É verdade que a oferta no segmento dos citadinos já foi mais extensa, pois têm sido vários os modelos de entrada de gama que têm desaparecido dos configuradores de algumas marcas. Uns forçados a abandonar pelos seus resultados comerciais pouco convincentes, outros pela cada vez mais alargada oferta de propostas puramente elétricas, a escolha de um cada vez maior número de condutores para quem a mobilidade urbana económica e limpa é a prioridade. No entanto, eles são também pequenos mas grandes primeiros carros de muitos condutores e ótimos companheiros das rotinas diárias e percursos entre casa, trabalho, hipermercados e escolas.
Apesar da agora menor oferta, são vários os modelos que ainda compõem um segmento marcado pelo design jovem, dimensões compactas e motores pouco gastadores. Os dois lugares traseiros são, na maior parte deles, algo justos e as bagageiras apenas indicadas para as compras da semana. Por outro lado, se deixarmos de fora da equação aquelas duas viagens anuais em que o superior conforto e espaço fazem realmente falta, são poucos os elementos indispensáveis que os citadinos atuais não oferecem a partir de um determinado nível de equipamento.
Seja o já indispensável ar
condicionado, as ligações Bluetooth e compatibilidade com Apple Car
Play e Android Auto, os também cada vez mais valorizados sistemas de
segurança ativos e de assistência à condução, bem como as sempre
muito procuradas opções de personalização, uma vertente essencial
para o sucesso de qualquer modelo que queira marcar a sua posição
no chamado segmento A, estas são propostas cada vez mais recheadas e
próximas, neste aspeto, daquelas de segmento imediatamente acima.
Neste momento, são pouco mais de uma
dezena os modelos disponíveis no segmento dos citadinos,
considerando aqueles que recorrem ainda a um convencional, mas cada
vez mais evoluído, motor térmico, alguns recorrendo, também, a
tecnologia híbrida para reduzir os consumos e as emissões. A Smart
decidiu abandonar esta tecnologia e focar-se na propulsão puramente
elétrica, mas marcas como por exemplo a FIAT vão inclusivamente a
jogo com duas icónicas propostas, concorrentes diretas no segmento
mas com resultados surpreendentes, o 500 e o Panda.
Assim, considerando as estatísticas de vendas recentemente divulgadas e respeitantes ao período de Janeiro a Agosto de 2020, fortemente influenciadas pela situação atual que todos enfrentamos, encontramos o irreverente e pequeno crossover híbrido da Suzuki, o Ignis, em último lugar com apenas 21 unidades vendidas. Segue-se o Volkswagen up!, o único sobrevivente do trio do qual faziam parte o Skoda Citigo e o SEAT Mii, com 128 unidades entregues a clientes. O recentemente ensaiado no Automais, Hyundai i10, é o próximo citadino mais vendido com 174 unidades, menos 23 do que o Toyota Aygo, com 197. Segue-se o outro modelo coreano do segmento, o Kia Picanto com 212 exemplares comercializados e à entrada do top 5 surge o FIAT Panda, terceira geração de um nome que celebra este ano o seu 40º aniversário. Para saber quais os modelos do top 5 nacional das vendas do segmento dos citadinos, não perca o vídeo abaixo: