Mitsubishi pode reduzir os seus esforços nos maiores mercados mundiais
Quem o disso foi Takao Kato, o CEO da Mitsubishi, durante a reunião anual com os acionistas, onde foi revelada a nova estratégia da casa japonesa.
Segundo o CEO da marca, a Mitsubishi vai concentrar-se menos nos grandes mercados mundiais, onde a marca não é particularmente forte, para focar onde tem mais representatividade.
Se é verdade que Takao Kato nunca falou, especificamente, dos mercados norte americano, chinês ou europeu, a verdade é que a Mitsubishi considera como os maiores mercados mundiais a China, os EUA e a Europa.
Se até agora a Mitsubishi estava a funcionar debaixo do plano “Drive for Growth” – onde os mercados norte americano e chinês eram os principais alvos – passa agora ao plano “Selection and Concentration”, muito mais sustentável.
Segundo o CEO da Mitsubishi, “apesar de termos aumentado vendas nesses megamercados, não alcançámos o nível de lucro que esperávamos. Temos como objetivo aumentar as vendas em regiões onde podemos oferecer os produtos ‘core’. Por isso, iremos, gradualmente, reduzir o nosso empenho nesses megamercados.”
Quer isto dizer que a Mitsubishi vai duplicar os seus esforços em regiões como o sudeste asiático e na Oceania, desviando as vendas de pesquisa e desenvolvimento para veículos que são populares nesses mercados. Falamos de pick-up, crossover e comerciais.
Esta medida está ligada à nova estratégia da Aliança Renault Nissan Mitsubishi de “líder/seguidor”, focando a Mitsubishi nas regiões asiáticas e da oceania, deixando a presença nos EUA e na China para a Nissan e a Europa para a Renault.
Lembrar, só, que a Mitsubishi, no final do ano fiscal de 2019 (fechado em março) perdeu 8% de vendas na América do Norte para 160 mil unidades, enquanto na Europa a perda foi de 9% para 215 mil unidades. Mas perdeu, também, na Ásia, nada menos que 9% para 290 mil carros. Nos EUA, a Mitsubishi viu as vendas crescerem 2,5% para cerca de 121 mil unidades.
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