Suzuki Vitara 1.4L Mild Hybrid Allgrip – Ensaio Teste
Suzuki Vitara 1.4L Mild Hybrid Allgrip
Texto: João Isaac
Eletrificação,
tração integral e um habitáculo bem recheado
O Suzuki Vitara é um grande exemplo de como um modelo, por muitos e bons argumentos que tenha, passa, por vezes, ao lado de uma boa carreira comercial. São raros os novos Vitara que vemos nas nossas estradas e ao volante desta sua mais recente evolução, atualizada em alguns detalhes e com uma nova motorização devidamente eletrificada, rapidamente me apercebi do quão injusta é essa situação. Argumentos não lhe faltam, bem como, nesta versão Allgrip, uma maior liberdade de movimentos graças à presença da tração integral, algo muito raro no segmento dos B-SUV.
Veja o vídeo do nosso ensaio ao Suzuki Vitara 1.4L:
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Desempenho global do motor, consumo, liberdade de utilização fora de estrada
Qualidade de alguns materiais do habitáculo, sistema de infotainment completo mas de aspecto antiquado
Exterior
Exterior (7/10) Sem querer dar excessivamente nas vistas, a Suzuki apostou num bom compromisso entre as linhas modernas de um crossover urbano e uma considerável dose de robustez para a carroçaria do seu pequeno SUV, conferindo-lhe uma identidade muito própria. Um dos maiores destaques no exterior do Vitara é, sem dúvida, o tejadilho negro que tanto contraste faz com o restante Solar Yellow Perola da carroçaria. Importa também mencionar a presença dos faróis LED, solução que encontramos igualmente na traseira e ainda para as jantes de 17 polegadas com acabamento específico neste topo de gama GLX. As proteções em plástico preto percorrem toda a carroçaria e são complementadas por alguns elementos mais requintados, cromados, como por exemplo à frente, junto dos faróis de nevoeiro.
Interior
Interior (6/10) É aqui, no habitáculo do Vitara, que estão alguns dos seus pontos menos bons. O recheio e dotação de equipamento, como pode verificar no capítulo seguinte do nosso ensaio, não é, de todo, motivo de críticas negativas. No entanto, no que diz respeito a materiais, abundam os plásticos rijos, sendo que apenas o topo do tablier utiliza um de toque macio, muito macio na verdade. Tratando-se de uma unidade nova, não há ruídos parasitas a relatar, mas com uma larga utilização de materiais de menor qualidade, esta avaliação poderá vir a ser bem diferente daqui a algum tempo de utilização. A posição de condução é alta, ideal para os condutores SUV que tanto a valorizam e o desenho do banco também convence, confortável e com bom suporte. Assim, a boa visibilidade conseguida contribui igualmente para a facilidade com o que o Vitara se deixa conduzir. Atrás, há espaço adequado para as pernas de ocupantes de estatura média, sendo que em altura os centímetros livres são ainda mais. O túnel central relativamente baixo contribui para que seja mais fácil transportar três pessoas, mas a consola central muito intrusiva rouba algum espaço livre atrás. Neste local, falta-lhe também uma tomada USB ou de 12V, pontos de energia cada vez mais valorizados.
Equipamento
Equipamento (8/10) A gama Vitara compreende apenas dois níveis de equipamento. E dois bastam, pois logo no nível GLE, de acesso à gama, o Vitara está equipado com iluminação LED à frente e atrás, cruise control adaptativo, bancos aquecidos e o sistema DSBS – Dual Sensor Brake Support – que inclui a travagem de emergência autónoma, o alerta de fadiga e o assistente de mudança de faixa com alerta de transposição involuntária, o reconhecimento de sinais de trânsito, o alerta de tráfego posterior e ainda o controlo de ângulo morto. Se ainda assim quiser um Vitara mais recheado, assim como este GLX do parque de imprensa da Suzuki, pode contar também com retrovisores exteriores com rebatimento elétrico e com piscas integrados, sistema de navegação, estofos dos bancos com inserções em pele e ainda com sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. Considerando a versão 4×4 deste ensaio, a diferença de preço entre o nível GLE e GLX é de, sensivelmente, 2200 euros.
Consumos
Consumos (7/10) Com o termómetro digital do Vitara a marcar 35 graus, uma das primeiras coisas que testámos foi o ar condicionado. E durante os quase 40 quilómetros da nossa primeira viagem, em que atravessámos, com a lentidão habitual, a zona baixa de Lisboa, chegámos ao destino com uma média final de 6,7 lt/100. A Suzuki declara, para esta versão Allgrip, um valor de 6,2 lt, pelo que não ficámos assim tão longe. Para esta eficiência e consumo baixo de combustível contribui não só o sistema mild hybrid, como uma série de evoluções aplicadas no bloco 1.4 da Suzuki que descrevemos, em maior detalhe, no capítulo dedicado ao motor.
Ao Volante
Ao volante (8/10) A tecnologia híbrida implementada pela Suzuki é uma enorme mais-valia para a facilidade de condução e desenvoltura mostrada pelo Vitara. O empurrão adicional de potência providenciado pelo motor elétrico é notório desde bem cedo na subida do ponteiro do conta-rotações e faz maravilhas nas recuperações e no para e arranca citadino. A suavidade de funcionamento do sistema start/stop merece igualmente ser destacada. A resposta da direção é rápida e precisa e o tato da caixa de seis velocidades também convence pela positiva, confortável de utilizar e com movimentos precisos. O desempenho da suspensão é também bastante bom, mostrando um bom compromisso entre agilidade e conforto, este último também ajudado pelos pneus 215/55, um perfil considerável e que também absorve muitas das irregularidades do piso. Tratando-se da versão AllGrip, estão disponíveis três modos de condução, a habitual configuração normal e outras duas mais focadas, um modo Sport para condução mais dinâmica e um modo Snow para piso escorregadio. Este último permite igualmente fazer o bloqueio do diferencial central.
Motor
Motor (7/10) Agora que o motor “mil” saiu de cena, a cilindrada de 1.4 litros passa a ser única disponível na gama Vitara, mas com algumas novidades. Relativamente ao motor que substitui, de igual capacidade, este aposta agora numa superior taxa de compressão e num sistema de injeção direta revisto. Também a recirculação dos gases de escape e o sistema de comando da abertura variável de válvulas foram alvos de melhorias. Apesar disso, a grande novidade é a inclusão de um sistema mild hybrid de 48 V, capaz de assistir o motor térmico nos arranques e recuperações, bem como de o manter em funcionamento ao ralenti, possibilitando o corte da alimentação de combustível. Face ao motor que substitui, declara uma menor potência, 129 em vez de 140 cavalos, mas o binário é agora superior, com um valor de 235 Nm no lugar de 220. O motor/gerador, accionado por correia, contribui com uma potência de 10 kW, cerca de 14 cavalos.
Balanço Final
Balanço final (7/10) O Suzuki Vitara é um produto muito equilibrado. Se por um lado se destaca por uma escolha de materiais do habitáculo menos criteriosa, por outro compensa-o, e de que maneira, com um motor cheio de pulmão e com um moderno sistema mild hybrid. O equipamento disponível é outro dos seus pontos fortes e até o nível de acesso à gama, o GLE, já convence pela quantidade de elementos que compõem a lista. A habitabilidade está na média do segmento, assim como a capacidade da mala, com 375 litros, mas com um acesso facilitado pela grande largura do portão traseiro. O facto de poder contar, como esta versão, com a tração integral, dá ao Vitara uma superior liberdade de utilização fora de estrada, algo muito raro neste segmento. A Suzuki propõe esta versão por 30 395 euros, mas com a campanha em vigor, o valor desce para uns bem tentadores 27 695 euros.
Concorrentes
Dacia Duster Blue dCi 115 4×4, 1461 cc, turbo, gasóleo, 115 cv, 260 Nm; 0-100 km/h em 10,2 seg,; 175 km/h; 5,5 l/100 km, 145 gr/km de CO2; 23 850 euros
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1373
Diâmetro x Curso (mm): 73 x 82
Taxa de Compressão: 10,9:1
Potência máxima (CV/rpm): 129/5500
Binário máximo (Nm/rpm): 235/2000 às 3000
Transmissão: caixa manual de 6 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/barra de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados/discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): n.d.
