Peugeot 208 1.2 Puretech 130 GT Line – Ensaio Teste
Peugeot 208 1.2 Puretech 130 GT Line
Texto: José Manuel Costa ([email protected])
O melhor utilitário do mercado?
Esta será a pergunta do milhão de euros, pois o segmento acolheu recentemente muitos modelos de qualidade, sobretudo o Renault Clio. Melhor ou pior que o carro do losango? Resposta difícil que vou tentar responder neste ensaio á versão GT Line com motor 1.2 Puretech de 130 CV.
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Estilo, qualidade, refinamento
Habitabilidade, conforto em piso degradado
Exterior
Pontuação 7/10 Confesso que o 208 é daqueles carros que mexe comigo. A Peugeot acertou na mouche e as vendas – antes deste maldito vírus – provavam isso mesmo, em França, com o 208 a ultrapassar o Clio. Isso não quer dizer, não fiquem já a lucubrar nisso, que é melhor ou pior. Para mim, é a minha opinião, o 208 é mais giro que o Clio. E então face ao anterior modelo, as diferenças são enormes: parece que a Peugeot fez o anterior 208 passar pela aplicação “Face Time”. O carro, que tinha aquela frente envergonhada parecendo estar sempre a morder o lábio, envelheceu décadas perto do novo 208. O novo utilitário da Peugeot ganhou corpo sendo ligeiramente maior e mais largo e também mais baixo que o antecessor. O para brisas tem uma curvatura mais acentuada e os pilares A foram avançados para cima das cavas das rodas, fazendo rimar melhor a superfície vidrada com o resto do carro. As cavas das rodas são pronunciadas e possuem uma nervura que permite aplicar as proteções em plástico preto que são do melhor efeito e que os GT Line oferecem de série. Na traseira, a barra negra que corre a toda a largura do carro e engloba os farolins, é semelhante ao que vemos no 508 e 508 SW, embora a maior altura da traseira deixe um pouco de chapa à mostra com a colocação da chapa de matrícula no para choques. A “boca” negra que alberga os refletores e o escape, oferece outra dimensão a uma traseira musculada. Enfim, o 208 está bem musculado e o resultado final impressiona.
Interior
Pontuação 8/10 A Peugeot manteve a aposta no volante pequeno e baixo e painel de instrumentos mais elevado, mas já estamos muito longe da primeira solução que a marca francesa apresentou. Confesso que não estava à espera de grandes novidades no interior – e a Peugeot não surpreendeu ao manter o i-Cockpit – mas acabei agradavelmente surpreendido com a qualidade do habitáculo do 208. Aqui, há um enorme salto com o 208 a reclamar qualidade do segmento acima. A qualidade percecionada é elevadíssima e a realidade acaba por confirmar, tanto nos materiais utilizados como na montagem. A aposta forte no que toca à sedução, pelo estilo exterior, prolonga-se no interior do 208, desenhado com gosto, musculado como o exterior, mas com detalhes muito interessantes que adicionam classe ao interior. O tabliê tem uma espécie de asa que abraça as saídas da climatização nos extremos do painel, e onde encontramos o ecrã de 7 polegadas, de série ou o opcional de 10 polegadas ligeiramente virado para o condutor e o painel de instrumentos digital 3D, que parecendo um “gadget” sem sentido, acaba por ter como ideia oferecer ao condutor dois tipos de informação: um mais premente que fica mais perto do condutor, outro que fica em segundo plano. Ou seja, temos um painel de instrumentos em 3D. O i-Cockpit obriga a ter um volante desenhado para que possamos ver tudo por cima dele e não através do aro e, como disse, a qualidade e o estilo são de topo. No que toca á habitabilidade, o 208 está na média do segmento e na bagageira estão 265 litros, um volume competitivo.
Equipamento
Pontuação 7/10 A versão GT Line oferece um equipamento de série muito completo com ligação Bluetooth, sistema de som, computador de bordo, i-Cockpit digital, vidros elétricos, arranque mãos livres, regulador/limitador de velocidade, faróis LED, jantes de liga leve de 17 polegadas, sensores de chuva e luz. No lado dos opcionais, encontramos o Pack Drive Assist Plus (Pack Safety Plus + Regulador de velocidade adaptativo com a função stop and go associado à ajuda à manutenção na faixa) que custa 300 euros, o Park Assist (500 euros), o carregamento sem fios para os smartphones (100 euros), navegação conectada com ecrã tátil 10 polegadas, 6 altifalantes, 2 tomadas USB (640 euros), o teto panorâmico com cortina de abrir em tecido com comando manual (1.000 euros), sistema ativo de vigilância do ângulo morto (200 euros), tejadilho “Black Diamond” bi tom (300 euros) e alarme (250 euros).
