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A evolução das chaves dos carros até ao momento da sua extinção

By on 16 Agosto, 2022

A chave do carro começou por ser um pequeno objeto de extrema simplicidade, evoluindo até soluções com ecrã e que entram em contacto com o próprio carro.

Ainda me recordo da chave do meu primeiro carro. Era bastante evoluída, pois já tinha um pedaço de plástico para proteger a parte metálica, onde ficava a abertura para a argola do porta-chaves e até o logo da marca. Ainda hoje tenho uma cópia, descoberta no fundo de uma gaveta, anos depois de já não ter o carro, talvez, na esperança, de um dia o voltar a receber na garagem. Essa mesma chave servia para destrancar a minha porta e também para a ignição, mas já não dava para o depósito de combustível. Para isso, havia outra, mais simples e bem mais pequena, tipo chave de caixa de correio.

Desde essa chave até agora, já me passaram milhares de chaves de carros pelas mãos, algumas bem diferente do normal, outras precisamente iguais, ainda que diversas marcas diferentes. No caso da Škoda, muitas das chaves são precisamente iguais às de outros modelos do Grupo Volkswagen, mas esta foi a marca que tocou (e muito bem) neste assunto, recordando a evolução deste pequeno e tão desejado objeto.

Depois da chave metálica, com ou sem proteção plástica, o maior avanço surgiu quando estas começaram a ter a capacidade de trancar e destrancar o carro à distância. E num momento mais arrojado, alguns fabricantes encontraram mesmo uma forma de a fazer dobrar para o lado, encaixando-a de uma forma em que quase desaparecia da vista, possibilitando a criação de “objetos” ainda mais originais.

Mais ou menos durante esta fase, foi quando uma grande maioria dos construtores começou a encontrar uma forma da chave do carro poder ficar sempre no bolso das calças ou na mala, pois em vez da ignição, começava agora a existir um botão destinado a ligar o motor, caso detetasse a presença da chave no habitáculo. Rapidamente, o elemento metálico da chave começou a não servir para nada, acabando por voltar a ser um elemento independente, mas que se conseguia guardar no interior desta verdadeira unidade de comando, ou, como muitos lhe chamam, chave.

O que não mudou nas chaves foi o eixo com um perfil fresado, quer à moda antiga, no bordo exterior, quer atualmente dentro do eixo, que é inserido no módulo da chave como uma solução de recurso, caso a bateria da chave ou a bateria do automóvel se esgotem e o automóvel não puder ser destrancado remotamente. Apesar de já não ser visível por fora, cada Škoda também tem um cilindro mecânico clássico na porta do condutor”, diz Petr Jirásko, do Departamento de Desenvolvimento de Mecanismos de Porta Lateral e Bagageira, acrescentando que não falta muito para que até o desbloqueio de emergência seja feito apenas eletricamente.

A evolução do que conseguimos fazer com a chave do carro foi evoluindo durante vários anos, ainda que o conceito base se mantivesse inalterado, com a parte metálica no interior e os mais variados comandos na parte de fora de cada chave. Alguns construtores tentaram soluções um pouco diferentes e mais arrojadas, tais como um cartão (que também incluía a parte metálica da chave no seu interior), uma bracelete de relógio que destrancava o carro quando era encostada em determinado ponto da carroçaria, ou mesmo uma que nos lembrava se o carro tinha ficado trancado ou não, mesmo a vários quilómetros de distância do mesmo, entre tantas outras soluções. E uma grande maioria destes, conseguiu desenvolver inúmeras coisas que podemos fazer, desde que a chave esteja por perto, tais como destrancar e trancar as portas com a mão, abrir ou fechar a bagageira passando o pé por baixo do pára-choques traseiro ou simplesmente acender as luzes de presença quando nos aproximamos do carro, ou que este se tranque sozinho quando nos afastamos dele.

A fase seguinte de desenvolvimento chegou com a proliferação dos smartphones e das respetivas aplicações, mas também das múltiplas possibilidades de conectividade com o carro. A grande maioria dos construtores começaram a desenvolver aplicações cada vez mais sofisticadas e com mais funções, que nos permitem interagir com o nosso carro, verificando a abertura das portas e janelas, os tempos de carregamento, a carga da bateria, a média de consumo de cada viagem, a quilometragem e tantas outras coisas. Entre as funções disponíveis, está mesmo aquela que permite substituir a chave do carro pelo próprio telefone, algo que será cada vez mais frequente e levará certamente à extinção deste objeto fantástico, apesar do que significa para determinadas gerações.

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