Audi Q3 35 TFSI S tronic – Ensaio Teste
Audi Q3 35 TFSI S tronic S line
Texto: Francisco Cruz
Caixinha de surpresas
Hoje em dia com ambições reforçadas a líder do segmento, o novo Audi Q3 procura atacar em todas as frentes, acrescentando ao mais consensual Diesel, algumas opções a gasolina. Ainda que, diga-se, este 35 TFSI de 150 cv não seja a melhor das surpresas…
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Qualidade de construção e de materiais; Comportamento; Ergonomia
Motor/Caixa; Obrigatoriedade de opcionais; Consumos
Exterior
Pontuação: 10/10
Construído com base na conhecida plataforma MQB, a mesma de propostas como o “irmão” Audi A3, o Volkswagen Tiguan, ou o Seat Ateca, o novo Audi Q3 destaca-se, nesta segunda geração, por uma estética exterior mais madura e adulta. Mas também, substancialmente mais desportiva e desafiante. Exibindo linhas que não escondem a sua inspiração no design daquele que é o novo modelo referência para a família SUV de Ingolstadt, o Q8, o Q3 não se limitou, assim, a crescer em praticamente todos os sentidos, aproximando-se “perigosamente” do “irmão” Q5. Pelo contrário, ganhou igualmente uma bem mais vincada presença na estrada; e, ainda mais, quando apurada com a inclusão do pacote desportivo S line (1.790€)! Somado a uma frente particularmente afirmativa e em que a exuberante grelha octogonal metalizada reforça personalidade através de ópticas e pára-choques esculpido a transpirarem agressividade, um perfil musculado, além de uma traseira não menos acutilante e moderna, o mais difícil, caro leitor, será mesmo conseguir passar despercebido…
Interior
Pontuação: 10/10
Verdadeiro produto premium, o novo Audi Q3 reforça esse mesmo estatuto, através e desde logo, de uma qualidade de construção e de revestimentos verdadeiramente de topo. Ambas facilmente perceptíveis num habitáculo que, despido de superficialidades, prefere exultar a ergonomia do ambiente que é proposto aos ocupantes, a par de um certo vanguardismo tecnológico que cativa não apenas pela funcionalidade e intuitividade, mas também pelo modo como nos preenche a visão. Num interior onde começamos por nos render à forma quase perfeita como somos colocados perante um volante multiregulável (em altura e profundidade) de óptima pega e comandos, pedais a apoio de pé esquerdo em metal, mas também um renovado selector de caixa, tudo isto a partir de um banco de inspiração mais desportiva (S line) e regulações elétricas, torna-se quase impossível não ficarmos encantados com a funcionalidade e atracção emanadas do painel de instrumentos 100% digital e configurável, de 12,3″, a que a Audi deu o nome de Virtual Cockpit.
Ou até mesmo do já mais conhecido sistema de infotainment MMI, com ecrã táctil a cores, perfeitamente integrado no frontal do tablier, a partir do qual é possível aceder e ajustar praticamente todos os sistemas, funcionalidades e tecnologias, à disposição neste SUV alemão. Excepção a esta integração, pouco mais que o novo (e opcional) sistema de ar condicionado automático, embora também ele perfeitamente intuitivo, funcional e integrado nas linhas esculpidas do tablier. Onde só a colocação do botão de ajuste do som causa alguma estranheza – apesar do muito espaço existente, acabou remetido para demasiado longe do condutor… E se o mesmo condutor não deixará, certamente, de agradecer também os bons espaços de arrumação, inclusive, na base da consola central, já os restantes passageiros, valorizarão, principalmente, o aumento do espaço disponível, por exemplo, nos lugares traseiros. Onde, graças ao aumento da distância entre eixos nesta nova geração, passou a existir não somente um melhor acesso ao habitáculo, como também e principalmente, mais espaço para pernas nos lugares laterais. Já que e no caso concreto do “nosso” Q3, a condicionar o lugar do meio, surgia, mais do que um túnel de transmissão bem saliente, o desenho esculpido e desportivo dos assentos laterais, ligados entre si por não mais que uma espécie de “tira” em couro…