Consumos
Pontuação 6/10 O 208 com este bloco 1,2 litros a gasolina com 130 CV não é um “pisco”, nem poderia ser porque tem capacidade para andar depressa e por isso, convida-nos a abusar um pouquinho e por isso a média de 4,5 l/100 km é impossível de alcançar. Mas mesmo assim, o registo final do ensaio ficou nos 6,1 l/100 km, nada mau depois de um ensaio onde puxei bastante pelo 208. Nessa altura, os números são diferentes e o computador de bordo devolveu-me cifras como 9,1 l/100 km. Mas, isto, em situações extremas, pois no resto do ensaio, os consumos foram bem mais comedidos e resultaram na média de 6,1 l/100 km.
Ao Volante
Pontuação 7/10 Em superfícies suaves e bem cuidadas, a plataforma do 208 porta-se muito bem, estando equipada com um eixo traseiro de torção com suspensão passiva. Quando o piso se começa a degradar, o 208 mostrou outra face. Menos solar e mais lunar, ou seja, o conforto encolheu e o controlo do carro ficou menos evidente, parecendo que estava ao volante de um desportivo com pneus de baixo perfil e suspensão endurecida. Curiosamente, o 208 é um carro benigno em termos de comportamento, já que não nos assusta com reações intempestivas e o eixo dianteiro tem muita aderência. Mesmo que alguns movimentos da carroçaria fujam ao controlo das suspensões em algumas situações. Mas a Peugeot não se esqueceu do seu passado e o eixo traseiro do 208 tem alguma liberdade de ação, o que oferece alguma diversão ao volante, ajudado pela direção, mais direta e mais pesada que habitualmente. E neste particular, o 208 insere-se muito bem em curva e oferece confiança para “atacar” com a tal diversão proporcionada pelo eixo traseiro.
Motor
Pontuação 7/10 O três cilindros mostra-se educado em termos de ruido, seja a baixas como a altas rotações. Nenhuma surpresa, pois o motor da PSA é dos melhores, sempre com fôlego e disponibilidade para empurrar o 208 para a frente. Fácil de explorar, é um motor que rima de forma perfeita com o 208 e com a caixa automática que equipava esta unidade de ensa
Balanço Final
Pontuação 7/10 Inteligentemente, a Peugeot escolheu dois pilares de suporte para o novo 208: o estilo e a qualidade. O 208 é terrivelmente sedutor, especialmente nesta versão GT Line, com um interior que, mantendo a ideia do i-Cockpit, tem agora qualidade compatível, quer percecionada, quer real. Tecnologia não falta dentro do 208 e por isso este GT Line é um carro altamente desejável.
