Audi A3 Sportback 35 TFSI MHEV – Ensaio Teste
Alternativa premium
O segmento dos pequenos familiares, ou dos compactos, ainda continua ao rubro, mesmo depois do ataque poderoso dos SUV. Mas o Audi A3 ainda continua a ser uma das opções a manter uma imagem mais premium, mesmo com as conceções necessárias para manter o preço num patamar mais apelativo. A grande novidade da gama, no entanto, passa pela inclusão de um novo sistema mild-hybrid de 48 volts, que lhe permite obter os benefícios de um híbrido, mas sem que isso transforme muito a sua utilização.
Texto: André Mendes
– Robustez do conjunto;
– Médias de consumo;
– Condução;
– Pouco equipamento de série;
Exterior
Mesmo bastante longe da versão original do A3, uma vez que estamos já na sua quarta geração, este é um daqueles modelos que manteve o seu formato mais ou menos intacto, sendo a maior alteração a inclusão da versão de cinco portas e a chegada do nome Sportback já há uns anos. No entanto, com esta geração, contamos com um visual mais tecnológico e uma imagem de família aproximada dos restantes modelos da marca.
Uma das maiores diferenças da unidade ensaiada face às “normais” é a presença do pacote estético S line, com para-choques mais desportivos e outros detalhes que também contribuem para este visual. As jantes têm “apenas” 17 polegadas de diâmetro, que não é pouco, mas neste conjunto parecem ser bem mais pequenas do que são na realidade. E com um olhar mais clínico descobrimos que a versão S Line também retira uns milímetros na altura do conjunto, deixando a carroçaria mais próxima do piso, graças à presença de uma suspensão ligeiramente mais desportiva.
Interior
Há duas impressões imediatas que temos assim que nos sentamos a bordo do Audi A3. A primeira é a de que todo o habitáculo é demasiado cinzento, uma vez que neste patamar da gama, os elementos mais elegantes e com uma estética melhorada ainda não são muito numerosos, estando muito afastados de um RS3, por exemplo, por motivos óbvios. A segunda impressão é que, apesar do visual cinzento, todo o conjunto é bastante sólido e tipicamente alemão. De uma maneira geral, a qualidade dos materiais é elevada e a posição de condução é excelente, com regulações bastante amplas e simples de adaptar ao nosso gosto. Lá atrás, o espaço disponível não é dos mais abundantes, mas com um pouco de jeito, tudo se consegue. E ainda mais atrás, os 380 litros de capacidade da bagageira chegam perfeitamente.
Equipamento
Aqui fica um dos calcanhares de Aquiles em marcas como a Audi. O equipamento base, ainda que inclua diversos elementos, nem sempre são dos mais desejados e apelativos. Na maioria dos casos, são apenas os necessários, deixando todos os outros na lista de opcionais, o que acaba por influenciar (bastante) o preço final de cada modelo. Com a presença de um sistema de navegação, o painel de instrumentos digital e de mais meia-dúzia de coisas, a unidade ensaiada supera facilmente os 45 mil euros, sendo que nem sequer inclui alguns dos elementos desejados por muitos como o sistema de som melhorado da Bang & Olufsen, os assentos desportivos em pele ou umas jantes que fizessem uma melhor parceria com o resto do conjunto. E porque não, uma cor de carroçaria mais original.
Consumos
A adição de um sistema Mild-Hybrid é um toque mais ecológico e eletrificado, sem se tratar de uma versão híbrida totalmente assumida. É mais uma espécie de apoio ao motor térmico, mas que se revelou de uma excelente utilidade. E a maior diferença vai-se vendo nos consumos que vão surgindo no computador de bordo, com valores bastante comedidos, mesmo quando a condução nem é das mais ecológicas. Nos valores declarados pela marca, encontramos os 5,7 litros de média, ainda medidos com a norma NEDC em vez da mais aproximada da realidade, a WLTP. A verdade é que no final do nosso ensaio, a média registada pelo computador de bordo era de 6,4 litros, ainda que em alguns trajetos chegámos a registar 5,8 litros com quase 100 quilómetros percorridos no parcial. E sempre com o sistema de ar condicionado ligado, o que nos deixa a pensar que este sistema mild-hybrid pode mesmo ser uma mais-valia no apoio energético a todo o conjunto.
Ao Volante
A robustez que conhecemos no habitáculo é também sentida quando andamos em estrada, mais ainda quando temos presente o pacote de equipamento S-line, com uma suspensão um pouco mais firme, além dos elementos estéticos que já referimos. Os movimentos da carroçaria são muito bem controlados e a eficácia da suspensão lida bem com atrocidades como lombas e estradas de piso mais irregular. Em traçados mais sinuosos, percebemos que esta motorização não foi pensada para medir distâncias em segundos, mas que o chassis do Audi A3 está preparado para soluções muito mais potentes do que esta.