Velocidade máxima (km/h): 190
Consumos misto (l/100 km): 6,2
Emissões CO2 (gr/km): 141
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4175/1775/1610
Distância entre eixos (mm): 2500
Largura de vias (fr/tr mm): 1535/1505
Peso (kg): 1245-1275
Capacidade da bagageira (l): 375
Deposito de combustível (l): 47
Pneus (fr/tr): 215/55 R17
Preço da versão base (Euros): 23.527
Preço da versão ensaiada (Euros): 27.695
Mais/Menos
Mais
Desempenho global do motor, consumo, liberdade de utilização fora de estrada
Menos
Qualidade de alguns materiais do habitáculo, sistema de infotainment completo mas de aspecto antiquado
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 27.695€
Preço da versão base (Euros): 23.527€
Exterior
Exterior (7/10) Sem querer dar excessivamente nas vistas, a Suzuki apostou num bom compromisso entre as linhas modernas de um crossover urbano e uma considerável dose de robustez para a carroçaria do seu pequeno SUV, conferindo-lhe uma identidade muito própria. Um dos maiores destaques no exterior do Vitara é, sem dúvida, o tejadilho negro que tanto contraste faz com o restante Solar Yellow Perola da carroçaria. Importa também mencionar a presença dos faróis LED, solução que encontramos igualmente na traseira e ainda para as jantes de 17 polegadas com acabamento específico neste topo de gama GLX. As proteções em plástico preto percorrem toda a carroçaria e são complementadas por alguns elementos mais requintados, cromados, como por exemplo à frente, junto dos faróis de nevoeiro.
Interior
Interior (6/10) É aqui, no habitáculo do Vitara, que estão alguns dos seus pontos menos bons. O recheio e dotação de equipamento, como pode verificar no capítulo seguinte do nosso ensaio, não é, de todo, motivo de críticas negativas. No entanto, no que diz respeito a materiais, abundam os plásticos rijos, sendo que apenas o topo do tablier utiliza um de toque macio, muito macio na verdade. Tratando-se de uma unidade nova, não há ruídos parasitas a relatar, mas com uma larga utilização de materiais de menor qualidade, esta avaliação poderá vir a ser bem diferente daqui a algum tempo de utilização. A posição de condução é alta, ideal para os condutores SUV que tanto a valorizam e o desenho do banco também convence, confortável e com bom suporte. Assim, a boa visibilidade conseguida contribui igualmente para a facilidade com o que o Vitara se deixa conduzir. Atrás, há espaço adequado para as pernas de ocupantes de estatura média, sendo que em altura os centímetros livres são ainda mais. O túnel central relativamente baixo contribui para que seja mais fácil transportar três pessoas, mas a consola central muito intrusiva rouba algum espaço livre atrás. Neste local, falta-lhe também uma tomada USB ou de 12V, pontos de energia cada vez mais valorizados.
Equipamento
Equipamento (8/10) A gama Vitara compreende apenas dois níveis de equipamento. E dois bastam, pois logo no nível GLE, de acesso à gama, o Vitara está equipado com iluminação LED à frente e atrás, cruise control adaptativo, bancos aquecidos e o sistema DSBS – Dual Sensor Brake Support – que inclui a travagem de emergência autónoma, o alerta de fadiga e o assistente de mudança de faixa com alerta de transposição involuntária, o reconhecimento de sinais de trânsito, o alerta de tráfego posterior e ainda o controlo de ângulo morto. Se ainda assim quiser um Vitara mais recheado, assim como este GLX do parque de imprensa da Suzuki, pode contar também com retrovisores exteriores com rebatimento elétrico e com piscas integrados, sistema de navegação, estofos dos bancos com inserções em pele e ainda com sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. Considerando a versão 4×4 deste ensaio, a diferença de preço entre o nível GLE e GLX é de, sensivelmente, 2200 euros.
Consumos
Consumos (7/10) Com o termómetro digital do Vitara a marcar 35 graus, uma das primeiras coisas que testámos foi o ar condicionado. E durante os quase 40 quilómetros da nossa primeira viagem, em que atravessámos, com a lentidão habitual, a zona baixa de Lisboa, chegámos ao destino com uma média final de 6,7 lt/100. A Suzuki declara, para esta versão Allgrip, um valor de 6,2 lt, pelo que não ficámos assim tão longe. Para esta eficiência e consumo baixo de combustível contribui não só o sistema mild hybrid, como uma série de evoluções aplicadas no bloco 1.4 da Suzuki que descrevemos, em maior detalhe, no capítulo dedicado ao motor.
