Volvo XC40 Recharge PHEV – Ensaio Teste
Volvo XC40 Recharge PHEV
Texto: João Isaac
O Volvo mais pequeno é um grande SUV
Depois da estreia do irmão maior em 2015, o XC90, a Volvo aumentou a sua oferta SUV com a chegada dos mais pequenos, mas ainda grandes, XC60 e XC40, este último, a estrela deste ensaio, equipado com a motorização híbrida plug-in T5. Este XC40 PHEV recorre ao motor 1.5 turbo, tricilíndrico, e a um segundo, elétrico, para uma potência combinada de 262 cavalos e a promessa de uma autonomia livre de emissões de cerca de 50 quilómetros. Conduzimo-lo, associado ao nível de equipamento Inscription, o terceiro dos quatro disponíveis. Será esta versão híbrida plug-in uma alternativa válida aos ainda muito procurados motores Diesel?
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Imagem; qualidade dos materiais; motor.
Custo de alguns opcionais; habitáculo com pouca luz natural atrás.
Exterior
Exterior (8/10) Considerando muito do feedback obtido durante este ensaio, de todos aqueles com quem nos cruzámos, bem como a opinião do público em geral sobre a atual linha de design da marca sueca, quer nos parecer que a Volvo está efetivamente no bom caminho. Este XC40 é mais um grande exemplo, identificando-se imediatamente como um dos membros da família XC, conseguindo, ao mesmo tempo, destacar-se dos seus irmãos maiores graças principalmente ao desenho da secção traseira, bem como ao original terceiro pilar, de grandes dimensões, onde a linha de cintura que se prolonga dos vidros laterais sobe a 45 graus. As habituais proteções negras da carroçaria e outros elementos cromados completam o pacote estético obrigatório de um SUV premium, robusto e prático como o XC40. As jantes são de 19 polegadas e calçam pneus de medida 235/50.
Interior
Interior (8/10) O estilo minimalista mas requintado do habitáculo de outros Volvo foi também adotado pelo XC40 e na nossa opinião, ainda bem que assim foi. À sensação global de qualidade, junta-se uma de grande conforto, graças ao bonito contraste de bons materiais e texturas, com iluminação ambiente que transforma uma viagem noturna numa experiência muito acolhedora. Já tudo foi dito sobre os bancos da Volvo, bonitos, confortáveis e desenvolvidos com a máxima proteção em mente, em caso de embate traseiro. No XC40 não são excepção já que condutor e passageiro vão muito bem sentados e ambos contam com regulações elétricas. Atrás, apesar do muito espaço disponível para pernas e cabeça – mesmo com a presença do teto panorâmico – as impressões são um pouco diferentes, já que quem lá viaja beneficiaria de um pouco mais de comprimento no assento, bem como de luz natural dos vidros laterais, neste caso compensada pela do teto em vidro.
Equipamento
Equipamento (8/10) Como referido anteriormente, sendo o terceiro de quatro níveis de equipamento disponíveis na gama XC40, a lista de equipamento deste Inscription é bastante apelativa, principalmente se considerarmos o recheio adicional dos sete packs opcionais de que dispõe. O custo total adicional é 6950 euros mas a este XC40 não lhe faltam elementos como o teto panorâmico, o sistema de som premium da Harman Kardon, os bancos com regulação elétrica, iluminação LED adaptativa, sensores dianteiros, traseiros e câmara de apoio ao estacionamento e assistentes como o controlo de ângulo morto e o cruise control adaptativo que trabalha em conjunto com o assistente de direção.
Consumos
Consumos (7/10) A Volvo declara um consumo de cerca de 2,5 litros/100 km para este seu XC40 T5 Twin Engine, um valor muito baixo devido à autonomia elétrica de aproximadamente 50 quilómetros. No entanto, dependendo do tipo de utilização e, obviamente do estado de carga da bateria, os valores podem variar consideravelmente. No nosso percurso de testes, com cerca de 60 quilómetros mistos, entre cidade, estrada e autoestrada, a média do computador de bordo ficou-se pelos 7,1 lt/100 km. Este valor foi realizado em modo Hybrid, mas com o nível de carga da bateria praticamente no mínimo. Assim, considerando os quilómetros eléctricos que cada utilizador consegue percorrer dos 50 declarados pela Volvo, este deverá ser o valor aproximado de consumo a considerar para o restante percurso, para quando a bateria estiver já perto de descarregada e em que o XC40 gere, através do modo Hybrid, a regeneração de energia nas desacelerações e travagens e a sua consequente utilização.
