tejadilho em preto brilhante. A grelha dianteira, também em negro, inclui pequenos pontos cromados que lhe conferem um pouco mais de brilho e glamour, enquanto destacam o logo da marca da melhor forma possível. E na secção traseira, o elemento que une as duas óticas também está pintado de negro e esconde muito discretamente o fecho da porta traseira que, apesar disso, nem sequer precisa da mão para a sua abertura, basta passar o pé por baixo do pára-choques.

Os puxadores das portas escamoteáveis são, obviamente, um dos elementos de maior destaque e que nos chamam a atenção assim que nos aproximamos do DS 4. Mas num olhar mais cuidado, é impossível não apreciar o trabalho dos responsáveis de design da DS Automobiles na conceção dos grupos óticos, dianteiros e traseiros, e no estilo de diversos outros detalhes deste modelo. E para que não haja qualquer tipo de dúvida sobre que versão é esta, na frente, por cima da grelha, a pequena placa ali existente, conta com um elegante número 1, identificando a La Première.

Interior

8/10

Entrar no DS 4 La Première é um momento que nos consegue confundir o cérebro por uns segundos. Se por um lado encontramos alguns dos comandos que também usamos a bordo de um Peugeot 308, de um Opel Astra ou de um Citroën C4, por outro, esta versão mais exclusiva encanta-nos com um mundo de pele, detalhes estilísticos simplesmente soberbos e um nível de requinte que é precisamente aquele que a DS Automobiles anda há uns anos a anunciar para os seus modelos. É certo que, do ponto de vista da ergonomia, nota-se que há elementos em que o estilo foi levado mais a sério que a sua função, com a necessidade de ser diferente a tocar um pouco no exagero, tal como acontece com os comandos dos vidros no topo dos painéis das portas, nas saídas da ventilação ou mesmo no monitor central tátil existente entre os assentos que, lá está, é muito bonito, mas perfeitamente dispensável. Outros dos elementos que merecia um pouco mais de requinte é a instrumentação. Se pensarmos que o 308 já inclui efeitos tridimensionais e com uma leitura excelente, o DS 4 já merecia algo melhor que um pequeno monitor com números. Em compensação, o head-up display é enorme e pode ser personalizado com diversas informações.

Equipamento

8/10

Esta é a versão de entrada e a que se destaca pelo maior nível de requinte e elegância, por isso, no que diz respeito ao equipamento que inclui, ficamos com a ideia de que a pessoa responsável pela escolha dos mais variados elementos disse apenas “sim”, em vez de selecionar apenas os que lhe faziam mais sentido. O DS 4 La Première inclui tudo e mais alguma coisa, com inúmeras superfícies forradas em Criollo Brown, o estilo ‘bracelete’ no forro dos assentos, além do aquecimento, ventilação e massagem nos mesmos, terminando com alguns elementos mais discretos nos acabamentos de madeira num tom castanho acinzentado e que quase passam despercebidos em todo o conjunto.

Além disso, está também presente o teto panorâmico em vidro, o sistema de iluminação Matrix LED, as jantes de liga leve de 20 polegadas e o sistema de som desenvolvido pela Focal, com 14 altifalantes e um amplificador de 690 Watts.

Consumos

5/10

Sem a ajuda da eletrificação e a matar saudades do motor térmico de 1,6 litros, em dias em que o ar condicionado estava praticamente proibido de ser dispensado, a média de consumo registada no ensaio acabou por não ficar em valores muito agradáveis e quase dois litros acima da média indicada pela marca. Mas o sorriso na cara acabou por compensar o valor indicado pelo computador de bordo.

Ao Volante

6/10

Com vias mais largas, uma suspensão mais firme e jantes de 20 polegadas com um perfil de pneu muito baixinho, o DS 4 oferece uma estabilidade em curva muito cativante e que nos deixa a querer sempre exagerar mais um bocadinho. A caixa automática de oito relações está bem escalonada e com a ajuda das patilhas existentes atrás do volante e do modo de condução mais desportivo, o DS 4 até parece querer abandonar a sua compostura de La Première e transformar-se numa espécie de Performance Line, explorando da melhor forma os 225 cavalos movidos completamente a gasolina que tem para oferecer.

Motor

6/10

O motor PureTech de 1,6 litros e 225 cavalos foi uma das opções que mais apreciámos em diversos modelos deste grupo ao longo dos últimos anos. Mas agora, com a chegada da eletrificação, são as versões híbridas plug-in E-Tense que ganham o maior destaque. Até porque, com muito menos esforço do motor térmico e com uma ajuda eletrificada, é possível alcançar precisamente o mesmo patamar de potência e passar as médias de consumo para praticamente um quarto do valor do motor simplesmente a gasolina como o da unidade que nos foi cedida. Ainda assim, que saudades.