Motor
Na Audi as siglas já não são o que eram e com estas novas designações ainda há quem fique curioso e ganhe coragem para nos perguntar que motor é que esta versão tem, esperando algo com uma cilindrada de 3,5 litros e mais do que quatro cilindros. Mas não, neste caso, o ’35 TFSI’ indica mesmo a presença de um bloco de apenas 1,5 litros e 150 cavalos de potência, com quatro cilindros em linha e o tal sistema mild-hybrid de 48 volts. Não sendo um motor incrível em termos de prestações, este TFSI entende-se bastante bem com a caixa S tronic e não desilude em nada, seja na cidade, em estrada ou mesmo em autoestrada, demonstrando um “fôlego” semelhante a motorizações de maior cilindrada.
Balanço Final
O Audi A3 Sportback é assim a alternativa premium aos modelos que se encontram a conquistar a preferência dos consumidores neste segmento, havendo ainda a necessidade de referir que isto apenas se faz à custa de algum equipamento de série, de forma a conseguir manter o preço final num valor mais apelativo. Mas depois, a solidez do conjunto que sentimos desde o momento em que nos sentamos, fechados a porta e começamos a usar alguns comandos, além da eficácia da suspensão, deixam-nos a pensar se, a médio prazo, isso não acaba mesmo por compensar o investimento.
Concorrentes
BMW 118i Steptronic Line Sport
Motor: três cilindros, 1,5 litros; potência: 136 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 37.024 €
Cupra Formentor 1.5 TSI DSG
Motor: quatro cilindros, 1,5 litros; potência: 150 cavalos; consumo médio: 6,7 l/100km; preço base: 37.537 €
Mazda 3 Homura 2.0 E-Skyactiv G M-Hybrid Automático
Motor: quatro cilindros, 2,0 litros; potência: 150 cavalos; consumo médio: 6,1 l/100km; preço base: 35.685 €
Opel Astra 1.2 Turbo GS Line AT8
Motor: três cilindros, 1,2 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 33.050 €
Peugeot 308 GT 1.2 Puretech 130
Motor: três cilindros, 1,2 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 32.020 €
Volkswagen Golf 1.5 eTSI Style DSG
Motor: quatro cilindros, 1,5 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 38.169 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.498
Potência máxima (CV/rpm): 150/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática S tronic de sete relações
Direção: Eletromecânica, assistida
Suspensão (ft/tr): McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,4
Velocidade máxima (km/h): 224
Consumos misto (l/100 km): 5,7
Emissões CO2 (gr/km): 129
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.347/1.816/1.440
Distância entre eixos (mm): 2.624
Largura de vias (fr/tr mm): 1.554/1.525
Peso (kg): 1.417
Capacidade da bagageira (l): 380
Deposito de combustível (l): 50
Pneus (fr/tr): 225/45 R17
Preço da versão ensaiada (Euros): 45.410 €
Preço da versão base (Euros): 39.834 €
Mais/Menos
Mais
– Robustez do conjunto;
– Médias de consumo;
– Condução;
Menos
– Pouco equipamento de série;
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 45410€
Preço da versão base (Euros): 39834€
Exterior
Mesmo bastante longe da versão original do A3, uma vez que estamos já na sua quarta geração, este é um daqueles modelos que manteve o seu formato mais ou menos intacto, sendo a maior alteração a inclusão da versão de cinco portas e a chegada do nome Sportback já há uns anos. No entanto, com esta geração, contamos com um visual mais tecnológico e uma imagem de família aproximada dos restantes modelos da marca.
Uma das maiores diferenças da unidade ensaiada face às “normais” é a presença do pacote estético S line, com para-choques mais desportivos e outros detalhes que também contribuem para este visual. As jantes têm “apenas” 17 polegadas de diâmetro, que não é pouco, mas neste conjunto parecem ser bem mais pequenas do que são na realidade. E com um olhar mais clínico descobrimos que a versão S Line também retira uns milímetros na altura do conjunto, deixando a carroçaria mais próxima do piso, graças à presença de uma suspensão ligeiramente mais desportiva.
Interior
Há duas impressões imediatas que temos assim que nos sentamos a bordo do Audi A3. A primeira é a de que todo o habitáculo é demasiado cinzento, uma vez que neste patamar da gama, os elementos mais elegantes e com uma estética melhorada ainda não são muito numerosos, estando muito afastados de um RS3, por exemplo, por motivos óbvios. A segunda impressão é que, apesar do visual cinzento, todo o conjunto é bastante sólido e tipicamente alemão. De uma maneira geral, a qualidade dos materiais é elevada e a posição de condução é excelente, com regulações bastante amplas e simples de adaptar ao nosso gosto. Lá atrás, o espaço disponível não é dos mais abundantes, mas com um pouco de jeito, tudo se consegue. E ainda mais atrás, os 380 litros de capacidade da bagageira chegam perfeitamente.
