Volvo não acredita na retoma… para carros convencionais!
Hakan Samuelson, CEO da Volvo, diz que os clientes não vão inundar os espaços de venda à procura de carros a gasóleo ou a gasolina, sendo a oportunidade de promover a mobilidade elétrica.
Diz o patrão da Volvo que seria um inocente se acreditasse que, de um momento para o outro, os espaços de venda fossem inundados de compradores depois do final do confinamento. Hakan Samuelsson deixou claro que a retoma não vai ser imediata para os carros convencionais, lançando a ideia que os incentivos ao abate para compra de carros convencionais é um desperdício de dinheiro.
Para o sueco, “a eletrificação andará mais depressa se aproveitarmos o ensejo para promover a nova tecnologia, pelo que seria uma ótima ideia os governos apoiarem os veículos elétricos, que por agora e nos próximos anos, serão mais caros.”
Admitindo que a fraca procura depois do desconfinamento será o grande problema no recomeço da atividade, Hakan Samuelsson admitiu, numa conferência do Financial Times, que a sua principal fábrica, na Suécia, está num plano de trabalho de 3 dias por semana.
“A procura na Europa está a 30% daquilo que é habitual, mas a procura na China está 20% acima do que era antes do vírus. Se estes sinais estiverem corretos, parece-me que pode haver uma boa retoma. Espero mesmo que seja esse o caso, porque qualquer coisa diferente será um desastre para o negócio” lembrou o CEO da Volvo.
Curiosamente, Hakan Samuelsson, o responsável de uma marca sueca detida por chineses, disse que esta crise revelou de forma clara que “a Europa e os Estados Unidos têm de apostar mais na industrialização, pois precisamos de fazer carros onde os vendemos e não podemos deixar que tudo seja construído na China!”
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