Ao Volante
Ao volante (9/10) Longe de querer ser um SUV entusiasmante de conduzir, o XC40 proporciona, e muito, um prazer de condução diferente, focado numa experiência muito confortável e segura. A sensação de robustez ao rolar é uma constante e apesar do notório adornar de carroçaria nas curvas mais exigentes, revela sempre uma agilidade mais do que suficiente para que as descreva sem reações imprevisíveis e em plena segurança. O seu foco é, no entanto, o conforto, e nesse aspecto, o seu desempenho é muitíssimo bom. A posição de condução é muito boa e apenas a dimensão dos retrovisores exteriores pode impressionar nos primeiros quilómetros. A travagem é forte e segura, mas falta alguma progressividade e feedback no pedal, sensação causada pela regeneração de energia do grupo híbrido. Este XC40 permite igualmente, através do modo Charge, forçar o carregamento da bateria através do motor a gasolina ou, por oposição, através do modo “Hold” manter inalterado o nível da bateria para, por exemplo, reservar os quilómetros puramente elétricos disponíveis para serem utilizados em ambiente citadino.
Motor
Motor (8/10) Este XC40 “de ligar à tomada” junta debaixo do capot o pulmão de um motor a gasolina, três cilindros com 1.5 litros, de 180 cavalos com a imediata disponibilidade um outro elétrico, com 82 cavalos. A potência final de 262 cavalos e um binário total de 425 Nm são garantia de um poder de aceleração que lhe permite arrancar e atingir os 100 km/h em apenas 7,3 segundos. A velocidade máxima é 205 km/h. A transmissão automática de sete velocidades tem um funcionamento muito suave, em linha com o estilo de condução a que esta proposta eletrificada aponta. Para esta experiência contribui igualmente um bom isolamento acústico que esconde o “ronronar” típico dos motores de três cilindros, bem como um bom trabalho na contenção das vibrações que normalmente chegam ao volante.
Balanço Final
Balanço final (8/10) É muito fácil ficar impressionado com este Volvo XC40 plug-in. Não só pelas qualidades que já lhe eram reconhecidas nas versões unicamente equipadas com motor de combustão, como por exemplo a qualidade dos materiais e a robustez de construção e outras como o conforto de rolamento e habitabilidade, mas também pela superior performance e eficiência que a eletrificação do motor térmico agora proporcionou a este Recharge PHEV. E as vendas falam por si, com mais de 87 mil unidades entregues nos primeiros sete meses de 2020, um aumento de 18% relativamente a igual período do ano passado. A unidade ensaiada tem um custo final de 59 365 euros, destacando-se a possibilidade da dedução do IVA no caso de um “cliente empresa” e a existência de uma versão com preço base de 35 mil euros mais IVA.
Concorrentes
BMW X1 xDrive25e, 1499 cc, gasolina + elétrico, 220 cv, 385 Nm; 0-100 km/h em 6,9 seg,; 193 km/h; 1,9 l/100 km, 39 gr/km de CO2; autonomia elétrica: 52 km; 49 350 euros
Peugeot 3008 Hybrid 225, 1598 cc, gasolina + elétrico, 225 cv, 360 Nm; 0-100 km/h n.d. seg,; n.d. km/h; 1,3 l/100 km, 30 gr/km de CO2; autonomia elétrica: 56 km; 43 415 euros
Ficha Técnica
Motor Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina + elétrico 60 kW Cilindrada (cm3): 1477 Diâmetro x Curso (mm): 82 x 92,3 Taxa de Compressão: 10,5:1 Potência máxima (CV/rpm): 262/n.d. Binário máximo (Nm/rpm): 425/n.d. Transmissão: dupla embraiagem de 8 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/independente, multibraços Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 7,3 Velocidade máxima (km/h): 205 Consumos misto (l/100 km): 2,5 Emissões CO2 (gr/km): 45 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4425/1863/1652 Distância entre eixos (mm): 2702 Largura de vias (fr/tr mm): 1601/1626 Peso (kg): 1812 Capacidade da bagageira (l): 460 Deposito de combustível (l): 48 Pneus (fr/tr): 235/50 R19 Preço da versão base (Euros): 46.588 Preço da versão ensaiada (Euros): 59.365
Mais/Menos
Mais
Imagem; qualidade dos materiais; motor.
