BMW aumenta lucro no terceiro trimestre à conta dos SUV
O lucro operacional da BMW cresceu 33% no terceiro trimestre de 2019, graças a elevada procura dos SUV da marca e à ausência dos problemas sentidos em 2018.
Contas feitas, os lucros antes de juros e impostos (EBIT) aumentou para 2,29 mil milhões de euros face aos 1,72 mil milhões de euros registados em igual período de 2018. A margem de lucro operacional subiu de 4,4% para mais robustos 6,6%, aproveitando o facto de este ano não se ter verificado um acumular de stock de produto e a agressividade comercial ter sido menor, não impactando de forma tão agressiva a rentabilidade.,
As vendas de veículos subiram 3,6% neste terceiro trimestre, mas o mix de vendas alterou-se com os SUV a serem os mais vendidos com a felicidade dos X3 e X4, modelos com elevada rentabilidade, estarem entre os mais procurados.
Quer isto dizer que a BMW mostra sinais, claros, de recuperação debaixo do comando do novo CEO, Oliver Zipse, depois de vários trimestres de lucros baixos e reduzida rentabilidade, além de decisões menos acertadas e vários problemas operacionais e legais. Após vários trimestres desapontantes em termos de resultados este terceiro trimestre de 2019 veio dar novo alento aos investidores.
Apesar disso, a BMW continua a prever uma significativa queda dos EBIT e do EBITDA, uma ligeira subida nas vendas e uma margem de lucro operacional entre 4,5 e 6,5%. Os investimentos vão continuar no sentido da eletrificação e da mobilidade elétrica. Isto porque a BMW acredita que a procura vai duplicar em 2021 e que o crescimento das vendas será estável nos 30% anuais entre 2021 e 2025.
E nesse sentido, a marca bávara enfrenta uma escalada de custos impressionante, para preparar as fábricas no sentido de estas produzirem híbridos “Plug In” e carros elétricos. Por essa mesma razão, a BMW lançou um programa de redução de custos no valor de 12 mil milhões de euros, até 2022, conquistados, apenas, com ganhos de eficiência. A condução autónoma e a digitalização são outras áreas que exigem avultado investimento.
“O veículo do futuro, com todas as suas funções digitais integradas, é um produto de alta tecnologia com uma complexidade que ainda hoje é subestimada” referiu Oliver Zipse, CEO da BMW, dando conta da necessidade de investir muito nesta área. Nicolas Peter, o diretor financeiro da casa de Munique, sustentou que “as mediadas para incrementar a eficiência que foram tomadas estão a dar frutos, mas apesar disso queremos muito mais.”
Para já, a BMW cortou o custo de desenvolvimento dos seus modelos num terço e quer reduzir o número de mecânicas em 50% até 2021, ao passo que o “empurrão” aos veículos elétricos continua forte. O Mini elétrico começa a produção ainda este mês e o BMW iX3 começa já em 2020.
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