Concorrentes
Renault Clio 1330 c.c. turbo a gasolina; 130 CV; 240 Nm; 0-100 km/h em 9,0 seg,; 200 km/h; 5,2 l/100 km, 119 gr/km de CO2; 23.925 euros (Conheça todas as versões e motorizações AQUI) VW Polo 999 c.c. turbo a gasolina; 116 CV; 200 Nm; 0-100 km/h em 9,5 seg,; 200 km/h; 4,8 l/100 km, 110 gr/km de CO2; nd (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor Tipo: 3 cilindros, turbo e injeção direta Cilindrada (cm3): 1199 Diâmetro x Curso (mm): nd Taxa de Compressão: nd Potência máxima (CV/rpm): 130/5500 Binário máximo (Nm/rpm): 230/1750 Transmissão: dianteira, caixa automática de 8 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/eixo de torção Travões (fr/tr): discos/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 8,7 Velocidade máxima (km/h): 208 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,0/5,4/4,5 Emissões CO2 (gr/km): 101 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4055/745/1430 Distância entre eixos (mm): 2540 Largura de vias (fr/tr mm): 1500/1500 Peso (kg): 1158 Capacidade da bagageira (l): 265 Deposito de combustível (l): 44 Pneus (fr/tr): 205/55 R17 Preço da versão base (Euros): 23.280 Preço da versão Ensaiada (Euros): 23.830
Mais/Menos
Mais
Estilo, qualidade, refinamento
Menos
Habitabilidade, conforto em piso degradado
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 23830€
Preço da versão base (Euros): 23280€
Exterior
Pontuação 7/10 Confesso que o 208 é daqueles carros que mexe comigo. A Peugeot acertou na mouche e as vendas – antes deste maldito vírus – provavam isso mesmo, em França, com o 208 a ultrapassar o Clio. Isso não quer dizer, não fiquem já a lucubrar nisso, que é melhor ou pior. Para mim, é a minha opinião, o 208 é mais giro que o Clio. E então face ao anterior modelo, as diferenças são enormes: parece que a Peugeot fez o anterior 208 passar pela aplicação “Face Time”. O carro, que tinha aquela frente envergonhada parecendo estar sempre a morder o lábio, envelheceu décadas perto do novo 208. O novo utilitário da Peugeot ganhou corpo sendo ligeiramente maior e mais largo e também mais baixo que o antecessor. O para brisas tem uma curvatura mais acentuada e os pilares A foram avançados para cima das cavas das rodas, fazendo rimar melhor a superfície vidrada com o resto do carro. As cavas das rodas são pronunciadas e possuem uma nervura que permite aplicar as proteções em plástico preto que são do melhor efeito e que os GT Line oferecem de série. Na traseira, a barra negra que corre a toda a largura do carro e engloba os farolins, é semelhante ao que vemos no 508 e 508 SW, embora a maior altura da traseira deixe um pouco de chapa à mostra com a colocação da chapa de matrícula no para choques. A “boca” negra que alberga os refletores e o escape, oferece outra dimensão a uma traseira musculada. Enfim, o 208 está bem musculado e o resultado final impressiona.
Interior
Pontuação 8/10 A Peugeot manteve a aposta no volante pequeno e baixo e painel de instrumentos mais elevado, mas já estamos muito longe da primeira solução que a marca francesa apresentou. Confesso que não estava à espera de grandes novidades no interior – e a Peugeot não surpreendeu ao manter o i-Cockpit – mas acabei agradavelmente surpreendido com a qualidade do habitáculo do 208. Aqui, há um enorme salto com o 208 a reclamar qualidade do segmento acima. A qualidade percecionada é elevadíssima e a realidade acaba por confirmar, tanto nos materiais utilizados como na montagem. A aposta forte no que toca à sedução, pelo estilo exterior, prolonga-se no interior do 208, desenhado com gosto, musculado como o exterior, mas com detalhes muito interessantes que adicionam classe ao interior. O tabliê tem uma espécie de asa que abraça as saídas da climatização nos extremos do painel, e onde encontramos o ecrã de 7 polegadas, de série ou o opcional de 10 polegadas ligeiramente virado para o condutor e o painel de instrumentos digital 3D, que parecendo um “gadget” sem sentido, acaba por ter como ideia oferecer ao condutor dois tipos de informação: um mais premente que fica mais perto do condutor, outro que fica em segundo plano. Ou seja, temos um painel de instrumentos em 3D. O i-Cockpit obriga a ter um volante desenhado para que possamos ver tudo por cima dele e não através do aro e, como disse, a qualidade e o estilo são de topo. No que toca á habitabilidade, o 208 está na média do segmento e na bagageira estão 265 litros, um volume competitivo.
Equipamento
Pontuação 7/10 A versão GT Line oferece um equipamento de série muito completo com ligação Bluetooth, sistema de som, computador de bordo, i-Cockpit digital, vidros elétricos, arranque mãos livres, regulador/limitador de velocidade, faróis LED, jantes de liga leve de 17 polegadas, sensores de chuva e luz. No lado dos opcionais, encontramos o Pack Drive Assist Plus (Pack Safety Plus + Regulador de velocidade adaptativo com a função stop and go associado à ajuda à manutenção na faixa) que custa 300 euros, o Park Assist (500 euros), o carregamento sem fios para os smartphones (100 euros), navegação conectada com ecrã tátil 10 polegadas, 6 altifalantes, 2 tomadas USB (640 euros), o teto panorâmico com cortina de abrir em tecido com comando manual (1.000 euros), sistema ativo de vigilância do ângulo morto (200 euros), tejadilho “Black Diamond” bi tom (300 euros) e alarme (250 euros).