Quanto à bagageira, ganhos igualmente na capacidade, que nesta segunda geração passou a anunciar 530 litros com cinco lugares em utilização, ou 1.525 litros com as costas dos bancos traseiros rebatidas na horizontal. Sendo que, a juntar a uma capacidade de carga que suplanta a de todos os rivais alemães, o SUV de Ingolstadt disponibiliza ainda um óptimo acesso e plano de carga, além de uma espécie de alçapão, por baixo do piso falso, a toda a dimensão do espaço. Mas que só não convence totalmente por obrigar a depositar os pertences em cima do pneu sobressalente…
Equipamento
Pontuação: 8/10
Membro de pleno direito da elite premium, o novo Audi Q3 reafirma esse mesmo posicionamento, desde logo, na forma como se apresenta ao mercado – desafiando os potenciais clientes a enveredarem pela personalização das respectivas unidades, algo só possível através do recurso à extensa lista de opcionais. Assim, sem custos acrescidos, por fazerem parte do equipamento base, apenas argumentos como o MMI Radio Plus com ecrã de 8,8″ e Bluetooth Interface, além de, no domínio da Segurança e Ajuda à Condução, o Assistente de Mudança de Faixa com Aviso de Saída de Faixa, Audi Hold Assist, Auxílio ao Arranque em Subidas, Audi pre sense basic e dianteiro, e Limitador de velocidade ajustável. Pelo contrário, pagos à parte e a fazer disparar os perto de 47 mil euros (sem despesas!…) que o “nosso” Q3 35 TFSI S tronic custava à partida, mais-valias como o já referido pacote desportivo S line (bancos dianteiros desportivos + forro dos tejadilho em tecido preto + inserções decorativas S line em alumínio escovado mate + pedais e apoio de pé em aço inoxidável + soleira das portas iluminada com logotipo S line), por 1.790€, assim como o volante desportivo multifunções Plus em couro, com fundo plano e patilhas de caixa (440€), o atraente pacote de luzes interiores ambiente multicolor (410€), o importante MMI de navegação Plus (2.540€), e o cativante Audi Virtual Cockpit Plus (495€). Além do Cruise Control (355€), Audi Smartphone Interface (630€), ar condicionado automático (690€), bancos dianteiros elétricos (820€), banco traseiro rebatível Plus incluindo apoio de braços central e porta-copos (140€), e o sistema elétrico de abertura e fecho da porta da bagageira (575€). Ao todo e no caso concreto do “nosso” Q3, quase 14 mil euros em opcionais…
Consumos
Pontuação: 7/10
Equipado com a tecnologia de desactivação de cilindros da Audi, também conhecida como Cylinder On Demand ou COD, este 1.5 TFSI tem a particularidade de poder funcionar com apenas dois cilindros. Desactivando os restantes dois, sempre a velocidade se mantiver estável e a pressão no acelerador for pouca. A inclusão desta tecnologia tem, naturalmente, como propósito baixar, não somente os consumos, como também as emissões, de forma a conseguir cumprir, de forma mais satisfatória, as novas exigências impostas pelo WLTP. Algo a que o Audi Q3 35 TFSI responde com uma média oficial entre as 176 e as 163 gramas de CO2 por quilómetro, e principalmente, uma média nos consumos em trajecto combinado que o construtor diz estar entre os 7,8 e os 7,2 l/100 km. Contudo e uma vez colocados à prova na dura realidade, a confirmação do excesso de optimismo que estes números encerram, com o Q3 a terminar o ensaio que se prolongou por vários dias, com os mais variados percursos e tipos de utilização, com uma média de 8,5 l /100 km. Valor que, mesmo não sendo chocante, acaba dando mais força à solução Diesel…
Ao Volante
Pontuação: 9/10
Mais adulto e arrebatador na imagem, o Audi Q3 35 TFSI esforça-se por replicar essa mesma impressão, também no comportamento. Afirmando-se através de um desempenho dinâmico não somente mais evoluído, como também mais envolvente que na geração anterior. Competente na forma como se faz a estrada, o novo SUV compacto de Ingolstadt consegue conjugar um elevado nível de eficácia e estabilidade, com um conforto que nem mesmo os pisos mais degradados conseguem beliscar. Aproveitando as potencialidades de uma óptima e convincente direcção, o novo Q3 nem sequer se queixa do aumento nas dimensões.
