Citroën C3 Aircross 1.5 BlueHDi 100 Shine – Ensaio Teste
Citroën C3 Aircross 1.5 BlueHDi 100 Shine
Texto: Francisco Cruz
Carinha laroca!…
Interveniente no segmento que mais cresce na Europa, o dos SUV do segmento B, o Citroën C3 Aircross é uma das caras larocas nesta espécie de disputa acirrada. E na qual acaba por se afirmar, bem mais pelos atributos de cariz familiar ou pela imagem irreverente e arrojada, que propriamente pelo desejado posicionamento.
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Design;Habitabilidade; Conforto
Eficácia dinâmica; Plásticos; Direcção muito filtrada
Exterior
Pontuação: 9/10
Espécie de derivação pretensamente mais aventureira do citadino C3, não deixa de ser verdade que, o Citroën C3 Aircross, acaba tendo, efectivamente, uma presença exterior bem mais… imponente. Graças não só a uma maior altura ao solo (17,5 cm), como também e principalmente, a uma série de soluções estéticas específicas. E que vão desde as protecções em plástico “importadas” do universo SUV, até às rodas de dimensões maiores, de 16 polegadas.
A contribuir igualmente para o visual moderno e até arrojado, a aposta na cor, com o C3 Aircross a diferenciar-se igualmente através, não só da opção bicolor carroçaria/tejadilho, como também na aplicação de cores contrastantes nas capas dos retrovisores, nas barras de tejadilho, e até no vidro lateral entre os pilares C e D.
Pormenores, é certo, que praticamente só o nível de equipamento mais completo, Shine, assegura de série… e a verdade é que resulta, e muito!
Interior
Pontuação: 9/10
Bonitinho no exterior, a verdade é que o C3 Aircross sabe transportar esse mesmo ar simpático e modernaço para o interior do habitáculo. Onde, diga-se, apesar da conjugação entre boa qualidade de construção e fraca qualidade de praticamente todos os plásticos que não estejam totalmente expostos ao olhar, dá gosto estar!
Igualmente a contribuir para esta impressão, não somente um tablier minimalista, mas ao mesmo tempo fortemente personalizado e agradável ao olhar, mas principalmente uns bancos em tecido que, à frente, mais parecem ter sido trazidos da sala lá de casa, tal é a largura generosa e conforto que oferecem.
E se, no caso do condutor, a posição de condução assumidamente alta – ainda que com volante e banco podendo ser ajustados tanto em altura como em profundidade -, não deixa de se afirmar válida e agradável, pela facilidade de acesso à generalidade dos comandos e ecrã táctil, assim como pela boa visibilidade exterior em redor – o que, diga-se, no caso específico da traseira, não chega para desvalorizar a importância da ajuda dos sensores… -, já para os restantes passageiros, e em particular os dos três lugares traseiros, é não só conforto, como também o muito espaço, que encanta. Resultado também da possibilidade de regulação em profundidade (1/3-2/3 ) dos bancos, chegando mesmo a fazer esquecer o bom, mas alto (culpa, principalmente, do recorte inferior das portas), acesso ao interior…
De resto, num ambiente onde não faltam bons espaços de arrumação, a par de alguns pormenores que, embora fortemente personalizados, também não deixam de requerer habituação – veja-se o caso da alavanca manual do travão de estacionamento… -, palmas também para o sistema de rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros. O qual, num só processo, faz baixar o assento, ao mesmo tempo que rebate as costas para o mesmo nível do piso da mala. Garantindo, desta forma simples e prática, um aumento da capacidade de carga na bagageira, que começa nos 520 litros, para os 1.289 litros!
E, tudo isto, com um óptimo acesso através do portão traseiro, além da possibilidade de colocar o piso falso, num de dois patamares. Sendo que, no mais alto e no seguimento das costas, passa a estar disponível um alçapão a toda a dimensão do espaço…
Equipamento
Pontuação: 9/10
Vestido com o nível de equipamento mais completo, a que a Citroën decidiu dar – apropriadamente – o nome de Shine, ou “Brilho”, o C3 Aircross passa a contar com uma lista de argumentos muito apreciável. A começar, desde logo, pela aparência exterior, da qual passa a fazer parte a coloração bi-ton, além de umas jantes em liga leve adiamantadas de 16″, com pneus 205/60.
