Covid-19 parou o desenvolvimento do “car sharing”, mas acelerou o de outras ideias
O forte risco de contágio entre humanos, pela sua proximidade, da Covid-19 fez os construtores automóveis e as empresas ligadas á área colocar em pausa o “car sharing”. Quem o disse foi Alison Jones, a responsável da PSA no Reino Unido.
Falando num “webinar” do Financial Times (FA Digital Future), Alison Jones disse que “a pandemia colocou o ‘car sharing’ em pausa e dentro de alguns meses, consoante o que suceda em termos de pandemia, poderá voltar. Por agora, está parado.” E lançou uma questão pertinente. “Como é que vamos higienizar um carro partilhado?”
Obviamente que “iremos ter uma solução e depois teremos de perceber como está a procura e tentar satisfazer os desejos dos clientes.”
Para lá desta constatação da paragem dos serviços de “car sharing”, a responsável pela PSA no Reino Unido disse que houve outras áreas de negócio que conheceram aceleração e desenvolvimento, como a venda online das cinco marcas do grupo PSA. “A Peugeot tem estado ‘online’ desde 2017 e acelerámos muito o desenvolvimento dessa área em todo o grupo assim que entramos no confinamento Por exemplo, oferecemos uma visita virtual aos veículos e aos espaços de venda” disse Alison Jones.
Este desenvolvimento da área digital é, para a responsável do grupo PSA, “uma forma conveniente e segura de conhecer a gama e fazer negócio, mas não esquecemos que há clientes que gostam do toque, de conhecer o carro que vão comprar e aí temos o retalho e o cruzamento absoluto entre o virtual e a presença física.”
Nestas declarações ao Financial Times, Alison Jones referiu, também, que o mercado está já a recuperar, mas não há certezas da velocidade da retoma. “Quando os ‘layoff’ acabarem no último trimestre do ano, teremos uma indicação da recuperação, ou não, do mercado.” Para os britânicos, 2021 será ano do Brexit e as coisas poderão ser mais fáceis ou complicadas, depende dos acordos feitos até lá.
E, claro, a responsável pelo grupo PSA no Reino Unido deixou claro que “o Estado deve suportar a economia” e por isso, os esquemas de incentivo ao abate são essenciais neste período de crise económica mundial provocada pelo SARS Cov-2, o vírus que passou para a cadeia de contaminação humana e está espalhado por todo o mundo.
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