BMW acaba de apresentar a versão final do XM, o segundo modelo da ‘M’
Chama-se XM e, depois do M1, é o primeiro modelo a ser desenvolvido exclusivamente para ser um BMW M. Além disso, é também o primeiro a receber um sistema eletrificado.
Para que não haja dúvidas quanto ao ‘primeiro’, o BMW XM é exclusivamente um ‘M’ e não um modelo da BMW que recebeu uma preparação da divisão de modelos mais desportivos da marca bávara. O primeiro foi o BMW M1, apresentado em 1978 e desenhado por Giugiaro e este novo XM é o segundo modelo desenvolvido de raiz como um BMW M. Por essa mesma razão, é também o primeiro SUV da M e também o seu primeiro modelo eletrificado.
Com esta dúvida colocada de parte, resta falar do modelo que encabeça a lista de novidades que a BMW M reservou para este ano em que comemora o seu 50º aniversário. O XM é um enorme SUV com mais de 5,1 metros de comprimento, mais de dois de largura e com quase 1,80 metros de altura. A distância entre eixos fica além dos 3,1 metros e o peso muito próximo das 2,8 toneladas. Parecem números bastante estranhos, quando sabemos de imediato que, por se tratar de um ‘M’ puro, está incluída uma enorme dose de dinâmica apurada, com uma agilidade a condizer e prestações dignas de registo. Mas, não se vá já embora, a BMW M também pensou o mesmo.
Para contrariar, de certa forma, o peso elevado e o tamanho deste modelo, está incluído um sistema híbrido plug-in que soma qualquer coisa como 653 cavalos de potência e 800 Nm de binário, extraídos de um motor V8, biturbo, de 4,4 litros, a gasolina e de um elétrico com quase 200 cavalos de potência integrado na caixa de velocidades M Steptronic de oito relações. Quando trabalham em conjunto, conseguem alimentar o sistema de tração integral M xDrive, com um diferencial da M Sport no eixo posterior e registar os tais números que estamos habituados a descobrir nos modelos com a letra M. A aceleração dos 0 aos 100 km/h fica cumprida em 4,3 segundos e a velocidade máxima anunciada, tal como em quase todos os outros modelos que recebem a letra M, é de 250 km/h, limitados pela eletrónica, ou de 270 km/h, quando o XM estiver equipado com o opcional Driver’s Package. Por outro lado, este é também o sistema que permite que o XM possa circular até um máximo de 88 quilómetros em modo puramente elétrico e registar médias de consumo abaixo dos dois litros.
Mas, muito mais importante que os números, este autêntico “monstro”, está também preparado para despachar estradas de montanha com a mesma facilidade (ou mais) do que muitos dos modelos desportivos que estão mais próximos do solo. Tudo com a ajuda da suspensão adaptativa M Professional, das barras estabilizadoras ativas, mas também da direção nas quatro rodas e com ângulo variável e do sistema de travagem com enormes discos na frente e na traseira, escondidos por jantes de 21 polegadas (22 ou 23 em opção) e pneus de baixo perfil com uma largura de 27,5 cm na frente e 31,5 na traseira.
Em termos estéticos, este XM nunca vai passar despercebido, nem ser confundido com qualquer outro modelo. Ainda que algumas das suas linhas nos lembrem alguns dos modelos mais modernos da BMW, como o X7, por exemplo, todo o conjunto é completamente diferente e com arestas ainda mais definidas e traços que parecem ter saído diretamente dos esboços dos designers para a carroçaria. Na frente, a enorme grelha com os ‘rins’ da marca tem os seus contornos iluminados e mais acima, no capot, há duas generosas saliências ou “power domes”, uma por cada bancada de cilindros. Na parte de trás, as óticas têm um desenho esguio e quase esculpido na carroçaria, enquanto mais abaixo, há dois pares de saídas de escape, hexagonais e sobrepostas, que incluem um som poderoso quando o sistema híbrido está a atuar em pleno, mas que ficam em silêncio quando é apenas usado o modo elétrico e sobressem os BMW Iconic Sounds Electric, criados por Hans Zimmer. E para os mais atentos, nos cantos superiores da janela traseira está o logo da BMW, em homenagem ao lendário M1.
A bordo está presente tudo o que de melhor encontramos num BMW. Os assentos desportivos dianteiros multifunções oferecem uma dose elevada de conforto independentemente do ritmo adotado e há diversos revestimentos em pele e Alcantara, bem como alguns elementos em fibra de carbono e alumínio. Atrás, o espaço disponível é apelidado de ‘lounge’ e é a partir daqui que temos o melhor ângulo de visão para o forro do tejadilho com um desenho tridimensional e iluminação ambiente. Na frente, e a partir do lugar do condutor, o destaque vai para o enorme painel curvo que inclui a instrumentação e o monitor central com conteúdo específico da M, mas também não faltam os dois botões mágicos de cor vermelha no volante, onde estão registados os parâmetros de condução preferidos do condutor, os comandos da caixa de velocidade em fibra de carbono, nem os três modos de condução que permitem alternar entre uma condução mais desportiva ou mais eficiente, com uma escolha intermédia em alternativa. E se a sonoridade não agradar por algum motivo, poderá sempre recorrer ao sistema de som Diamond Surround desenvolvido pela Bowers & Wilkins, com 20 altifalantes e um amplificador com 1500 watts de potência.
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