Já no que às soluções de conforto e segurança diz respeito, assegurados ficam também os vidros traseiros escurecidos de accionamento elétrico, retrovisores exteriores com regulação e desembaciamento elétricos, faróis de nevoeiro com iluminação estática de intersecção, faróis automáticos, detecção de pneu vazio, ajuda ao estacionamento traseiro, acesso e arranque mãos livres, Citroën Connect Box, climatização automática, Citroën Connect Nav, limitador/regulador de velocidade, e reconhecimento dos sinais de velocidade e recomendação.
Tudo isto, já para não falar na presença de ajudas como o ABS, AFU, ESP, ASR e Ajuda ao Arranque em Subida, além do Alerta de Transposição Involuntária da Linha da Faixa de Rodagem – que, conforma o próprio nome anuncia, só alerta, não corrige…
Consumos
Pontuação: 8/10
Convincente no desempenho, o 1.5 BlueHDi de 100 cv que tivemos oportunidade de ensaiar com este Citroën C3 Aircross, acaba sendo igualmente uma “surpresa” muito positiva, no domínio dos consumos.
Isto porque, mesmo com uma utilização maioritariamente em cidade e sem qualquer ajuda externa na contenção dos consumos, a não ser o sistema Stop&Start, o pequeno turbodiesel não deixou de assegurar médias reais na ordem dos 5,6 l/100 km.
Seria possível fazer melhor? Talvez… mas achámos que, face àquilo que o computador de bordo marcava, também não valia a pena armarmo-nos em Tio Patinhas…
Ao Volante
Pontuação: 8/10
Proposta moderna e até arrojada no visual, o Citroën C3 Aircross 1.5 BlueHDi 100 Shine acaba revelando-se um fiel seguidor dos Citroën de outrora, no que ao comportamento em estrada diz respeito.
Mais do que uma crítica ou denúncia de algo mal-feito, esta afirmação procura enaltecer aquilo que é, neste C3 Aircross, a defesa declarada do conforto dos ocupantes, seja em que condições ou pisos for. E que, embora não deixando de cobrar os custos derivados da desvalorização de qualquer envolvência na condução, facilmente agrada e convence qualquer família!
De resto, a abordagem familiar faz-se notar não só no comportamento da suspensão, como também da direcção, sem feedback, mas ainda assim convincente para o dia-a-dia. Ou até mesmo na travagem, a qual não esconde um pedal com pouco feeling, ainda que nunca beliscando a segurança.
Assim e mesmo com as oscilações de carroçaria quando sujeito a fortes guinadas no volante, ou quando por trajectos especialmente sinuosos, fica a garantia de que, basta um andamento descontraído, para que toda a família se sinta feliz a bordo deste pequeno SUV. Desde logo, por disfrutarem de um espaço e conforto que nem todos os rivais conseguem dar…
Motor
Pontuação: 9/10
Igualmente disponível com outras motorizações, a gasolina e gasóleo, o C3 Aircross que tivemos a oportunidade de tornar nosso, durante alguns dias, envergava uma das mais apetecíveis motorizações para o mercado português: um 1.5 BlueHDi de 100 cv, acoplado a caixa manual de seis velocidades.
E se, em termos de transmissão, o destaque só pode ser mesmo o conforto e agradabilidade na utilização, tudo isto transmitido de forma muito vaga e pouco precisa no accionamento, já o turbodiesel, não deixa de procurar oferecer vivacidade no desempenho, em particular, quando mantido acima das 2.000 rpm. Esforço que não deixa de agradar, por exemplo, na previsível vida em cidade.
De resto, anunciando uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h em 10,8 segundos, a marcar igualmente qualquer deslocação, surge também a sonoridade característica do Diesel. Embora rapidamente cortada, sempre que o solícito e rápido sistema Sotp&Start entra em acção.