Consumos
Pontuação 6/10 O 208 com este bloco 1,2 litros a gasolina com 130 CV não é um “pisco”, nem poderia ser porque tem capacidade para andar depressa e por isso, convida-nos a abusar um pouquinho e por isso a média de 4,5 l/100 km é impossível de alcançar. Mas mesmo assim, o registo final do ensaio ficou nos 6,1 l/100 km, nada mau depois de um ensaio onde puxei bastante pelo 208. Nessa altura, os números são diferentes e o computador de bordo devolveu-me cifras como 9,1 l/100 km. Mas, isto, em situações extremas, pois no resto do ensaio, os consumos foram bem mais comedidos e resultaram na média de 6,1 l/100 km.
Ao volante
Pontuação 7/10 Em superfícies suaves e bem cuidadas, a plataforma do 208 porta-se muito bem, estando equipada com um eixo traseiro de torção com suspensão passiva. Quando o piso se começa a degradar, o 208 mostrou outra face. Menos solar e mais lunar, ou seja, o conforto encolheu e o controlo do carro ficou menos evidente, parecendo que estava ao volante de um desportivo com pneus de baixo perfil e suspensão endurecida. Curiosamente, o 208 é um carro benigno em termos de comportamento, já que não nos assusta com reações intempestivas e o eixo dianteiro tem muita aderência. Mesmo que alguns movimentos da carroçaria fujam ao controlo das suspensões em algumas situações. Mas a Peugeot não se esqueceu do seu passado e o eixo traseiro do 208 tem alguma liberdade de ação, o que oferece alguma diversão ao volante, ajudado pela direção, mais direta e mais pesada que habitualmente. E neste particular, o 208 insere-se muito bem em curva e oferece confiança para “atacar” com a tal diversão proporcionada pelo eixo traseiro.
Concorrentes
Renault Clio 1330 c.c. turbo a gasolina; 130 CV; 240 Nm; 0-100 km/h em 9,0 seg,; 200 km/h; 5,2 l/100 km, 119 gr/km de CO2; 23.925 euros (Conheça todas as versões e motorizações AQUI) VW Polo 999 c.c. turbo a gasolina; 116 CV; 200 Nm; 0-100 km/h em 9,5 seg,; 200 km/h; 4,8 l/100 km, 110 gr/km de CO2; nd (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação 7/10 O três cilindros mostra-se educado em termos de ruido, seja a baixas como a altas rotações. Nenhuma surpresa, pois o motor da PSA é dos melhores, sempre com fôlego e disponibilidade para empurrar o 208 para a frente. Fácil de explorar, é um motor que rima de forma perfeita com o 208 e com a caixa automática que equipava esta unidade de ensa
Balanço final
Pontuação 7/10 Inteligentemente, a Peugeot escolheu dois pilares de suporte para o novo 208: o estilo e a qualidade. O 208 é terrivelmente sedutor, especialmente nesta versão GT Line, com um interior que, mantendo a ideia do i-Cockpit, tem agora qualidade compatível, quer percecionada, quer real. Tecnologia não falta dentro do 208 e por isso este GT Line é um carro altamente desejável.
Estilo, qualidade, refinamento
Menos
Habitabilidade, conforto em piso degradado
Ficha técnica
Motor Tipo: 3 cilindros, turbo e injeção direta Cilindrada (cm3): 1199 Diâmetro x Curso (mm): nd Taxa de Compressão: nd Potência máxima (CV/rpm): 130/5500 Binário máximo (Nm/rpm): 230/1750 Transmissão: dianteira, caixa automática de 8 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/eixo de torção Travões (fr/tr): discos/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 8,7 Velocidade máxima (km/h): 208 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,0/5,4/4,5 Emissões CO2 (gr/km): 101 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4055/745/1430 Distância entre eixos (mm): 2540 Largura de vias (fr/tr mm): 1500/1500 Peso (kg): 1158 Capacidade da bagageira (l): 265 Deposito de combustível (l): 44 Pneus (fr/tr): 205/55 R17 Preço da versão base (Euros): 23.280 Preço da versão Ensaiada (Euros): 23.830
Preço da versão base (Euros): 23280€
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