Tesla condenada a abandonar na Alemanha publicidade considerada enganosa ao Autopilot
Um tribunal alemão decidiu que o uso da palavra “Autopilot” para descrever carros “com capacidades de condução autónoma” está a enganar os consumidores.
O Tribunal Regional de Munique deliberou sobre uma queixa imposta pela entidade federal de combate á concorrência desleal, dando providência ação, depois de descobrir que os veículos da Tesla são incapazes de fazer uma viagem sem a intervenção do condutor, mesmo que equipado com o Autopilot na sua versão mais avançada, opcional, com o “Full Self-Driving Capabillity”, ou seja, a função de total autonomia na condução.
Segundo o acórdão, a utilização por parte da Tesla de termos como “condução autónoma” na sua comunicação, sugere que os seus veículos sejam tecnicamente capazes de serem totalmente autónomos. Porém, isso não é verdade e a assistência do condutor continua a ser fundamental e o condutor precisa de estar alerta todo o tempo para intervir em cado de emergência.
A Tesla tinha anunciado e julho de 2019 que os clientes alemães iriam ter acesso a todo o potencial da condução autónoma no final de 2019. Essas funções, já disponíveis em alguns mercados como os Estados Unidos da América, incluem o reconhecimento dos semáforos e parar e arrancar automaticamente em ambiente urbano.
A partir de agora, a Tesla não pode usar essas palavras na publicidade alemã aos seus produtos, existindo a possibilidade de apelar. Até Elon Musk já usou o Twitter para atacar esta situação, dizendo que o nome Autopilot vem da aviação, fazendo ligação com o nome alemão para autoestrada: “autobahn”.
A verdade é que a Mobileye, a empresa israelita de tecnologia que ajudou a criar o Autopilot, abandonou a Tesla em 2016 depois de um acidente fatal de quem usava o sistema e o “Full Self-Driving Capability” foi removido dos modelos já vendidos, depois da EuroNCAP ter dito que era um sistema que enganava os consumidores.
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