Mantendo, invariavelmente, uma apreciável agilidade, inclusive, no trânsito citadino, para o qual este Audi parece ter nascido. E onde, quer os eficazes sistemas de segurança activa, quer as tecnologias de apoio à condução, facilmente justificam a sua presença. Equipado com o já conhecido sistema Drive Select, a possibilidade de disfrutar das pequenas “alterações de personalidade” que cada um dos cinco modos à disposição – Auto, Efficiency, Comfort, Dynamic, Off-Road e o totalmente configurável Individual – oferece (ainda assim, mais uns do que outros…), ainda que nenhum deles capaz de anular convenientemente a sensibilidade a ventos laterais que pudemos detectar. Mais facilmente, em auto-estrada e quando a velocidades um pouco mais elevadas, ainda que dentro dos limites impostos pela lei. Algo que, na realidade, também não estávamos à espera…
Motor
Pontuação: 8/10
À partida mais apetecível para os condutores nacionais com uma das motorizações Diesel, o novo Audi Q3 está, no entanto, igualmente disponível em Portugal, com motorizações a gasolina. Sendo a mais acessível, o quatro cilindros 1,5 litros de 150 cv de potência e 250 Nm de binário, que aqui abordamos. No entanto e embora equipado com injeção directa Common-Rail e turbocompressor de geometria variável, a verdade é que este quatro cilindros, que a Audi passou a designar comercialmente de 35 TFSI, acaba não conseguindo cotar-se no mesmo plano de satisfação que, por exemplo, o já aqui elogiado 35 TDI.
Desde logo, por revelar maiores dificuldades nas acelerações e recuperações, particularmente, quando abaixo das 3500 rpm. A confirmar, de resto, estas impressões, não somente os 9,2s que este 1.5 TFSI anuncia como marca na aceleração dos 0 aos 100 km/h, como também as dificuldades mais sentidas, nas recuperações. E que nem mesmo o contributo de uma caixa S tronic de sete velocidades consegue atenuar. Aliás, sobre o desempenho desta transmissão DCT, valorizada desde logo com a inclusão de convincentes patilhas nos braços do volante, importa dizer que também acabou sendo uma surpresa… e não pela positiva. Já que chegou a revelar dificuldades na gestão do motor, que, sinceramente, não lhe conhecíamos até aqui…
Balanço Final
Pontuação: 9/10
Enorme salto qualitativo face à anterior geração, o novo Audi Q3 é hoje um produto com outros argumentos, para lutar pela liderança do seu segmento. Ambição essa, sustentada não só numa estética arrebatadora e num excelente interior, mas também num desempenho dinâmico bem mais evoluído e envolvente; mesmo quando, por baixo do capot dianteiro, está um 1.5 a gasolina que, apesar dos seus 150 cv, não chega para fazer esquecer os (fortes) argumentos dos Diesel…
Concorrentes
BMW X1 sDrive 18i, 140cv, 9,6s 0-100 km/h, 205 km/h, 5,8 l/100 km, 157 g/km CO2, 39 550€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mercedes-Benz GLC Coupé 200 4MATIC Linha AMG, 197cv, 8,0s 0-100 km/h, 216 km/h, 8,7 l/100 km, 198 g/km CO2, 69 773,20€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volvo XC40 T3 Geatronic FWD R-Design, 163cv, 9,3s 0-100 km/h, 200 km/h, 7,4-7,9 l/100 km, 166-179 g/km CO2, 50 449€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.498
Diâmetro x curso (mm): 74.5 x 85.9
Taxa compressão: 10.5 : 1
Potência máxima (cv/rpm): 150/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 9,2
Velocidade máxima (km/h): 207
Consumos combinado (l/100 km WLTP): 7,8-7,2
Emissões de CO2 (g/km WLTP): 176-163
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,484/1,849/1,616
Distância entre eixos (mm): 2,680
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,584/1,576
Peso (kg): 1.495