Balanço Final

7/10

A DS Automobiles chegou a um bom momento. A elegância dos seus modelos mais recentes e a imagem de família que os une teve um excelente ponto de partida com este DS 4. É uma excelente proposta às tradicionais opções premium do segmento C, mesmo que já não possa ser disponibilizada nesta versão La Première. Verdade seja dita, o nível de equipamento Rivoli, agora encarregue de representar o topo da oferta e a cerca de cinco mil euros de distância desta versão, não fica assim tão distante quanto isso em termos de imagem. E com a versão híbrida plug-in E-Tense, é possível obter médias de consumo muito mais comedidas e com o mesmo patamar de potência, com a vantagem de poder circular em modo 100% elétrico em grande parte do tempo. Ainda assim, o DS 4 La Première conseguiu mostrar-nos algo muito especial.

Concorrentes

Volkswagen Golf GTI DSG
Motor: Gasolina; 245 cavalos; Tração dianteira; Aceleração dos 0 aos 100 km/h (s): 6,2; Velocidade máx.: 250 km/h; Consumo combinado: 7,3 l/100 km; Preço 49.268 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.598
Potência máxima (CV/rpm): 225/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 300/1.900
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática de oito relações
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 7,9
Velocidade máxima (km/h): 235
Consumos misto (l/100 km): 6,6
Emissões CO2 (gr/km): 129

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.400/1.830/1.490
Distância entre eixos (mm): 2.675
Largura de vias (fr/tr mm): 1.600/1.605
Peso (kg): 1.494
Capacidade da bagageira (l): 430
Pneus (fr/tr): 245/40 R20

Preço da versão ensaiada (Euros): n.d.
Preço da versão base (Euros): 48.700 €

Mais/Menos


Mais

– Elegância;
– Equipamento;
– Exclusividade;

Menos

– Ecrã tátil entre os assentos;
– Instrumentação;
– Visibilidade traseira;

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Prometida desde o início da sua comercialização, a versão La Première do DS 4 é uma das melhores formas de olhar para este novo modelo da marca parisiense. Inclui elementos exclusivos como o tom Gloss Grey da carroçaria, em combinação com o tejadilho em preto brilhante. A grelha dianteira, também em negro, inclui pequenos pontos cromados que lhe conferem um pouco mais de brilho e glamour, enquanto destacam o logo da marca da melhor forma possível. E na secção traseira, o elemento que une as duas óticas também está pintado de negro e esconde muito discretamente o fecho da porta traseira que, apesar disso, nem sequer precisa da mão para a sua abertura, basta passar o pé por baixo do pára-choques.

Os puxadores das portas escamoteáveis são, obviamente, um dos elementos de maior destaque e que nos chamam a atenção assim que nos aproximamos do DS 4. Mas num olhar mais cuidado, é impossível não apreciar o trabalho dos responsáveis de design da DS Automobiles na conceção dos grupos óticos, dianteiros e traseiros, e no estilo de diversos outros detalhes deste modelo. E para que não haja qualquer tipo de dúvida sobre que versão é esta, na frente, por cima da grelha, a pequena placa ali existente, conta com um elegante número 1, identificando a La Première.

Interior

Entrar no DS 4 La Première é um momento que nos consegue confundir o cérebro por uns segundos. Se por um lado encontramos alguns dos comandos que também usamos a bordo de um Peugeot 308, de um Opel Astra ou de um Citroën C4, por outro, esta versão mais exclusiva encanta-nos com um mundo de pele, detalhes estilísticos simplesmente soberbos e um nível de requinte que é precisamente aquele que a DS Automobiles anda há uns anos a anunciar para os seus modelos. É certo que, do ponto de vista da ergonomia, nota-se que há elementos em que o estilo foi levado mais a sério que a sua função, com a necessidade de ser diferente a tocar um pouco no exagero, tal como acontece com os comandos dos vidros no topo dos painéis das portas, nas saídas da ventilação ou mesmo no monitor central tátil existente entre os assentos que, lá está, é muito bonito, mas perfeitamente dispensável. Outros dos elementos que merecia um pouco mais de requinte é a instrumentação. Se pensarmos que o 308 já inclui efeitos tridimensionais e com uma leitura excelente, o DS 4 já merecia algo melhor que um pequeno monitor com números. Em compensação, o head-up display é enorme e pode ser personalizado com diversas informações.

