Imagina a vida de um CEO em tempo de pandemia? O AUTOMAIS conta-lhe tudo!
O SARS Cov-2 é um vírus malandreco que entra por tudo quando é lado e ajoelhou o mundo com a sua capacidade de contágio. E conseguiu até alterar os hábitos de trabalho de milhões de pessoas. E como é que será que um CEO funciona em tempos d crise? Nós contamos-lhe tudo!
É verdade que o teletrabalho foi “acelerado” e muitas empresas deram um salto de 10 anos em matéria do digital, empurrados pelo SARS Cov-2. Para perceber como é que um CEO de uma marca automóvel vive nestes tempos. Fomos espreitar a vida de Stephen Winkelmann, o responsável da Bugatti. Podem dizer que as dores de cabeça dele são muito menores que as de Herbert Diess da VW, ou Carlos Tavares da PSA. Mas, mesmo assim, não deve ser fácil.
Enquanto a fábrica da Bugatti em Molsheim está parada devido á suspensão da produção do Chiron e do Divo. Mas há muitos funcionários da marca francesa que estão a trabalhar, entre eles Stephen Winkelmann, o CEO.
O alemão está a dirigir a empresa desde a sua casa em Estrasburgo e pelo menos duas vezes por semana, faz a viagem até Molsheim para tomar conhecimento da situação, encontrando um pequeno número de colaboradores que estão a funcionar nos escritórios. “Apesar de estar a trabalhar de casa, nenhum dia é igual durantes estes tempos difíceis. Porém, o processo digital e os canais de comunicação, temos conseguido trabalhar e manter o desenvolvimento dos nossos extraordinários híper carros” disse sobre esta situação Stephen Winkelmann.
O dia do CEO da Bugatti começa às 7 da manhã, toma um banho, um frugal pequeno almoço e coloca-se a par das noticias nacionais e internacionais, sempre focado nos negócios e na política. Hora e meia depois, abre a caixa de email, lê as mensagens e começa a sua primeira reunião via Skype com o comité de direção. “Neste momento, falo com a equipa de gestão de topo da Bugatti todas as manhãs para que todos estejamos com o mesmo nível de conhecimento sobre a atual situação da empresa e como é que estamos a enfrentar a crise, envolvendo nisso a preocupação com os nossos parceiros” descreve Winkelmann. Habitualmente, as discussões giram em redor dos últimos desenvolvimentos globais e qual a estratégia da Bugatti.
Às 10 da manhã, nova conferência de vídeo, desta feita com vários departamentos como a pesquisa e desenvolvimento, vendas, estilo e marketing. Ao meio dia, o CEO da Bugatti vai almoçar vendo televisão e vendo mais alguns emails. Duas horas depois, Winkelmann volta ás conferências, desta feita com o comité de produto, discutindo novos desenvolvimentos e produtos futuros. “Estas são, para mim, as reuniões mais interessantes do dia, já que nos oferecem uma visão do futuro e toda a força criativa da nossa empresa. Muitas vezes, a discussão aquece um pouco, mas a minha experiência diz-me que é precisamente este tipo de fricção que nos leva aos melhores resultados.” Acabada essa acalorada reunião, Stephen Winkelmann volto aos emails para ver os acabados de chegar.
As 19 horas, o CEO da Bugatti passa para o modo pessoal e vai cuidar do físico. “Como nesta situação não posso ir ao ginásio nem á piscina, vou correr durante uma hora, intercalando-a com alguns exercícios. Isto melhora a minha saúde e a minha resistência, adoro fazê-lo e aproveito para rever tudo aquilo que fiz durante o dia sem estar ligado ao computador e ao telefone. É um período de meditação que recarrega as minhas baterias” explica o alemão.
Depois do jantar, segue.se um período intimo onde fala com a mãe, que vive na Alemanha, e com os seus amigos espalhados um pouco pelo mundo. Ás 10 da noite, chega o momento de leitura, antes de recolher ao quarto para um sono reparador. “Para mim, a única vantagem deste confinamento é que ficam mais tempo livre ao final do dia. Normalmente leio dois livros paralelamente, um de ficção e outro sem ser de ficção.” Termina, assim, o dia de um CEO da industria automóvel em tempo de confinamento.
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