Galp e Northvolt criam joint venture para conversão de lítio em Portugal
A joint venture entre a Galp e a Northvolt vai dar origem ao desenvolvimento da maior fábrica de conversão de lítio da Europa, que se situará em Portugal, com capacidade de produção de 50 GWh de baterias por ano, o suficiente para 700 mil veículos elétricos.
A Galp e os suecos da Northvolt criaram uma joint venture denominada “Aurora” para o desenvolvimento de uma fábrica de conversão de lítio. O principal objetivo é que as instalações tenham uma capacidade de produção anual inicial de até 35 mil toneladas de hidróxido de lítio para baterias utilizadas nos carros elétricos. Esta fábrica, que se situará em Portugal, vai utilizar um processo de conversão comprovado e a previsão é de que as operações comecem até ao final de 2025, com comercialização no ano seguinte.
O projeto deverá representar um investimento estimado de 700 milhões de euros e vai criar 1500 empregos diretos e indiretos. Esta unidade será capaz de produzir hidróxido de lítio suficiente para a produção de 50 GWh por ano (qualquer coisa como 700 mil veículos elétricos). Com o acordo, a Northvolt garante um consumo de até 50% da capacidade da unidade para a utilização no seu próprio fabrico de baterias.
“O desenvolvimento de uma indústria europeia de fabrico de baterias proporciona uma tremenda oportunidade económica e social para a região. O alargamento da nova cadeia de valor europeia a montante para incluir as matérias-primas é de importância crítica. Esta JV representa um grande investimento nesta área, e posicionará a Europa não só com um caminho para o fornecimento doméstico de materiais-chave necessários no fabrico de baterias, mas também com a oportunidade de estabelecer um novo padrão de sustentabilidade no aprovisionamento de matérias-primas. Esta iniciativa vem complementar uma estratégia global de sourcing baseada em elevados padrões de sustentabilidade, fontes diversificadas e exposição reduzida a riscos geopolíticos”, diz Paolo Cerruti, Co-Fundador e COO da Northvolt.
“Esta é uma oportunidade única para reposicionar a Europa como líder numa indústria que será vital para reduzir as emissões globais de CO2, de acordo com as prioridades europeias e portuguesas em matéria de alterações climáticas. Para sermos bem-sucedidos neste compromisso, devemos todos trabalhar em conjunto, indústria e decisores, com um sentido de urgência, porque se não reivindicarmos este papel hoje, outros o farão”, comenta Andy Brown, CEO da Galp.
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