Equipamento

Esta é a versão de entrada e a que se destaca pelo maior nível de requinte e elegância, por isso, no que diz respeito ao equipamento que inclui, ficamos com a ideia de que a pessoa responsável pela escolha dos mais variados elementos disse apenas “sim”, em vez de selecionar apenas os que lhe faziam mais sentido. O DS 4 La Première inclui tudo e mais alguma coisa, com inúmeras superfícies forradas em Criollo Brown, o estilo ‘bracelete’ no forro dos assentos, além do aquecimento, ventilação e massagem nos mesmos, terminando com alguns elementos mais discretos nos acabamentos de madeira num tom castanho acinzentado e que quase passam despercebidos em todo o conjunto.

Além disso, está também presente o teto panorâmico em vidro, o sistema de iluminação Matrix LED, as jantes de liga leve de 20 polegadas e o sistema de som desenvolvido pela Focal, com 14 altifalantes e um amplificador de 690 Watts.

Consumos

Sem a ajuda da eletrificação e a matar saudades do motor térmico de 1,6 litros, em dias em que o ar condicionado estava praticamente proibido de ser dispensado, a média de consumo registada no ensaio acabou por não ficar em valores muito agradáveis e quase dois litros acima da média indicada pela marca. Mas o sorriso na cara acabou por compensar o valor indicado pelo computador de bordo.

Ao volante

Com vias mais largas, uma suspensão mais firme e jantes de 20 polegadas com um perfil de pneu muito baixinho, o DS 4 oferece uma estabilidade em curva muito cativante e que nos deixa a querer sempre exagerar mais um bocadinho. A caixa automática de oito relações está bem escalonada e com a ajuda das patilhas existentes atrás do volante e do modo de condução mais desportivo, o DS 4 até parece querer abandonar a sua compostura de La Première e transformar-se numa espécie de Performance Line, explorando da melhor forma os 225 cavalos movidos completamente a gasolina que tem para oferecer.

Concorrentes

Volkswagen Golf GTI DSG
Motor: Gasolina; 245 cavalos; Tração dianteira; Aceleração dos 0 aos 100 km/h (s): 6,2; Velocidade máx.: 250 km/h; Consumo combinado: 7,3 l/100 km; Preço 49.268 €

Motor

O motor PureTech de 1,6 litros e 225 cavalos foi uma das opções que mais apreciámos em diversos modelos deste grupo ao longo dos últimos anos. Mas agora, com a chegada da eletrificação, são as versões híbridas plug-in E-Tense que ganham o maior destaque. Até porque, com muito menos esforço do motor térmico e com uma ajuda eletrificada, é possível alcançar precisamente o mesmo patamar de potência e passar as médias de consumo para praticamente um quarto do valor do motor simplesmente a gasolina como o da unidade que nos foi cedida. Ainda assim, que saudades.

Balanço final

A DS Automobiles chegou a um bom momento. A elegância dos seus modelos mais recentes e a imagem de família que os une teve um excelente ponto de partida com este DS 4. É uma excelente proposta às tradicionais opções premium do segmento C, mesmo que já não possa ser disponibilizada nesta versão La Première. Verdade seja dita, o nível de equipamento Rivoli, agora encarregue de representar o topo da oferta e a cerca de cinco mil euros de distância desta versão, não fica assim tão distante quanto isso em termos de imagem. E com a versão híbrida plug-in E-Tense, é possível obter médias de consumo muito mais comedidas e com o mesmo patamar de potência, com a vantagem de poder circular em modo 100% elétrico em grande parte do tempo. Ainda assim, o DS 4 La Première conseguiu mostrar-nos algo muito especial.

Mais

– Elegância;
– Equipamento;
– Exclusividade;

Menos

– Ecrã tátil entre os assentos;
– Instrumentação;
– Visibilidade traseira;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.598
Potência máxima (CV/rpm): 225/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 300/1.900
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática de oito relações
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 7,9
Velocidade máxima (km/h): 235
Consumos misto (l/100 km): 6,6
Emissões CO2 (gr/km): 129

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.400/1.830/1.490
Distância entre eixos (mm): 2.675
Largura de vias (fr/tr mm): 1.600/1.605
Peso (kg): 1.494
Capacidade da bagageira (l): 430
Pneus (fr/tr): 245/40 R20

Preço da versão ensaiada (Euros): n.d.
Preço da versão base (Euros): 48.700 €