Ele próprio, aliás, o único contribuinte externo para a alegria que são os consumos…
Balanço Final
Pontuação: 9/10
Suposto SUV de imagem jovial e irreverente, o Citroën C3 Aircross acaba por afirmar-se, sim, mas através de argumentos bem diferentes daqueles que a estética anuncia – de verdadeiro familiar, com muito espaço, funcionalidade, além de um 1.5 BlueHDI de 100 cv que, não só cai como uma luva neste modelo francês, como é, ele próprio, espécie de pau para toda a obra! Qualidade que, diga-se, também contribui para fazer deste C3 Aircross algo mais que uma mera carinha laroca…
Concorrentes
Dacia Sandero 1.5 Blue dCi Stepway, 95cv, 12,3s 0-100 km/h, 179 km/h, 4,8 l/100 km, 125 g/km CO2, 17 020€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Fiat 500X 1.3 Multijet Urban, 95cv, 13,5s 0-100 km/h, 172 km/h, 4,2 l/100 km, 101 g/km CO2, 25 000€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ford Fiesta 1.5 TDCi Active, 85cv, 12,5s 0-100 km/h, 175 km/h, 5,3 l/100 km, 138 g/km CO2, 26 344,61€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 2008 1.5 BlueHDi Allure, 100cv, 11,0s 0-100 km/h, 182 km/h, 4,0 l/100 km, 129 g/km CO2, 26 929€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha a gasóleo, injecção directa, turbo de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.499
Diâmetro x curso (mm): 75 x 88,3
Taxa compressão: 17 : 1
Potência máxima (cv/rpm): 102/3.500
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.750
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 10,8
Velocidade máxima (km/h): 184
Consumos Baixa Velocidade/Média Velocidade/Alta Velocidade/Velocidade Extrema/Mistos WLTP (l/100 km): 5,2/4,4/4,2/5,5/4,8
Emissões de CO2 WLTP (g/km): 127
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,154/1,756/1,597
Distância entre eixos (mm): 2,604
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,513/1,491
Peso (kg): 1.278
Capacidade da bagageira (l): 520/1.289
Depósito de combustível (l): 45
Pneus (fr/tr): 195/60 R16 / 195/60 R16
Preço da versão ensaiada com campanha (Euros): 21 856,88€ (com campanha de desconto de 3 300€)
Preço da versão base (Euros): 19 206,88€ (com campanha)
Mais/Menos
Mais
Design;Habitabilidade; Conforto
Menos
Eficácia dinâmica; Plásticos; Direcção muito filtrada
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 21856€
Preço da versão base (Euros): 19206€
Exterior
Pontuação: 9/10
Espécie de derivação pretensamente mais aventureira do citadino C3, não deixa de ser verdade que, o Citroën C3 Aircross, acaba tendo, efectivamente, uma presença exterior bem mais… imponente. Graças não só a uma maior altura ao solo (17,5 cm), como também e principalmente, a uma série de soluções estéticas específicas. E que vão desde as protecções em plástico “importadas” do universo SUV, até às rodas de dimensões maiores, de 16 polegadas.
A contribuir igualmente para o visual moderno e até arrojado, a aposta na cor, com o C3 Aircross a diferenciar-se igualmente através, não só da opção bicolor carroçaria/tejadilho, como também na aplicação de cores contrastantes nas capas dos retrovisores, nas barras de tejadilho, e até no vidro lateral entre os pilares C e D.
Pormenores, é certo, que praticamente só o nível de equipamento mais completo, Shine, assegura de série… e a verdade é que resulta, e muito!
Interior
Pontuação: 9/10
Bonitinho no exterior, a verdade é que o C3 Aircross sabe transportar esse mesmo ar simpático e modernaço para o interior do habitáculo. Onde, diga-se, apesar da conjugação entre boa qualidade de construção e fraca qualidade de praticamente todos os plásticos que não estejam totalmente expostos ao olhar, dá gosto estar!
Igualmente a contribuir para esta impressão, não somente um tablier minimalista, mas ao mesmo tempo fortemente personalizado e agradável ao olhar, mas principalmente uns bancos em tecido que, à frente, mais parecem ter sido trazidos da sala lá de casa, tal é a largura generosa e conforto que oferecem.
