Peugeot lança Guia das Baterias dos modelos da sua gama que são eletrificados
Podem parecer que são todas iguais, mas as baterias são muito diferentes de modelo para modelo e de versão para versão. É isso que a Peugeot quer explicar com este guia.
A bateria tem um enorme protagonismo devido à sua componente tecnológica: a qualidade da sua conceção e os seus componentes são determinantes para o rendimento, autonomia e durabilidade de um veículo elétrico ou híbrido plug-in. As baterias fazem parte de um sistema que, para além das próprias células, inclui a sua estrutura, refrigeração, cablagem e gestão eletrónica.
A Peugeot comercializou o seu primeiro veículo elétrico, o PEUGEOT VLV, em 1941. Este veículo estava à frente do seu tempo e a tecnologia das baterias da época permitia-lhe alcançar uma autonomia de 80 km e uma velocidade máxima de 36 km/h.
Desde então as baterias têm sofrido enormes transformações, nomeadamente no
passado mais recente. Mas nem todas as baterias são iguais e diferentes questões determinam os sistemas e as baterias de última geração que equipam as propostas elétricas e híbridas plug-in da Peugeot, como o e-208, e-2008, 508 e 508 SW
Hybrid, e 3008 Hybrid e 3008 Hybrid4.
A bateria é um dos componentes chave de um veículo elétrico e, em menor grau, de um híbrido plug-in. Um veículo convencional de motor a combustão armazena, num tanque de combustível, a energia que utiliza para se mover. Um carro elétrico e um híbrido plug-in armazenam eletricidade. E acumular eletricidade é um processo muito mais complexo, que requer uma bateria, que recebe essa eletricidade, transformando-a em energia química para assim poder armazená-la.
Tal como os carros não são todos iguais, as baterias têm grandes diferenças entre si em termos de qualidade, tecnologia e desempenho. Fazem parte de um sofisticado sistema que, para além das próprias células, inclui o seu contentor, o sistema de refrigeração, a cablagem e a gestão eletrónica. Da qualidade e características desse sistema dependerão não apenas as prestações da viatura, com grande ênfase para a autonomia, mas também a durabilidade, os ciclos de vida útil e as possibilidades de carregamento.
Para os seus modelos elétricos e-208 e e-2008, a Peugeot recorre a uma bateria de iões de lítio de alta tensão, de 400 V, fabricada pela CATL e montada nas fábricas da PSA. Consiste em packs de 18 módulos, com 12 células em cada módulo, representando um total de 216 células. O sistema completo pesa 345 quilos e tem uma capacidade total de 50 kWh e uma capacidade útil de 46,3 kWh, permitindo alcançar uma autonomia máxima de 340 quilómetros no e-208 e de 320 quilómetros no e-2008 (segundo o protocolo WLTP). Outro número chave é a potência máxima, de 100 kW, graças à qual é possível o carregamento de 0 a 80% num carregador rápido, em apenas 30 minutos.
Para além do carregamento ultrarrápido, os PEUGEOT e-208 e e-2008 podem ser carregados em postos públicos, alcançando um máximo de 80% de carga numa hora, com um carregador de 50 kW, ou em 2 horas, com outro de 22 kW. Em casa, a recarga desde o nível 0 até à sua capacidade máxima faz-se em 8 horas, a partir de uma Wallbox de 7,4 kW, ou 5 horas com uma versão de 11 kW.
Os Peugeoty 508 Hybrid, 508 SW Hybrid, 3008 Hybrid e 3008 Hybrid4 utilizam baterias de alta tensão mas são, estruturalmente, muito semelhantes às dos seus irmãos elétricos. São também de iões de lítio, embora, neste caso, de 300 V e de fabrico pela LG Chem, na Polónia. A sua capacidade total é muito menor, bem como o seu peso e dimensões, pois as necessidades são muito diferentes. Apesar disso, permitem que estes modelos alcancem uma autonomia máxima de 59 km em modo 100% elétrico (WLTP). A bateria do Peugeot 508 Hybrid consiste em 7 módulos, com 12 células cada, para um total de 84 células, enquanto as dos modelos 3008 Hybrid e 3008 Hybrid4 possuem 8 módulos, igualmente de 12 células, para um total de 96 células.
A capacidade total da bateria do Peugeot 508 Hybrid é de 11,8 kWh (9,4 kWh útil), o que lhe permite completar 54 quilómetros em modo 100% elétrico, na versão berlina, ou 52 km quilómetros, na variante SW (WLTP). Quanto ao modelo 3008, o seu pack de células permite uma capacidade total de 13,2 kWh (10,4 kWh útil), alcançando uma autonomia em modo elétrico de 59 km, para a versão 3008 Hybrid4, ou de 56 km, para o 3008 Hybrid (WLTP).
A carga completa faz-se em 7 horas numa tomada doméstica, em 4 horas numa ligação GreenUp e em 2 horas com uma Wallbox 32A, com um carregador de 7,4 kW. O rendimento e a duração da bateria aumentam consideravelmente se a mesma operar a uma temperatura adequada. Um eficaz sistema de arrefecimento é, por isso, fundamental nos carregamentos ultrarrápidos e também para aumentar a vida útil da bateria, com um maior número de cargas. As baterias dos modelos elétricos e híbridos plug-in da PEUGEOT integram um sistema eficiente de gestão térmica, refrigerado a líquido. Outro elemento-chave para aumentar o rendimento de um veículo eletrificado é o sistema de gestão eletrónica que controla o uso da energia armazenada na bateria de acordo com diferentes parâmetros, como a temperatura ou o tipo de condução. A eficiência deste sistema também influencia os tempos de carregamento.
A integração da bateria num automóvel é muito importante, tanto em termos de segurança como no domínio do conforto. É, por isso, fundamental apostar numa plataforma projetada para abrigar sistemas de propulsão eletrificados e a Peugeot fez isso mesmo com as versões CMP e EMP2.
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