Mercado europeu caiu 8,6% e pressiona fortemente os construtores
O cenário não tem estado bonito com a trapalhada do Brexit, as guerras comerciais, a caça ao diesel e os limites de emissões e para piorar tudo, eis que o mercado continua anémico.
Contas feitas, o mercado caiu 8,6% em agosto com algumas marcas a serem duramente atingidas com perdas de dois dígitos, tendo o mercado absorvido 1,07 milhões de unidades, segundo dados da ACEA, a associação europeia dos construtores automóveis.
Alguém teve de perder e nesse particular, Nissan, Renault, Fiat e Volkswagen sofreram muito em agosto. A Nissan viu as vendas, literalmente, desabar 48%, enquanto que a Renault perdeu 38% das vendas da marca francesa. A Fiat perdeu 26% e a Volkswagen amparou a queda com uma redução de 14%. No meio de oceano de miséria, que viu a Jaguar perder 21% de vendas, a Land Rover resvalar 3,3%, a Audi perdeu 9,1% e a BMW recuar 8,4%, a Mercedes foi a ilha da prosperidade com um aumento de vendas de 13%. O PSA Group viu a marca DS crescer 26% (!), enquanto a Citroen recuou 8,1% , a Opel 6,9% e a Peugeot 3,4%. Entre os principais protagonistas europeus, o grupo VW viu a Skoda aumentar vendas 5,4% ao passo que a Seat perdeu quase 1% e a Porsche derrapou 18%. Registo para a Ford que vendeu mais 1,7% que em igual mês de 2018.
Entre os construtores asiáticos, para lá da debacle da Nissan, a Toyota perdeu 1%, a Hyundai recuou 2% e a Kia viu as vendas caírem 3,2%.
Olhando de forma simples, pode parecer uma enorme debacle do mercado, porém, há que lembrar este resultado, o pior de 2019, tem a montante o enorme crescimento experimentado há um ano, quando os construtores correram atrás dos clientes para lhes vender carros antes de serem homologados pelo protocolo WLTP. Isto porque muitos concessionários em todo o Velho Continente, fizeram stock de modelos antes do mês de setembro de 2018, quando foi introduzido o WLTP. Portanto, analisar o mês de agosto de 2019 com o de 2018, está distorcido por estas razões. Além do facto deste ser um mês de férias e de vendas menos efusivas, especialmente no Sul da Europa. Contas feitas ao acumulado de 2019, as vendas recuaram 3,2%.
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