SEAT Ateca 1.5 EcoTSI Xperience DSG – Ensaio Teste

By on 31 Dezembro, 2020

SEAT Ateca 1.5 EcoTSI Xperience DSG – Ensaio Teste

Texto: João Isaac

Argumentos reforçados, mas com a dinâmica de sempre

No mercado desde 2016, o Ateca abriu o caminho para a

família de SUV da SEAT e desde cedo se assumiu como um dos modelos mais

importantes da oferta da marca espanhola, inaugurando uma presença essencial no

segmento mais importante do mercado. Com cerca de 300 mil unidades vendidas desde

o seu lançamento, 100 mil em 2019, a SEAT aplicou no seu SUV intermédio uma

importante atualização que não só o aproximou em termos estéticos dos seus

modelos mais recentes, como o Tarraco e o Leon, como também lhe reforçou a

oferta a nível de tecnologia.


Mais:

Comportamento; imagem; desempenho da caixa DSG.

Menos:

Consumo algo elevado; alguns elementos de equipamento deviam ser propostos de série.

Exterior

8/10

Exterior (8/10) O grande destaque exterior é, sem dúvida, a adoção da mais recente linguagem de design estreada pelo irmão maior, o Tarraco, com nova grelha e faróis full LED, tecnologia que também encontramos atrás, com piscas dinâmicos. Ambos os para-choques são novos e fizeram o Ateca crescer 18 milímetros em comprimento. As jantes do “nosso” Ateca têm 18 polegadas e o seu acabamento maquinado com pintura especial, com interior em cinzento, tem um custo adicional de 331 €. Atrás, a designação “Ateca” surge com novo estilo de letra.

Interior

8/10

Interior (8/10) Por dentro, como não podia deixar de ser, digitalização é a palavra de ordem. O painel de instrumentos – com 10,25” – é um opcional que gostámos de encontrar nesta unidade de ensaio, complementado pelo excelente sistema de infotainment, com ótimo grafismo e fluidez de funcionamento, com ecrã tátil de 9,2”. De série, o ecrã tem 8,25”.

Há também novidades ao nível dos acabamentos, com a introdução de novos materiais nos forros das portas, por exemplo. Acima da linha média, o tablier utiliza material de qualidade superior, com toque “aborrachado”, e que contribui para a boa sensação de qualidade a bordo. O volante é também novo e os bancos são bastante confortáveis e com bom suporte. Ambos contam com função de aquecimento.

Os passageiros de trás viajam com bastante conforto, não só graças ao espaço disponível para pernas e cabeça, como também pelas janelas grandes, um argumento que pode fazer a diferença quando os passageiros a transportar são crianças. Há bolsas para arrumação nas costas dos bancos dianteiros e o túnel central, mesmo sendo elevado, não prejudica em demasia o conforto (menor, obviamente) do passageiro central. A bagageira conta com 510 litros de capacidade, mas falta-lhe, na unidade conduzida, um fundo amovível que permita criar um plano de carga ininterrupto com o rebatimento dos bancos.

Equipamento

7/10

Equipamento (7/10) A gama distribui-se por três níveis de equipamento, Style, Xperience e FR e elementos como o acesso e arranque sem chave, os faróis full LED e o Front Assist são comuns a todos eles. No entanto, outros como o display tátil de 9,2”, a câmara traseira de apoio ao estacionamento e a porta da bagageira com função mãos-livres fazem parte da lista de opcionais. Relativamente a equipamento de segurança, o Ateca que conduzimos dispõe ainda , por exemplo, dos assistentes de ângulo morto e de manutenção na faixa de rodagem.

Consumos

/10

Consumos (7/10) Relativamente a consumo, esperávamos um valor ligeiramente mais baixo do que o registado. Após cerca de 200 quilómetros percorridos em circuito misto e com alguma utilização de ar condicionado pelo meio, terminámos o nosso percurso de testes com uma média de 7,6 l/100 km.

Ao Volante

8/10

Ao volante (8/10) Quando equipado com amortecimento variável, tal como a unidade que guiámos na sua apresentação, o desempenho do Ateca convence pela abrangência de capacidades da suspensão, muito confortável no modo mais brando do amortecimento, e bastante mais ágil e dinâmico no modo desportivo. Quando equipado com amortecimento de afinação fixa, como a unidade testada, o Ateca não esconde o seu foco num desempenho mais dinâmico, em linha com os valores da marca, com reações rápidas e ágeis, mas esse perfil assumidamente mais emocional nunca é suficiente para manchar o conforto a bordo. Não é o mais confortável do segmento, mas está longe de ser desconfortável. Motor, caixa e direção mostram-se sempre à altura das exigências e o condutor dispõe também de quatro modos de condução, um deles personalizável a seu gosto.

