Novo Nissan Juke está maior e mais agressivo, continuando a ser… diferente
O novo Juke foi revelado em cinco cidades europeias a alguns jornalistas e órgãos de comunicação social durante os últimos dias e chega ao mercado em novembro.
O Nissan Juke foi lançado em 2010 e desde essa altura até agora vendeu quase um milhão de umidades, sendo unanimemente reconhecido como o “pai” do segmento dos crossover compactos. A quebra de vendas deixou claro que estava chegada a hora da mudança, até porque os rivais foram-se amontoando e o Juke foi “ficando”.
O Renault Captur, que já recebeu atualização que será apresentada em outubro – e onde o AUTOMAIS lá estará para lhe contar tudo – lidera o segmento com o dobro das vendas do Juke. Portanto, o novo crossover compacto chegou na hora certa!
A segunda geração do Nissan Juke está muito diferente… mantendo o mesmo ADN que fez dele um dos modelos mais vendidos da casa japonesa. A ideia é a mesma e se o antigo carro parecia um animal pronto a saltar, o novo Juke está mais musculado e mais crescido. Uma frente dominada pela grelha em V e pela evolução do desenho original do Juke, com os faróis redondos debaixo das luzes diurnas, mais finas e estilizadas, mas que deixam de subir para cima do capô, alargando-se para os para choques. O tejadilho continua com o formato descendente flutuante e as rodas passam para as 19 polegadas nas versões mais bem equipadas. E esta é uma estreia no Nissan Juke.
O carro está assente na plataforma CMF-B da Aliança Renault Nissan Mitsubishi (a mesma do Captur e do Clio da Renault) e por isso está maior com um comprimento de 4210 mm, uma largura de 1800 mm, uma altura de 1595 mm. Contas feitas, o novo Juke está 85 mm mais comprido, 170 mm mais largo e 30 mm mais baixo. Mas mais importante, o Juke tem uma distância entre eixos que é 105 mm maior que a anterior.
Poderíamos ser levados a pensar que o aumento das dimensões iria levar a um aumento do peso, porém, o uso de aço de elevada resistência e a nova plataforma permitem que, admiravelmente, o novo Juke é 23 quilos mais leve.
Um dos problemas do Juke era a habitabilidade e a Nissan teve o cuidado de aproveitar os mais de 10 cm entre eixos oferecidos pela nova plataforma para que o espaço para os joelhos fosse aumentado 58 mm e o espaço em altura para a cabeça em 11 mm. A bagageira subiu dos 354 para os 422 litros, um substancial aumento que deixa o Juke a apenas 8 litros do Qashqai!
O conforto também foi melhorado com o recurso aos bancos monoforma semelhantes aos do Qashqai, que podem ser forrados em Alcantara ou em pele.
Curiosamente, só há um motor para o Juke: o bloco 1.0 litros DIG-T turbo com três cilindros que debita 117 CV (a gasolina) sendo oferecido com caixa manual de seis velocidades ou uma unidade automática com sete marchas como opcional. Mais tarde chegará o bloco 1.5 litros e será oferecida uma versão Nismo que deverá superar os 200 CV do anterior modelo. E, evidentemente, a tecnologia E-Tech da Renault deverá surgir no Juke após a sua aparição no Captur. E só haverá um híbrido na gama porque a plataforma CMF-B não está preparada para oferecer uma variante totalmente elétrica. Como na gama da Nissan já existe um Leaf e vão existir mais derivações, tornando-se redundante o Juke ter versão elétrica.
O interior também mudou e pela primeira vez, o Juke oferece a mais recente versão do sistema ProPilot, que inclui a assistência à direção e á travagem. Juntamente com o ProPilot vem o sistema NissanConnect com ecrã sensível ao toque de 8 polegadas sendo compatível com o Andoid Auto e o Apple CarPlay. Estará disponível um sistema de som Premium Bose com oito altifalantes. E por tudo isto a Nissan diz que o Juke é o Nissan mais conectado de sempre. Para isso, o novo Juke consegue ser atualizado via internet, pode ser fechado remotamente e avaliada a mecânica e eventuais avarias, através de uma aplicação.
O Nissan Juke vai continuar, para já, a ser construído na fábrica de Sunderland e vai chegar ao mercado em novembro.
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