E se, no caso do condutor, a posição de condução assumidamente alta – ainda que com volante e banco podendo ser ajustados tanto em altura como em profundidade -, não deixa de se afirmar válida e agradável, pela facilidade de acesso à generalidade dos comandos e ecrã táctil, assim como pela boa visibilidade exterior em redor – o que, diga-se, no caso específico da traseira, não chega para desvalorizar a importância da ajuda dos sensores… -, já para os restantes passageiros, e em particular os dos três lugares traseiros, é não só conforto, como também o muito espaço, que encanta. Resultado também da possibilidade de regulação em profundidade (1/3-2/3 ) dos bancos, chegando mesmo a fazer esquecer o bom, mas alto (culpa, principalmente, do recorte inferior das portas), acesso ao interior…
De resto, num ambiente onde não faltam bons espaços de arrumação, a par de alguns pormenores que, embora fortemente personalizados, também não deixam de requerer habituação – veja-se o caso da alavanca manual do travão de estacionamento… -, palmas também para o sistema de rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros. O qual, num só processo, faz baixar o assento, ao mesmo tempo que rebate as costas para o mesmo nível do piso da mala. Garantindo, desta forma simples e prática, um aumento da capacidade de carga na bagageira, que começa nos 520 litros, para os 1.289 litros!
E, tudo isto, com um óptimo acesso através do portão traseiro, além da possibilidade de colocar o piso falso, num de dois patamares. Sendo que, no mais alto e no seguimento das costas, passa a estar disponível um alçapão a toda a dimensão do espaço…
Equipamento
Pontuação: 9/10
Vestido com o nível de equipamento mais completo, a que a Citroën decidiu dar – apropriadamente – o nome de Shine, ou “Brilho”, o C3 Aircross passa a contar com uma lista de argumentos muito apreciável. A começar, desde logo, pela aparência exterior, da qual passa a fazer parte a coloração bi-ton, além de umas jantes em liga leve adiamantadas de 16″, com pneus 205/60.
Já no que às soluções de conforto e segurança diz respeito, assegurados ficam também os vidros traseiros escurecidos de accionamento elétrico, retrovisores exteriores com regulação e desembaciamento elétricos, faróis de nevoeiro com iluminação estática de intersecção, faróis automáticos, detecção de pneu vazio, ajuda ao estacionamento traseiro, acesso e arranque mãos livres, Citroën Connect Box, climatização automática, Citroën Connect Nav, limitador/regulador de velocidade, e reconhecimento dos sinais de velocidade e recomendação.
Tudo isto, já para não falar na presença de ajudas como o ABS, AFU, ESP, ASR e Ajuda ao Arranque em Subida, além do Alerta de Transposição Involuntária da Linha da Faixa de Rodagem – que, conforma o próprio nome anuncia, só alerta, não corrige…
Consumos
Pontuação: 8/10
Convincente no desempenho, o 1.5 BlueHDi de 100 cv que tivemos oportunidade de ensaiar com este Citroën C3 Aircross, acaba sendo igualmente uma “surpresa” muito positiva, no domínio dos consumos.
Isto porque, mesmo com uma utilização maioritariamente em cidade e sem qualquer ajuda externa na contenção dos consumos, a não ser o sistema Stop&Start, o pequeno turbodiesel não deixou de assegurar médias reais na ordem dos 5,6 l/100 km.
Seria possível fazer melhor? Talvez… mas achámos que, face àquilo que o computador de bordo marcava, também não valia a pena armarmo-nos em Tio Patinhas…
Ao volante
Pontuação: 8/10
Proposta moderna e até arrojada no visual, o Citroën C3 Aircross 1.5 BlueHDi 100 Shine acaba revelando-se um fiel seguidor dos Citroën de outrora, no que ao comportamento em estrada diz respeito.
Mais do que uma crítica ou denúncia de algo mal-feito, esta afirmação procura enaltecer aquilo que é, neste C3 Aircross, a defesa declarada do conforto dos ocupantes, seja em que condições ou pisos for. E que, embora não deixando de cobrar os custos derivados da desvalorização de qualquer envolvência na condução, facilmente agrada e convence qualquer família!
