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Luca de Meo está prestes a ser anunciado como o CEO da Renault

By on 28 Janeiro, 2020

Deverá ser já esta semana que a Renault vai anunciar Luca de Meo como o novo CEO.

O jornal francês “Le Figaro” noticiou que o conselho de administração da casa francesa estava e condições de reunir esta quinta feira e aprovar o nome de Luca de Meo como CEO da Renault, depois dos franceses terem chegado a acordo com a Volkswagen sobre a clausula de não competição entre os grupos.

Recordamos que o italiano Luca de Meo, 52 anos, foi o responsável pelo sucesso da Seat e pelo regresso aos lucros, um trajeto que impressionou os homens da Renault, necessitados de alguém assim para recuperar a marca francesa. O rumor nasceu em dezembro, Luca de Meo saiu da direção da Seat no dia 7 de janeiro, permanecendo no grupo VW sem tarefa atribuída. 

Sobre isso, Herbert Diess, o CEO do grupo VW, referiu, á margem do “World Econonics Forum” de Davos, que de Meo estaria em negociações com a Renault e que se sentia “muito, muito triste que o Luca de Meo se vá embora, pois desempenhou um papel muito importante no grupo”.

Curiosamente, o italiano de que se fala começou a sua carreira na… Renault, seguindo depois para a Toyota e para a Fiat. No grupo VW, quando tomou conta da Seat, lvou a marca a um recorde de vendas em 2018 com 517.600 unidades.

A sua chegada à Renault acontece numa altura decisiva para a casa francesa: vendas a recuarem, lucros a descerem e a aliança com mais de 20 anos com a Nissan em risco de se desmoronar. O escândalo Carlos Ghosn não ajudou, a forma como Thierry Bollore foi afastado também não e Clotilde Delbos, a diretora financeira da Renault tem feito o papel de CEO. 

Quanto à Aliança, De Meo terá um trabalho complicado, pois a hemorragia na Nissan depois de Hiroto Saikawa ter assumido o cargo de CEO (entretanto já dispensado) tem vindo a ser uma enorme preocupação para a Renault. Primeiro, porque os franceses começam a pensar que terá mesmo sido uma armadilha estendida a Ghosn que acabou com este preso no Japão e a ensaiar uma fuga “hollywoodesca” para o Líbano. Depois, porque os 43% de participação no capital da Nissan detidos pela Renault, estão a prejudicar os resultados da casa francesa. Que terá de rever os termos da Aliança, já que os 15% que a Nissan rem na Renault nem sequer lhe dão direito de voto, algo que os japoneses não aceitam.Contas feitas, os lucros da Renault recuaram, no quarto trimestre 1,6% e as vendas de 2019 caíram 3,4%. 

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