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Pagani vai fazer um hiperdesportivo elétrico, mas o V12 continuará até 2026

By on 27 Agosto, 2019

Numa entrevista concedida á revista britânica Autocar, Horacio Pagani confirmou o carro elétrico, mas deixou claro que o V12 vai permanecer durante algum tempo.

Os modelos da Pagani são dos mais exóticos supercarros que o dinheiro pode comprar e o sucesso da empreitada de Horacio Pagani está baseado nisso mesmo. O CEO da empresa italiana confirmou que a empresa que está a trabalhar num hipercarro elétrico, mas que os modelos com o excelente bloco V12 vão continuar pelo menos até 2026.

Porém, com a Pagani é sempre complicado estabelecer limites temporais. O fim do Zonda esteve programado várias vezes, mas com vários clientes – entre eles Lewis Hamilton – a pedirem para terem a oportunidade de comprarem um Zonda, Horacio Pagani foi fazendo a vontade aos seus clientes e a vida do modelo prolongou-se bem mais que o previsto. O mesmo se passa com o Huayra. A derradeira versão do carro será ou seria o BC Roadster. Segundo o CEO da Pagani, “este seria o último modelo da linha Huayra, mas tenho ouvido colecionadores e alguns clientes que estão a pedir para fazer mais uma edição limitada que acabará por alongar a vida útil do Huayra.”

Convirá lembrar que a Pagani é um dos construtores mais exclusivos com uma produção anual que não ultrapassa as 40 unidades. Ainda assim, é uma empresa altamente rentável pois a exclusividade permite-lhe pedir preços de nível estratosférico, tendo um planeamento a longo prazo que lhe permite ter clientes fiéis que querem ter na sua garagem os modelos da Pagani. O sucessor do Huayra, conhecido como C10, está praticamente definido, mas só chegará em 2022.

E Horacio Pagani confirma que manterá o V12 AMG duplo turbo, homologado até 2026. A diferença para anteriores realizações é que a Pagani já tem em desenvolvimento um modelo totalmente elétrico que será gémeo do C10, embora cm diferenças naturais por ser um carro movido a eletricidade.

A razão para esta aposta forte na eletrificação não tem nada a ver com restrições ambientais, mas com a mudança de paradigma do cliente da Pagani. Segundo o patrão da marca italiana, “no início, os nossos clientes eram colecionadores europeus com mais de 50 anos. Hoje, a idade média desceu significativamente e temos muitos clientes novos, jovens, que vêm da Ásia e dos Estados Unidos, mais precisamente, de Silicon Valley.” E por causa disso, a partir de 2025, Horacio Pagani não fecha a porta a algo extravagante como a produção de um SUV. “Se tiver de fazer um Pagani SUV, terá de custar cerca e 3 milhões de euros ou acima disso para estar em linha com a nossa estratégia. Sinceramente não sei se há mercado para um carro destes a este preço, mas não podemos estar desatentos nem céticos. Se um carro ostenta o símbolo Pagani, tem de ser um carro da mais elevada qualidade e, sim, é verdade, é um assunto que temos estado a discutir várias vezes com os colecionadores.”

Para isso, o acesso á tecnologia Mercedes, com a qual a Pagani tem relações profundas, seria inevitável para que o modelo fizesse sentido, pegando na plataforma de um dos maiores SUV da marca alemã e dando-lhe o toque Pagani que faça valer a pena pagar mais de 3 milhões de euros por um Pagani SUV. Porém, como o próprio deixa claro, da ideia que germina na sua cabeça até ao produto final, muito e longo é o caminho.

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