De resto, a abordagem familiar faz-se notar não só no comportamento da suspensão, como também da direcção, sem feedback, mas ainda assim convincente para o dia-a-dia. Ou até mesmo na travagem, a qual não esconde um pedal com pouco feeling, ainda que nunca beliscando a segurança.
Assim e mesmo com as oscilações de carroçaria quando sujeito a fortes guinadas no volante, ou quando por trajectos especialmente sinuosos, fica a garantia de que, basta um andamento descontraído, para que toda a família se sinta feliz a bordo deste pequeno SUV. Desde logo, por disfrutarem de um espaço e conforto que nem todos os rivais conseguem dar…
Concorrentes
Dacia Sandero 1.5 Blue dCi Stepway, 95cv, 12,3s 0-100 km/h, 179 km/h, 4,8 l/100 km, 125 g/km CO2, 17 020€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Fiat 500X 1.3 Multijet Urban, 95cv, 13,5s 0-100 km/h, 172 km/h, 4,2 l/100 km, 101 g/km CO2, 25 000€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ford Fiesta 1.5 TDCi Active, 85cv, 12,5s 0-100 km/h, 175 km/h, 5,3 l/100 km, 138 g/km CO2, 26 344,61€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 2008 1.5 BlueHDi Allure, 100cv, 11,0s 0-100 km/h, 182 km/h, 4,0 l/100 km, 129 g/km CO2, 26 929€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação: 9/10
Igualmente disponível com outras motorizações, a gasolina e gasóleo, o C3 Aircross que tivemos a oportunidade de tornar nosso, durante alguns dias, envergava uma das mais apetecíveis motorizações para o mercado português: um 1.5 BlueHDi de 100 cv, acoplado a caixa manual de seis velocidades.
E se, em termos de transmissão, o destaque só pode ser mesmo o conforto e agradabilidade na utilização, tudo isto transmitido de forma muito vaga e pouco precisa no accionamento, já o turbodiesel, não deixa de procurar oferecer vivacidade no desempenho, em particular, quando mantido acima das 2.000 rpm. Esforço que não deixa de agradar, por exemplo, na previsível vida em cidade.
De resto, anunciando uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h em 10,8 segundos, a marcar igualmente qualquer deslocação, surge também a sonoridade característica do Diesel. Embora rapidamente cortada, sempre que o solícito e rápido sistema Sotp&Start entra em acção.
Ele próprio, aliás, o único contribuinte externo para a alegria que são os consumos…
Balanço final
Pontuação: 9/10
Suposto SUV de imagem jovial e irreverente, o Citroën C3 Aircross acaba por afirmar-se, sim, mas através de argumentos bem diferentes daqueles que a estética anuncia – de verdadeiro familiar, com muito espaço, funcionalidade, além de um 1.5 BlueHDI de 100 cv que, não só cai como uma luva neste modelo francês, como é, ele próprio, espécie de pau para toda a obra! Qualidade que, diga-se, também contribui para fazer deste C3 Aircross algo mais que uma mera carinha laroca…
Design;Habitabilidade; Conforto
Menos
Eficácia dinâmica; Plásticos; Direcção muito filtrada
Ficha técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha a gasóleo, injecção directa, turbo de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.499
Diâmetro x curso (mm): 75 x 88,3
Taxa compressão: 17 : 1
Potência máxima (cv/rpm): 102/3.500
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.750
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 10,8
Velocidade máxima (km/h): 184
Consumos Baixa Velocidade/Média Velocidade/Alta Velocidade/Velocidade Extrema/Mistos WLTP (l/100 km): 5,2/4,4/4,2/5,5/4,8
Emissões de CO2 WLTP (g/km): 127
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,154/1,756/1,597
Distância entre eixos (mm): 2,604
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,513/1,491
Peso (kg): 1.278
Capacidade da bagageira (l): 520/1.289
Depósito de combustível (l): 45
Pneus (fr/tr): 195/60 R16 / 195/60 R16
Preço da versão ensaiada com campanha (Euros): 21 856,88€ (com campanha de desconto de 3 300€)
Preço da versão base (Euros): 19 206,88€ (com campanha)
Preço da versão base (Euros): 19206€
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