Mazda revela MX-30 no Salão de Tóquio, o seu primeiro modelo elétrico
Será lançado já em 2021, foi desenvolvido para condutores que não desejam sacrificar o praze de condução ao comprar um veículo elétrico.
O primeiro modelo elétrico da Mazda terá 145 CV de potência e um binário de 264 Nm, com uma bateria de 35,5 kWh, oferecendo uma autonomia de 208 km. E aqui está um dos problemas do MX-30, a autonomia face aos rivais como o Hyundai Kauai Electric. Mas a Mazda fez vários estudos que lhe dizem que o consumidor europeu não faz mais que 50 km diários. Além disso, segundo nos explicou Christian Schultz, o patrão do departamento de pesquisa e desenvolvimento da Mazda Europa, “não devemos exagerar no tamanho das baterias. Devemos, antes de tudo, perceber qual a autonomia que um cliente realmente precisa, e quanto é que podemos economizar em termos de capacidade da bateria e reduzir substancialmente o CO2.”
Ou seja, a escolha de uma bateria pequena para reduzir emissões em todo o ciclo de vida do carro, tendo um estudo na sua posse, como nos referiu Youichi Matsuda, o responsável pelo estilo da Mazda, que diz que uma bateria de 35,5 kWh produz menos emissões ao longo do ciclo de vida do carro que um Mazda 3 alimentado a gasolina ou um elétrico com uma bateria de 95 kWh. E segundo aquele responsável pelo estilo da Mazda e do MX-30, não haverá um MX-30 com mais potência ou um modelo posicionado acima deste. O primeiro modelo elétrico da Mazda diferencia-se por várias características. Por exemplo, tem menor regeneração de travagem que a maioria dos elétricos – descartando o já famoso “e-pedal” ou seja, condução só com o acelerador – e exibindo uma aceleração mais progressiva.
Schultz explicou que “para forte desaceleração, o pedal de travão é melhor. Até porque o pedal único vai contra aquilo que estamos habituados.” O MX-30 tem um som artificial que tem como objetivo imitar o som escutado nos motores de combustão interna, assim que se aplica a aceleração. Está em discussão a oferta do carro sem este sintetizador de som, através de um botão que silencie o ruído.
A plataforma do MX-30 deriva da base utilizada no Mazda3 e no CX-30, sendo na essência a mesma estrutura, mas com anéis de reforço em redor da bateria e do piso, para melhorar a rigidez e fazer o MX-30 super-rígido e rápido nas reações em termos de comportamento. O carro exibe o sistema de vectorização de binário conhecido como e-GVC Plus, ou seja, pensado para veículos elétricos.
O carro tem um estilo alternativo, é ligeiramente mais alto que o CX-30 para acomodar as baterias, tem o mesmo comprimento do CX-30 e utilza portas de abertura antagónica atrás, lembrando o RX8. A abertura é ampla e permite mais facilidade de acesso a cadeiras de rodas e carrinhos de bebés.
O interior tem uma consola flutuante que inclui um ecrã de 7 polegadas sensível ao toque. O ar condicionado é controlado, pela primeira vez na Mazda, através de um painel sensível ao toque, sendo assim mais seguro e intuitivo. A pele foi substituída por uma alternativa “vegan”, com a cortiça portuguesa a ser utilizada em vários locais.
O MX-.30 pode ser carregado numa tomada doméstica de 6,6 kW ou num carregador rápido de 50 kW, o que permite recuperar 80% da capacidade da bateria em 30 a 40 minutos.
O nome deste novo Mazda, que já está em pré-encomenda em alguns mercados, explica-se de forma simples. O MX é usado em produtos projetados e desenvolvidos contra vapor às tendências do mercado (como sucedeu com o MX-5, um roadster que apareceu quando a industria achava que tinham acabado os descapotáveis de dois lugares). Como MX-30, a Mazda encontrou o seu caminho na mobilidade elétrica indo ao arrepio daquilo que hoje é norma. O MX-30 terá uma versão com motor rotativo, que oferecerá mais autonomia elétrica, sendo um motor multi combustível, ou seja, pode usar GPL, CNG, gasolina e hidrogénio, funcionando como extensor de autonomia, mas a Mazda vai oferecer o MX-30 com variantes híbridas e híbridas Plug In. Fica explica a forma da carroçaria do Mazda, pouco comum num elétrico.
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