Equipamento
Aqui fica um dos calcanhares de Aquiles em marcas como a Audi. O equipamento base, ainda que inclua diversos elementos, nem sempre são dos mais desejados e apelativos. Na maioria dos casos, são apenas os necessários, deixando todos os outros na lista de opcionais, o que acaba por influenciar (bastante) o preço final de cada modelo. Com a presença de um sistema de navegação, o painel de instrumentos digital e de mais meia-dúzia de coisas, a unidade ensaiada supera facilmente os 45 mil euros, sendo que nem sequer inclui alguns dos elementos desejados por muitos como o sistema de som melhorado da Bang & Olufsen, os assentos desportivos em pele ou umas jantes que fizessem uma melhor parceria com o resto do conjunto. E porque não, uma cor de carroçaria mais original.
Consumos
A adição de um sistema Mild-Hybrid é um toque mais ecológico e eletrificado, sem se tratar de uma versão híbrida totalmente assumida. É mais uma espécie de apoio ao motor térmico, mas que se revelou de uma excelente utilidade. E a maior diferença vai-se vendo nos consumos que vão surgindo no computador de bordo, com valores bastante comedidos, mesmo quando a condução nem é das mais ecológicas. Nos valores declarados pela marca, encontramos os 5,7 litros de média, ainda medidos com a norma NEDC em vez da mais aproximada da realidade, a WLTP. A verdade é que no final do nosso ensaio, a média registada pelo computador de bordo era de 6,4 litros, ainda que em alguns trajetos chegámos a registar 5,8 litros com quase 100 quilómetros percorridos no parcial. E sempre com o sistema de ar condicionado ligado, o que nos deixa a pensar que este sistema mild-hybrid pode mesmo ser uma mais-valia no apoio energético a todo o conjunto.
Ao volante
A robustez que conhecemos no habitáculo é também sentida quando andamos em estrada, mais ainda quando temos presente o pacote de equipamento S-line, com uma suspensão um pouco mais firme, além dos elementos estéticos que já referimos. Os movimentos da carroçaria são muito bem controlados e a eficácia da suspensão lida bem com atrocidades como lombas e estradas de piso mais irregular. Em traçados mais sinuosos, percebemos que esta motorização não foi pensada para medir distâncias em segundos, mas que o chassis do Audi A3 está preparado para soluções muito mais potentes do que esta.
Concorrentes
BMW 118i Steptronic Line Sport
Motor: três cilindros, 1,5 litros; potência: 136 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 37.024 €
Cupra Formentor 1.5 TSI DSG
Motor: quatro cilindros, 1,5 litros; potência: 150 cavalos; consumo médio: 6,7 l/100km; preço base: 37.537 €
Mazda 3 Homura 2.0 E-Skyactiv G M-Hybrid Automático
Motor: quatro cilindros, 2,0 litros; potência: 150 cavalos; consumo médio: 6,1 l/100km; preço base: 35.685 €
Opel Astra 1.2 Turbo GS Line AT8
Motor: três cilindros, 1,2 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 33.050 €
Peugeot 308 GT 1.2 Puretech 130
Motor: três cilindros, 1,2 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 32.020 €
Volkswagen Golf 1.5 eTSI Style DSG
Motor: quatro cilindros, 1,5 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 38.169 €
Motor
Na Audi as siglas já não são o que eram e com estas novas designações ainda há quem fique curioso e ganhe coragem para nos perguntar que motor é que esta versão tem, esperando algo com uma cilindrada de 3,5 litros e mais do que quatro cilindros. Mas não, neste caso, o ’35 TFSI’ indica mesmo a presença de um bloco de apenas 1,5 litros e 150 cavalos de potência, com quatro cilindros em linha e o tal sistema mild-hybrid de 48 volts. Não sendo um motor incrível em termos de prestações, este TFSI entende-se bastante bem com a caixa S tronic e não desilude em nada, seja na cidade, em estrada ou mesmo em autoestrada, demonstrando um “fôlego” semelhante a motorizações de maior cilindrada.
Balanço final
O Audi A3 Sportback é assim a alternativa premium aos modelos que se encontram a conquistar a preferência dos consumidores neste segmento, havendo ainda a necessidade de referir que isto apenas se faz à custa de algum equipamento de série, de forma a conseguir manter o preço final num valor mais apelativo. Mas depois, a solidez do conjunto que sentimos desde o momento em que nos sentamos, fechados a porta e começamos a usar alguns comandos, além da eficácia da suspensão, deixam-nos a pensar se, a médio prazo, isso não acaba mesmo por compensar o investimento.
– Robustez do conjunto;
– Médias de consumo;
– Condução;
– Pouco equipamento de série;
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.498
Potência máxima (CV/rpm): 150/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática S tronic de sete relações
Direção: Eletromecânica, assistida
Suspensão (ft/tr): McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,4
Velocidade máxima (km/h): 224
Consumos misto (l/100 km): 5,7
Emissões CO2 (gr/km): 129
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.347/1.816/1.440
Distância entre eixos (mm): 2.624
Largura de vias (fr/tr mm): 1.554/1.525
Peso (kg): 1.417
Capacidade da bagageira (l): 380
Deposito de combustível (l): 50
Pneus (fr/tr): 225/45 R17
Preço da versão ensaiada (Euros): 45.410 €
Preço da versão base (Euros): 39.834 €
Preço da versão base (Euros): 39834€
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