Motor

8/10

Motor (8/10) Conduzimos o Ateca com o motor 1.5 TSI, a gasolina, com 150 cavalos. Gostámos do seu funcionamento refinado – ajudado pela boa insonorização do habitáculo – bem como da sua disponibilidade, com 250 Nm das 1500 às 3500 rpm. O Ateca mexe-se muito bem quando acelerado por este quatro cilindros, motor que pode igualmente funcionar com apenas dois em situações de menor carga. Associado à ótima caixa DSG de 7 relações, com patilhas no volante, não só é possível retirar gozo da condução deste SUV, como também de rolar tranquilamente a 120 km/h com o conta-rotações discretamente fixo nas 2000 rpm.

Balanço Final

8/10

Balanço final (8/10) A SEAT mudou o Ateca onde tinha obrigatoriamente de o fazer. Dotou-o de mais e melhor tecnologia, a fim de não perder essa corrida cada vez mais importante para o sucesso de um modelo. Visualmente ainda muito atual, o Ateca apenas sofreu uma ligeira atualização estética que o aproximou dos mais recentes modelos e ao volante não foi nenhuma surpresa reencontrar uma das propostas mais competentes do segmento. Resta-nos abordar a questão do preço que, com um valor de 33432 € na versão 1.5 TSI com caixa manual, supera o menos enérgico mas também muito competente e mais poupado motor 1.0 TSI de 110 cavalos em cerca de 2000 €. Se não prescinde da potência, o 1.5 TSI é uma ótima opção, e se precisa mesmo da excelente caixa DSG, prepare 35248 €.

Concorrentes

Renault Kadjar TCe 160 EDC Black Edition, 1333 cc, gasolina, 160 cv, 260 Nm; 0-100 km/h em 9,3 seg,; 210 km/h; 6,5 l/100 km; 148 gr/km de CO2; desde 35 750 euros

Ficha Técnica

Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, gasolina, turbo Cilindrada (cm3): 1498 Diâmetro x Curso (mm): 74,5 x 85,9 Taxa de Compressão: 10,5:1 Potência máxima (CV/rpm): 150/5000-6000 Binário máximo (Nm/rpm): 250/1500-3500 Transmissão: dupla embraiagem de 7 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente, tipo McPherson/barra de torção Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 8,6 Velocidade máxima (km/h): 198 Consumo misto (l/100 km): 6,5 Emissões CO2 (gr/km): 149 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4381/1841/1615 Distância entre eixos (mm): 2638 Largura de vias (fr/tr mm): 1576/1541 Peso (kg): 1370 Capacidade da bagageira (l): 510 Deposito de combustível (l): 50 Pneus (fr/tr): 215/50 R18 Preço da versão base (Euros): 35.248 Preço da versão ensaiada (Euros): 37.878

Mais/Menos


Mais

Comportamento; imagem; desempenho da caixa DSG.

Menos

Consumo algo elevado; alguns elementos de equipamento deviam ser propostos de série.

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 37878€

Preço da versão base (Euros): 35248€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (8/10) O grande destaque exterior é, sem dúvida, a adoção da mais recente linguagem de design estreada pelo irmão maior, o Tarraco, com nova grelha e faróis full LED, tecnologia que também encontramos atrás, com piscas dinâmicos. Ambos os para-choques são novos e fizeram o Ateca crescer 18 milímetros em comprimento. As jantes do “nosso” Ateca têm 18 polegadas e o seu acabamento maquinado com pintura especial, com interior em cinzento, tem um custo adicional de 331 €. Atrás, a designação “Ateca” surge com novo estilo de letra.

Interior

Interior (8/10) Por dentro, como não podia deixar de ser, digitalização é a palavra de ordem. O painel de instrumentos – com 10,25” – é um opcional que gostámos de encontrar nesta unidade de ensaio, complementado pelo excelente sistema de infotainment, com ótimo grafismo e fluidez de funcionamento, com ecrã tátil de 9,2”. De série, o ecrã tem 8,25”.

Há também novidades ao nível dos acabamentos, com a introdução de novos materiais nos forros das portas, por exemplo. Acima da linha média, o tablier utiliza material de qualidade superior, com toque “aborrachado”, e que contribui para a boa sensação de qualidade a bordo. O volante é também novo e os bancos são bastante confortáveis e com bom suporte. Ambos contam com função de aquecimento.

Os passageiros de trás viajam com bastante conforto, não só graças ao espaço disponível para pernas e cabeça, como também pelas janelas grandes, um argumento que pode fazer a diferença quando os passageiros a transportar são crianças. Há bolsas para arrumação nas costas dos bancos dianteiros e o túnel central, mesmo sendo elevado, não prejudica em demasia o conforto (menor, obviamente) do passageiro central. A bagageira conta com 510 litros de capacidade, mas falta-lhe, na unidade conduzida, um fundo amovível que permita criar um plano de carga ininterrupto com o rebatimento dos bancos.

