Daimler vai cortar 10 mil postos de trabalho
Depois de Audi e BMW terem anunciado cortes profundos na força de trabalho, chega a vez da Daimler anunciar que nos próximos três anos vão ser suprimidos 10 mil empregos em todo o mundo.
Será um corte de 3% da força total de trabalho da casa alemã, proprietária da Mercedes, depois de um acordo com os sindicatos, marcando assim o terceiro anúncio de cortes de empregos em empresas alemãs do setor automóvel.
No comunicado enviado, a Daimler fará cortes em todo o mundo, mas será na Alemanha que mais e vão sentir estas rescisões que a Daimler deseja seja por mútuo acordo, com indeminizações e reformas antecipadas. Recordamos que a Daimler emprega 304 680 pessoas.
A Mercedes já tinha anunciado que iria reduzir o número de colaboradores ao nível da gestão e administração – menos 1100 postos de trabalho, 10% da equipa mundial de gestão – para ajudar a financiar os projetos de eletrificação e a condução autónoma, entretanto, travado pelo CEO da Daimler, Ola Kallenius.
Estas medidas têm como objetivo poupar mais de mil milhões de euros até ao final de 2022. No comunicado onde são anunciados estes cortes, a Daimler refere que “a industria automóvel está no meio da maior transformação da sua história”.
Além da redução de efetivos, a Daimler vai propor a um significativo número de colaboradores, menos horas de trabalho e vai reduzir a utilização de trabalho temporário.
Contas feitas, para sustentar a eletrificação imposta pelos governantes e a condução autónoma, os construtores estão a sofrer hemorragias monstruosas de capital que têm de ser estancadas á custa da eliminação de postos de trabalho.
Recordamos que a Audi vai cortar 15% da sua força de trabalho para proteger o lucro, duramente afetado pelo gasto absurdo na eletrificação e a BMW tem estado a reduzir bónus e outras regalias, no sentido de reduzir os custos com o trabalho, a maior fatia da despesa da BMW.
Tudo isto acontece porque Ola Kallenius, o CEO da Daimler já tinha avisado que os lucros nos próximos dois anos vão se manter baixos e com reduzida margem operacional. Para 2020, o objetivo da Mercedes é ter 4% de lucro operacional, o que deixou os investidores deprimidos, ao verem que este valor é menos de metade da margem libertada nos primeiros seis meses de 2019 pela PSA.
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