Ao volante
Ao volante (8/10) A tecnologia híbrida implementada pela Suzuki é uma enorme mais-valia para a facilidade de condução e desenvoltura mostrada pelo Vitara. O empurrão adicional de potência providenciado pelo motor elétrico é notório desde bem cedo na subida do ponteiro do conta-rotações e faz maravilhas nas recuperações e no para e arranca citadino. A suavidade de funcionamento do sistema start/stop merece igualmente ser destacada. A resposta da direção é rápida e precisa e o tato da caixa de seis velocidades também convence pela positiva, confortável de utilizar e com movimentos precisos. O desempenho da suspensão é também bastante bom, mostrando um bom compromisso entre agilidade e conforto, este último também ajudado pelos pneus 215/55, um perfil considerável e que também absorve muitas das irregularidades do piso. Tratando-se da versão AllGrip, estão disponíveis três modos de condução, a habitual configuração normal e outras duas mais focadas, um modo Sport para condução mais dinâmica e um modo Snow para piso escorregadio. Este último permite igualmente fazer o bloqueio do diferencial central.
Concorrentes
Dacia Duster Blue dCi 115 4×4, 1461 cc, turbo, gasóleo, 115 cv, 260 Nm; 0-100 km/h em 10,2 seg,; 175 km/h; 5,5 l/100 km, 145 gr/km de CO2; 23 850 euros
Motor
Motor (7/10) Agora que o motor “mil” saiu de cena, a cilindrada de 1.4 litros passa a ser única disponível na gama Vitara, mas com algumas novidades. Relativamente ao motor que substitui, de igual capacidade, este aposta agora numa superior taxa de compressão e num sistema de injeção direta revisto. Também a recirculação dos gases de escape e o sistema de comando da abertura variável de válvulas foram alvos de melhorias. Apesar disso, a grande novidade é a inclusão de um sistema mild hybrid de 48 V, capaz de assistir o motor térmico nos arranques e recuperações, bem como de o manter em funcionamento ao ralenti, possibilitando o corte da alimentação de combustível. Face ao motor que substitui, declara uma menor potência, 129 em vez de 140 cavalos, mas o binário é agora superior, com um valor de 235 Nm no lugar de 220. O motor/gerador, accionado por correia, contribui com uma potência de 10 kW, cerca de 14 cavalos.
Balanço final
Balanço final (7/10) O Suzuki Vitara é um produto muito equilibrado. Se por um lado se destaca por uma escolha de materiais do habitáculo menos criteriosa, por outro compensa-o, e de que maneira, com um motor cheio de pulmão e com um moderno sistema mild hybrid. O equipamento disponível é outro dos seus pontos fortes e até o nível de acesso à gama, o GLE, já convence pela quantidade de elementos que compõem a lista. A habitabilidade está na média do segmento, assim como a capacidade da mala, com 375 litros, mas com um acesso facilitado pela grande largura do portão traseiro. O facto de poder contar, como esta versão, com a tração integral, dá ao Vitara uma superior liberdade de utilização fora de estrada, algo muito raro neste segmento. A Suzuki propõe esta versão por 30 395 euros, mas com a campanha em vigor, o valor desce para uns bem tentadores 27 695 euros.
Desempenho global do motor, consumo, liberdade de utilização fora de estrada
MenosQualidade de alguns materiais do habitáculo, sistema de infotainment completo mas de aspecto antiquado
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1373
Diâmetro x Curso (mm): 73 x 82
Taxa de Compressão: 10,9:1
Potência máxima (CV/rpm): 129/5500
Binário máximo (Nm/rpm): 235/2000 às 3000
Transmissão: caixa manual de 6 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/barra de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados/discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): n.d.
Velocidade máxima (km/h): 190
Consumos misto (l/100 km): 6,2
Emissões CO2 (gr/km): 141
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4175/1775/1610
Distância entre eixos (mm): 2500
Largura de vias (fr/tr mm): 1535/1505
Peso (kg): 1245-1275
Capacidade da bagageira (l): 375
Deposito de combustível (l): 47
Pneus (fr/tr): 215/55 R17
Preço da versão base (Euros): 23.527
Preço da versão ensaiada (Euros): 27.695
Preço da versão base (Euros): 23.527€
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