Conheça os 6 perigos que corre se não calibrar corretamente os pneus do seu carro
Neste tempo de confinamento, o seu automóvel, tal como o nosso querido leitor, sofre bastante. Os pneus então são massacrados com o tempo de imobilização.
Qual é o primeiro erro que se comete quando se dá vida ao carro depois de uma longa paragem? Não verificar o estado da bateria? Não. Até porque sem a bateria carregada, o carro não anda. Não verificar o nível de combustível? Claro que não! Sem combustível não vai a lado nenhum. Não verificar se o carro está limpo? Evidentemente que isso não é importante.
O primeiro erro que se comete quando ressuscitamos o nosso carro da hibernação forçada é não verificar a pressão dos pneus. Diga lá a verdade… dá uns pontapés na borracha e… siga! Pois é, mas isso é um erro tremendo!
Sabia que deixar de corrigir a pressão dos pneus pode reduzir a vida útil dos mesmos até 45%? Sabia que pneus com a pressão errada podem fazer aumentar os consumos até 4%? Sabia que andar com os pneus com pressão errada pode gastar até 5 euros por mês, 60 euros por ano? Mas há mais! Confira tudo nestes 6 perigos que corre se não cuidar dos seus pneus.
1 – Falta de pressão deixa o carro exposto à aquaplanagem
Os pneus estão diretamente ligados à dinâmica do automóvel e, por isso, qualquer variação na pressão, para cima ou para baixo do valor ideal, vai ter influência no comportamento do veículo. Pouca pressão leva ao aumento da área de contacto, ao esmagamento dos canais de drenagem e o carro entrará em aquaplanagem.
2 – Pressão incorreta pode levar a danos por impacto
É facilmente percetível que quando circulamos com pneus com pouca pressão, o flanco fica mais suscetível aos impactos em buracos, passeios ou outros obstáculos. Habitualmente é criada uma bolha que, não raras vezes, acaba por rebentar se antes o pneu não ficar trilhado e acabar por se inutilizar.
3 – Pressão incorreta pode fazer o pneu sair da jante
Não é uma situação muito comum, mas pode suceder. Imagine esta situação: pneu com baixa pressão, veículo carregado e curva apertada. Estão aqui as condições para um pneu “dejantar” e atirá-lo para um acidente.
4 – Um SUV pode capotar graças à pressão incorreta dos pneus
Não estamos a dramatizar! Um SUV tem um centro de gravidade mais alto que um automóvel convencional, é um veículo que tem mais peso e por isso exige que os pneus estejam sempre com a pressão correta. Até porque têm pneus maiores e com paredes mais altas que o normal (exceção feita aos modelos com jantes enormes cujos flancos são cada vez mais pequenos). Quando há pressão a menos, as paredes dos pneus ficam mais flácidas e reduz a altura e duas coisas podem acontecer: ou a aderência em curva aumenta e o carro pode “trancar” de a massa provocar o capotamento; ou a parede dobra para dentro e nessa situação, a saída de estrada é inevitável e provável o capotamento.
5 – Pressão a mais nos pneus afeta a estabilidade
O excesso de pressão nos pneus pode ser preocupante caso tenha, antes do confinamento, aumentado muito a pressão dos pneus e se tenha esquecido de esvaziar os pneus. Com excesso de pressão, particularmente nos carros mais leves, como por exemplo, nas Pick-Up, o pneu deixa de ser flexível, começa aos saltinhos e perde-se a estabilidade e, em curva, pode mesmo provocar um despiste. Nos restantes modelos, a situação é semelhante, embora menos perigosa e com a possibilidade do ESP evitar o acidente.
6 – Pressão a menos nos pneus afeta a travagem
O ombro do pneu é responsável por levar a maior parte da carga do veículo. Quando há excesso de pressão no pneu, esse ombro fica esticado com a redução da banda de rolamento. Logo, a travagem fica prejudicada com esta fraqueza do ombro e a diminuição da faixa de rolamento, alargando, bastante, as distâncias de travagem, dependendo do tipo de veículo e da velocidade. Seja como for, pode derivar num acidente.
Enfim, antes de tirar o seu carro do imobilismo a que tem estado votado, por favor, verifique a pressão dos pneus e caso haja divergências, corrija-as.
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