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Mercedes C111/II, lembra-se dele? Tem 50 anos, mas nem parece!

By on 13 Julho, 2020

Foi em 1970 que a Mercedes apresentou o C111/II, um protótipo desportivo, no Salão de Genebra e que funcionava como um supercarro dos anos 70.

O C111 não deixou de causar sensação quando foi apresentado, tendo a Mercedes olhado para vários tipos de motor nas várias versões que o C11 conheceu. Mas os dois primeiros receberam uma inusitada forma de propulsão: um motor Wankel de pistões rotativos.

Pintado num espetacular laranja metalizado (chama-se Weissherbst), o carro tinha uma forma em cunha, com portas asa de gaivota e uma bagageira atrás do motor central capaz de levar duas generosas malas de viagem. Tinha apenas dois lugares devido a isso.

O C111 destaca-se, também, por ter sido o primeiro automóvel totalmente desenhado em computador, com a tecnologia da Mercedes na altura a permitir calculas as cargas dinâmicas, encurtando o prazo de desenvolvimento em quatro meses. 

O carro depois de ser apresentado com um quadrirotor Wankel, acabou por receber um V8 de 3.5 litros, na ótica de utilização de diversos tipos de motorização.

Infelizmente, a Mercedes disse logo que o C111 não passava de um carro experimental e nunca o levou até à produção em série, até porque se a ideia inicial era fazer um supercarro, afinal a Mercedes queria era um carro que ficasse abaixo do famoso Pagoda, e que fosse utilizável nos ralis. 

Quando estava a caminho de ser um carro de ralis, eis que a crise petrolífera enterrou de vez toda e qualquer esperança de ver o C111 ter uma chance de chegar á produção em série. Uma pena, pois passados 50 anos da sua revelação, continua a ser um carro lindo e teria dado um belo carro de ralis. Ainda assim, foram feitas 16 unidades com motores tão dispares como o motor diesel OM616 com 188 CV, o OM617 diesel com 228 CV e os já referidos Wankel e V8 a gasolina. Dos 16 feitos, 13 da primeira e segunda geração com motor Wankel, 2 com motor diesel e um de quarta geração com motor V8. O C112 apareceu como o delfim do C111 – mais aerodinâmico e refinado – com motor V12 de 6.0 litros no Salão de Frankfurt de 1991. O carro foi bem acolhido e 700 pessoas entregaram um depósito à Mercedes, mas a casa alemã decidiu não seguir com o projeto e… acabou-se a história do C111/C112.

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