Menos
Custo de alguns opcionais; habitáculo com pouca luz natural atrás.
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 59365€
Preço da versão base (Euros): 46588€
Exterior
Exterior (8/10) Considerando muito do feedback obtido durante este ensaio, de todos aqueles com quem nos cruzámos, bem como a opinião do público em geral sobre a atual linha de design da marca sueca, quer nos parecer que a Volvo está efetivamente no bom caminho. Este XC40 é mais um grande exemplo, identificando-se imediatamente como um dos membros da família XC, conseguindo, ao mesmo tempo, destacar-se dos seus irmãos maiores graças principalmente ao desenho da secção traseira, bem como ao original terceiro pilar, de grandes dimensões, onde a linha de cintura que se prolonga dos vidros laterais sobe a 45 graus. As habituais proteções negras da carroçaria e outros elementos cromados completam o pacote estético obrigatório de um SUV premium, robusto e prático como o XC40. As jantes são de 19 polegadas e calçam pneus de medida 235/50.
Interior
Interior (8/10) O estilo minimalista mas requintado do habitáculo de outros Volvo foi também adotado pelo XC40 e na nossa opinião, ainda bem que assim foi. À sensação global de qualidade, junta-se uma de grande conforto, graças ao bonito contraste de bons materiais e texturas, com iluminação ambiente que transforma uma viagem noturna numa experiência muito acolhedora. Já tudo foi dito sobre os bancos da Volvo, bonitos, confortáveis e desenvolvidos com a máxima proteção em mente, em caso de embate traseiro. No XC40 não são excepção já que condutor e passageiro vão muito bem sentados e ambos contam com regulações elétricas. Atrás, apesar do muito espaço disponível para pernas e cabeça – mesmo com a presença do teto panorâmico – as impressões são um pouco diferentes, já que quem lá viaja beneficiaria de um pouco mais de comprimento no assento, bem como de luz natural dos vidros laterais, neste caso compensada pela do teto em vidro.
Equipamento
Equipamento (8/10) Como referido anteriormente, sendo o terceiro de quatro níveis de equipamento disponíveis na gama XC40, a lista de equipamento deste Inscription é bastante apelativa, principalmente se considerarmos o recheio adicional dos sete packs opcionais de que dispõe. O custo total adicional é 6950 euros mas a este XC40 não lhe faltam elementos como o teto panorâmico, o sistema de som premium da Harman Kardon, os bancos com regulação elétrica, iluminação LED adaptativa, sensores dianteiros, traseiros e câmara de apoio ao estacionamento e assistentes como o controlo de ângulo morto e o cruise control adaptativo que trabalha em conjunto com o assistente de direção.
Consumos
Consumos (7/10) A Volvo declara um consumo de cerca de 2,5 litros/100 km para este seu XC40 T5 Twin Engine, um valor muito baixo devido à autonomia elétrica de aproximadamente 50 quilómetros. No entanto, dependendo do tipo de utilização e, obviamente do estado de carga da bateria, os valores podem variar consideravelmente. No nosso percurso de testes, com cerca de 60 quilómetros mistos, entre cidade, estrada e autoestrada, a média do computador de bordo ficou-se pelos 7,1 lt/100 km. Este valor foi realizado em modo Hybrid, mas com o nível de carga da bateria praticamente no mínimo. Assim, considerando os quilómetros eléctricos que cada utilizador consegue percorrer dos 50 declarados pela Volvo, este deverá ser o valor aproximado de consumo a considerar para o restante percurso, para quando a bateria estiver já perto de descarregada e em que o XC40 gere, através do modo Hybrid, a regeneração de energia nas desacelerações e travagens e a sua consequente utilização.
