Vendas dos SUV compactos vão estagnar em 2020 e regressam ao crescimento em 2021
As previsões dos maiores analistas europeus dizem que o mercado dos SUV Compactos vai estagnar em 2020 com 2 milhões de unidades.
Esta situação sucede depois de anos de crescimento com os construtores a abdicarem de outros segmentos para apostarem tudo nos SUV. Um segmento que está a afastar-se dos motores diesel, inclinando-se para os eletrificados.
A previsão diz que em 2021 o segmento vai crescer para os 2,4 milhões de unidades e continuará a crescer até às 2,8 milhões de unidades em 2025. Convirá lembrar que os SUV compactos têm sido uma espécie de seguro de vida dos construtores de volume como a Nissan, Ford, Peugeot e outras, com o Qashqai, Kuge e 3008 a serem verdadeiras caixas registadoras.
Não é por acaso que este é o quarto segmento mais vendido na Europa, com os cinco maiores mercados europeus a absorverem mais de 1 milhão de unidades: Alemanha (331.557, mais 12%), Reino Unido (321.448, mais 6,2%), França (245.538, mais 4,3%), Itália (215.190, menos 1,7%) e Espanha (210.373, mais 5,2%).
O mercado dos SUV Compactos tem 13% de quota de mercado, pouco mais de 2 milhões de unidades, tendo quase dobrado desde 2014. O crónico líder do segmento foi ultrapassado pelo VW Tiguan, sendo o terceiro modelo mais vendido o Peugeot 3008. Para 2020, teremos um novo Qashqai e o Kuga vai receber um novo modelo.
O maior problema do segmento será a limitação de emissões de CO2 e a mudança de paradigma do gasóleo para a gasolina e inclinação para a eletrificação. A quita diesel caiu de 73% em 2015 para 44% em 2018, a verdade é que em 2019 continua a ter enorme peso o motor a gasóleo. De tal ordem que o Tiguan Diesel foi o segundo modelo a gasóleo mais vendido na Europa, atrás do Golf. O 3008 foi 4º nas vendas diesel na Europa. A verdade é que este é um segmento crucial para os principais construtores sendo uma importante fonte de vendas e lucros.
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