Confirmado: Lawrence Stroll comprou Aston Martin e racing Point F1 passa a Aston Martin F1
O bilionário canadiano comprou 16,% da Aston Martin, levando o nome da marca britânica para a Racing Point F1.
O consórcio liderado por Lawrence Stroll acaba de adquirir parte substancial do capital da Aston Martin a troco de 182 milhões de libras, qualquer coisa como 216 milhões de euros. Porém, o negócio inclui, ainda, uma injeção de capital de 318 milhões de libras (379 milhões de euros), ou seja, a marca britânica recebe quase 600 milhões de euros com esta operação.
Segundo o acordo depositado na Bolsa de Londres e assinado por Stroll e por Andy Palmer, CEO da Aston Martin, a equipa de Fórmula 1 de Lawrence Stroll, a Racing Point F1, passa a chamar-se Aston Martin F1 a partir de 2021.
Com este passo, Lawrence Stroll adiantou-se à Geely (conglomerado chinês que é o dono da Volvo, Lotus, Lynk&Co e de 50% da Smart e um dos maiores acionistas da Daimler) que tinha mostrado interesse na marca britânica. A decisão do conselho de administração foi tomada ontem à noite, numa reunião que se prolongou por horas.
A “Yew Tree Overseas Limited”, o consórcio liderado por Lawrence Stroll – que inclui o presidente da JCB, Anthony Banford, o ex-patrão da Power Corp Canada, Andrew Desmarais e o milionário da moda de Hong Kong, Star Chou – vai comprar 45,6 milhões de ações ordinárias da Aston Martin Lagonda ao preço unitário de 4,764 euros (4 libras). Para já são injetados 66 milhões de euros para tesouraria e melhorar o “cash flow”, que serão pagos pela empresa assim que o negócio estiver todo concretizado. Em comunicado, a Aston Martin declarou que este dinheiro “será usado para melhorar a liquidez e financiar o acelerar da produção do DBX e inverter o passo da companhia.” Nesse mesmo comunicado, a empresa refere que este negócio “irá fortalecer o seu balanço financeiro e imediatamente melhorar a liquidez da empresa, depois de um ano de 2019 desapontante em termos de performance do negócio.” Recordamos que a Aston Martin entrou em bolsa com um valor de 5,4 mil milhões de euros e hoje vale cerca de metade dessa cifra.
Lawrence Stroll irá para o conselho de administração da Aston Martin como presidente executivo, tendo a prerrogativa de eleger um segundo membro no conselho. A atual parceria entre a Aston Martin e a RedBull vai continuar até que o Valkyrie seja entregue aos clientes, ficando por saber o que vai suceder à parceria na F1 e nos híper carros. Recordamos que a Racing Point F1 passará a Aston Martin F1 a partir de 2021 com um contrato de cinco anos.
Tudo isto leva a que o plano de negócios desenhado por Andy Palmer será totalmente revisto para melhorar a performance da marca e tendo como objetivo gerar receita e alterar o plano de produção. Uma das medidas é adiar os investimentos nos veículos elétricos para depois de 2025 (incluindo o adiamento do lançamento da Lagonda previsto para 2022). Outra medida é deixar o Rapide E na prateleira até nova avaliação e apostar tudo na venda do DBX e na renovação da gama com ênfase nos modelos de motor central como o Valhala já em 2022.
O DBX já tem 1800 encomendas, mas a Aston Martin quer reforçar o apelo pelo primeiro SUV da sua história. Depois seguir-se-á o Vantage na Primavera e o começo da entrega do Valkyrie mais para o final do ano. O polano que a nova administração quer implementar diz, também, que haverá um plano de corte de custos no valor de 12 milhões de euros por ano. Os modelos especiais – vendidos a preços pornográficos e com alto lucro – vão continuar a fazer parte do plano de negócios da nova Aston Martin.
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