Ao volante
Ao volante (9/10) Longe de querer ser um SUV entusiasmante de conduzir, o XC40 proporciona, e muito, um prazer de condução diferente, focado numa experiência muito confortável e segura. A sensação de robustez ao rolar é uma constante e apesar do notório adornar de carroçaria nas curvas mais exigentes, revela sempre uma agilidade mais do que suficiente para que as descreva sem reações imprevisíveis e em plena segurança. O seu foco é, no entanto, o conforto, e nesse aspecto, o seu desempenho é muitíssimo bom. A posição de condução é muito boa e apenas a dimensão dos retrovisores exteriores pode impressionar nos primeiros quilómetros. A travagem é forte e segura, mas falta alguma progressividade e feedback no pedal, sensação causada pela regeneração de energia do grupo híbrido. Este XC40 permite igualmente, através do modo Charge, forçar o carregamento da bateria através do motor a gasolina ou, por oposição, através do modo “Hold” manter inalterado o nível da bateria para, por exemplo, reservar os quilómetros puramente elétricos disponíveis para serem utilizados em ambiente citadino.
Concorrentes
BMW X1 xDrive25e, 1499 cc, gasolina + elétrico, 220 cv, 385 Nm; 0-100 km/h em 6,9 seg,; 193 km/h; 1,9 l/100 km, 39 gr/km de CO2; autonomia elétrica: 52 km; 49 350 euros
Peugeot 3008 Hybrid 225, 1598 cc, gasolina + elétrico, 225 cv, 360 Nm; 0-100 km/h n.d. seg,; n.d. km/h; 1,3 l/100 km, 30 gr/km de CO2; autonomia elétrica: 56 km; 43 415 euros
Motor
Motor (8/10) Este XC40 “de ligar à tomada” junta debaixo do capot o pulmão de um motor a gasolina, três cilindros com 1.5 litros, de 180 cavalos com a imediata disponibilidade um outro elétrico, com 82 cavalos. A potência final de 262 cavalos e um binário total de 425 Nm são garantia de um poder de aceleração que lhe permite arrancar e atingir os 100 km/h em apenas 7,3 segundos. A velocidade máxima é 205 km/h. A transmissão automática de sete velocidades tem um funcionamento muito suave, em linha com o estilo de condução a que esta proposta eletrificada aponta. Para esta experiência contribui igualmente um bom isolamento acústico que esconde o “ronronar” típico dos motores de três cilindros, bem como um bom trabalho na contenção das vibrações que normalmente chegam ao volante.
Balanço final
Balanço final (8/10) É muito fácil ficar impressionado com este Volvo XC40 plug-in. Não só pelas qualidades que já lhe eram reconhecidas nas versões unicamente equipadas com motor de combustão, como por exemplo a qualidade dos materiais e a robustez de construção e outras como o conforto de rolamento e habitabilidade, mas também pela superior performance e eficiência que a eletrificação do motor térmico agora proporcionou a este Recharge PHEV. E as vendas falam por si, com mais de 87 mil unidades entregues nos primeiros sete meses de 2020, um aumento de 18% relativamente a igual período do ano passado. A unidade ensaiada tem um custo final de 59 365 euros, destacando-se a possibilidade da dedução do IVA no caso de um “cliente empresa” e a existência de uma versão com preço base de 35 mil euros mais IVA.
Imagem; qualidade dos materiais; motor.
MenosCusto de alguns opcionais; habitáculo com pouca luz natural atrás.
Ficha técnica
Motor Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina + elétrico 60 kW Cilindrada (cm3): 1477 Diâmetro x Curso (mm): 82 x 92,3 Taxa de Compressão: 10,5:1 Potência máxima (CV/rpm): 262/n.d. Binário máximo (Nm/rpm): 425/n.d. Transmissão: dupla embraiagem de 8 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/independente, multibraços Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 7,3 Velocidade máxima (km/h): 205 Consumos misto (l/100 km): 2,5 Emissões CO2 (gr/km): 45 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4425/1863/1652 Distância entre eixos (mm): 2702 Largura de vias (fr/tr mm): 1601/1626 Peso (kg): 1812 Capacidade da bagageira (l): 460 Deposito de combustível (l): 48 Pneus (fr/tr): 235/50 R19 Preço da versão base (Euros): 46.588 Preço da versão ensaiada (Euros): 59.365
Preço da versão base (Euros): 46588€
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