Equipamento

Equipamento (7/10) A gama distribui-se por três níveis de equipamento, Style, Xperience e FR e elementos como o acesso e arranque sem chave, os faróis full LED e o Front Assist são comuns a todos eles. No entanto, outros como o display tátil de 9,2”, a câmara traseira de apoio ao estacionamento e a porta da bagageira com função mãos-livres fazem parte da lista de opcionais. Relativamente a equipamento de segurança, o Ateca que conduzimos dispõe ainda , por exemplo, dos assistentes de ângulo morto e de manutenção na faixa de rodagem.

Consumos

Consumos (7/10) Relativamente a consumo, esperávamos um valor ligeiramente mais baixo do que o registado. Após cerca de 200 quilómetros percorridos em circuito misto e com alguma utilização de ar condicionado pelo meio, terminámos o nosso percurso de testes com uma média de 7,6 l/100 km.

Ao volante

Ao volante (8/10) Quando equipado com amortecimento variável, tal como a unidade que guiámos na sua apresentação, o desempenho do Ateca convence pela abrangência de capacidades da suspensão, muito confortável no modo mais brando do amortecimento, e bastante mais ágil e dinâmico no modo desportivo. Quando equipado com amortecimento de afinação fixa, como a unidade testada, o Ateca não esconde o seu foco num desempenho mais dinâmico, em linha com os valores da marca, com reações rápidas e ágeis, mas esse perfil assumidamente mais emocional nunca é suficiente para manchar o conforto a bordo. Não é o mais confortável do segmento, mas está longe de ser desconfortável. Motor, caixa e direção mostram-se sempre à altura das exigências e o condutor dispõe também de quatro modos de condução, um deles personalizável a seu gosto.

Concorrentes

Renault Kadjar TCe 160 EDC Black Edition, 1333 cc, gasolina, 160 cv, 260 Nm; 0-100 km/h em 9,3 seg,; 210 km/h; 6,5 l/100 km; 148 gr/km de CO2; desde 35 750 euros

Motor

Motor (8/10) Conduzimos o Ateca com o motor 1.5 TSI, a gasolina, com 150 cavalos. Gostámos do seu funcionamento refinado – ajudado pela boa insonorização do habitáculo – bem como da sua disponibilidade, com 250 Nm das 1500 às 3500 rpm. O Ateca mexe-se muito bem quando acelerado por este quatro cilindros, motor que pode igualmente funcionar com apenas dois em situações de menor carga. Associado à ótima caixa DSG de 7 relações, com patilhas no volante, não só é possível retirar gozo da condução deste SUV, como também de rolar tranquilamente a 120 km/h com o conta-rotações discretamente fixo nas 2000 rpm.

Balanço final

Balanço final (8/10) A SEAT mudou o Ateca onde tinha obrigatoriamente de o fazer. Dotou-o de mais e melhor tecnologia, a fim de não perder essa corrida cada vez mais importante para o sucesso de um modelo. Visualmente ainda muito atual, o Ateca apenas sofreu uma ligeira atualização estética que o aproximou dos mais recentes modelos e ao volante não foi nenhuma surpresa reencontrar uma das propostas mais competentes do segmento. Resta-nos abordar a questão do preço que, com um valor de 33432 € na versão 1.5 TSI com caixa manual, supera o menos enérgico mas também muito competente e mais poupado motor 1.0 TSI de 110 cavalos em cerca de 2000 €. Se não prescinde da potência, o 1.5 TSI é uma ótima opção, e se precisa mesmo da excelente caixa DSG, prepare 35248 €.

Mais

Comportamento; imagem; desempenho da caixa DSG.

Menos

Consumo algo elevado; alguns elementos de equipamento deviam ser propostos de série.

Ficha técnica

Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, gasolina, turbo Cilindrada (cm3): 1498 Diâmetro x Curso (mm): 74,5 x 85,9 Taxa de Compressão: 10,5:1 Potência máxima (CV/rpm): 150/5000-6000 Binário máximo (Nm/rpm): 250/1500-3500 Transmissão: dupla embraiagem de 7 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente, tipo McPherson/barra de torção Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 8,6 Velocidade máxima (km/h): 198 Consumo misto (l/100 km): 6,5 Emissões CO2 (gr/km): 149 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4381/1841/1615 Distância entre eixos (mm): 2638 Largura de vias (fr/tr mm): 1576/1541 Peso (kg): 1370 Capacidade da bagageira (l): 510 Deposito de combustível (l): 50 Pneus (fr/tr): 215/50 R18 Preço da versão base (Euros): 35.248 Preço da versão ensaiada (Euros): 37.878

Preço da versão ensaiada (Euros): 37878€
Preço da versão base (Euros): 35248€