Fiat Chrysler Automobiles e PSA vão juntar esforços em parceria igualitária
O AUTOMAIS já tinha anunciado as negociações, hoje chegou a confirmação esperada: as negociações chegaram a bom porto e vai nascer o quarto gigante mundial do universo automóvel.
O memorando de entendimento afirma que a Fiat Chrysler Automobiles e o PSA Group vão reunir recursos para enfrentar uma nova era onde as taxas comerciais são mais caras, as regras de emissões mais duras e a eletrificação é uma realidade.
Os conselhos de administração da FCA e da PSA anunciaram em comunicado que vão trabalhar rumo a um acordo vinculativo a ser lavrado nas próximas semanas.
Este acordo irá criar o quarto maior construtor mundial com um valor de mercado combinado superior a 50 mil milhões de dólares, ao preço atual em bolsa.
Este memorando de entendimento refere que os acionistas de cada empresa ficarão com 50% da entidade resultante deste hegócio, sendo que os investidores da FCA receberão um dividendo de 5,5 mil milhões de euros, a PSA distribuirá a sua fatia de 46% no fornecedor Faurecia.
A economia de escala que este acordo pode gerar, sem contar com eventuais fechos de fábricas, ascende a fantásticos 3,7 mil milhões de euros! Além disso, a fusão entre a FCA e a PSA iria criar o segundo maior produtor europeu e desafiar, olhos nos olhos o grupo Volkswagen. As previsões de Sergio Marchionne – na segunda década do novo milénio, restarão uma mão cheia de grupos, devido à inevitável consolidação – que, no fundo, era o seu sonho, está a concretizar-se.
Esta mega fusão irá colocar lado a lado a bilionária família Agnelli e a família Peugeot, numa empresa que terá um conselho de administração com 11 elementos, cinco do grupo PSA, cinco da FCA. O CEO do novo grupo será Carlos Tavares e também terá assento no conselho de administração, enquanto que John Elkann será o presidente do conselho. Quanto a Mike Manley, desconhece-se qual o papel do atual CEO da FCA.
Talvez esta união não seja tão boa como aquela que a FCA tinha desenhado com a Renault, pois ambos estão atrasados na eletrificação, nenhum dos dois grupos tem forte presença na China, mas ambos têm forte expressão no Velho Continente e a FCA irá carrear para a nova empresa a sua presença no mercado americano.
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