Novo Citroën C3 chega a Portugal e nós já o conduzimos
O Citroën C3 é um dos modelos mais importantes da marca em solo nacional. De facto, o modelo de segmento B conquistou em 2019 o quinto lugar no ranking de modelos mais vendidos em Portugal. Agora, decidiram renovar a “receita” em 2020, de modo a tornar o C3 mais apelativo com uma série de evoluções, e nós fomos conhecê-lo um pouco melhor num evento da Citroën em Espanha.
Começando pelo design exterior, é na dianteira que se concentram as principais mudanças. A nova forma em “V”, idêntica à utilizada no Concept CXPERIENCE, surge com faróis diurnos em LED renovados. Para além disso, destaque para os airbumps que sofreram ligeiras alterações e para dois novos desenhos de jantes com 16 e 17 polegadas. Como se isso não bastasse, a Citroën aposta forte na personalização do veículo e, por isso, aumenta as combinações de cor de 36 para 97 possibilidades. Todas estas novidades demonstram a forte aposta num design diferente do que estamos habituados a ver neste segmento.
Já no habitáculo, o Citroën C3 mantém o visual, porém, com mais argumentos. Desde logo pela adoção dos novos bancos Advanced Comfort que se caracterizam pela suavidade. Já no capítulo da tecnologia, o C3 mantém um ecrã central com os cada vez mais “normais” assistentes de conectividade. Quanto às ajudas de condução, a Citroën realizou um reforço com um novo assistente de estacionamento dianteiro que aumenta para 12 o número de ajudas disponíveis.
Durante a apresentação que decorreu em Madrid, um evento completamente diferente do habitual e a respeitar todas as normas de segurança neste “novo normal”, tivemos a possibilidade de o conduzir. Aqui no Automais realizámos alguns quilómetros ao volante do C3 com o nível de equipamento C-Series, uma variante em que a marca deposita algumas esperanças de vendas, com o motor 1.5 BlueHDi associado à caixa manual de cinco velocidades, a única opção Diesel disponível no modelo.
Tendo em conta a situação difícil que se vive em Espanha graças à segunda vaga de covid, os representantes da marca francesa realizaram um percurso afastado da “confusão”, marcado por autoestrada e estradas secundárias em zonas pacatas. Neste tipo de percurso percebemos que o C3 é realmente um veículo confortável ao ter uma afinação de suspensão mais suave. A isto acrescentamos os novos bancos que garantiram um “passeio” que se pode caracterizar por tranquilo. Apesar do paradigma que se vive no segmento B, em que algumas marcas começam a abandonar as opções Diesel, a Citroën inclui este 1.5 BlueHDi na gama do C3 e mostra que o gasóleo ainda pode ter uma palavra a dizer. Com 100 cavalos e 250 Nm de binário, esta solução tem potência suficiente para o dia-a-dia. Para além disso, torna o C3 um carro fácil de conduzir, tendo em conta que o binário máximo surge logo às 1750 rpm. Contudo, se o condutor quiser uma solução de caixa automática, saiba que isso só acontece com motores a gasolina. Um dos pontos menos positivos deste motor é o preço. De facto, o 1.5 BlueHDi é cerca de 3400€ mais caro quando comparado com o bloco a gasolina 1.2 PureTech de 110 cv e caixa manual com nível de equipamento semelhante.
Apesar de não termos conseguido realizar uma parte do trajeto em cidade, mas compreende-se porquê, o C3 não se sentiu fora do habitat natural. Porém, a suspensão focada no conforto retira alguma da dinâmica do C3 que, em curvas mais rápidas, mostrou algum balançar de carroçaria. Quanto a consumos realizamos uma média de 4,3 l/100km neste tipo de percurso sem “para-arranca”.
Por fim, a gama do novo Citroën C3 é composta por quatro
níveis de equipamento (Feel Pack, C-Series, Shine e Shine Pack) e quatro tipos
de motorizações. Para além do Diesel já referido, há ainda o 1.2 PureTech com
83 cavalos e caixa manual de cinco velocidades, 1.2 PureTech com 110 cv e caixa
manual de seis velocidades, e ainda, 1.2 PureTech 110 cv com caixa automática
EAT6. O C3 já se encontra disponível em Portugal com preços a começar nos 16 372€,
valor esse que pode ir até aos 23 372€.
Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)
0 comentários