Capacidade da bagageira com duas filas/ uma fila (l): 530/1.525
Depósito de combustível (l): 60
Pneus (fr/tr): 235/50 R18 / 235/50 R18
Mais/Menos
Mais
Qualidade de construção e de materiais; Comportamento; Ergonomia
Menos
Motor/Caixa; Obrigatoriedade de opcionais; Consumos
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 60850€
Preço da versão base (Euros): 46920€
Exterior
Pontuação: 10/10
Construído com base na conhecida plataforma MQB, a mesma de propostas como o “irmão” Audi A3, o Volkswagen Tiguan, ou o Seat Ateca, o novo Audi Q3 destaca-se, nesta segunda geração, por uma estética exterior mais madura e adulta. Mas também, substancialmente mais desportiva e desafiante. Exibindo linhas que não escondem a sua inspiração no design daquele que é o novo modelo referência para a família SUV de Ingolstadt, o Q8, o Q3 não se limitou, assim, a crescer em praticamente todos os sentidos, aproximando-se “perigosamente” do “irmão” Q5. Pelo contrário, ganhou igualmente uma bem mais vincada presença na estrada; e, ainda mais, quando apurada com a inclusão do pacote desportivo S line (1.790€)! Somado a uma frente particularmente afirmativa e em que a exuberante grelha octogonal metalizada reforça personalidade através de ópticas e pára-choques esculpido a transpirarem agressividade, um perfil musculado, além de uma traseira não menos acutilante e moderna, o mais difícil, caro leitor, será mesmo conseguir passar despercebido…
Interior
Pontuação: 10/10
Verdadeiro produto premium, o novo Audi Q3 reforça esse mesmo estatuto, através e desde logo, de uma qualidade de construção e de revestimentos verdadeiramente de topo. Ambas facilmente perceptíveis num habitáculo que, despido de superficialidades, prefere exultar a ergonomia do ambiente que é proposto aos ocupantes, a par de um certo vanguardismo tecnológico que cativa não apenas pela funcionalidade e intuitividade, mas também pelo modo como nos preenche a visão. Num interior onde começamos por nos render à forma quase perfeita como somos colocados perante um volante multiregulável (em altura e profundidade) de óptima pega e comandos, pedais a apoio de pé esquerdo em metal, mas também um renovado selector de caixa, tudo isto a partir de um banco de inspiração mais desportiva (S line) e regulações elétricas, torna-se quase impossível não ficarmos encantados com a funcionalidade e atracção emanadas do painel de instrumentos 100% digital e configurável, de 12,3″, a que a Audi deu o nome de Virtual Cockpit.
Ou até mesmo do já mais conhecido sistema de infotainment MMI, com ecrã táctil a cores, perfeitamente integrado no frontal do tablier, a partir do qual é possível aceder e ajustar praticamente todos os sistemas, funcionalidades e tecnologias, à disposição neste SUV alemão. Excepção a esta integração, pouco mais que o novo (e opcional) sistema de ar condicionado automático, embora também ele perfeitamente intuitivo, funcional e integrado nas linhas esculpidas do tablier. Onde só a colocação do botão de ajuste do som causa alguma estranheza – apesar do muito espaço existente, acabou remetido para demasiado longe do condutor… E se o mesmo condutor não deixará, certamente, de agradecer também os bons espaços de arrumação, inclusive, na base da consola central, já os restantes passageiros, valorizarão, principalmente, o aumento do espaço disponível, por exemplo, nos lugares traseiros. Onde, graças ao aumento da distância entre eixos nesta nova geração, passou a existir não somente um melhor acesso ao habitáculo, como também e principalmente, mais espaço para pernas nos lugares laterais. Já que e no caso concreto do “nosso” Q3, a condicionar o lugar do meio, surgia, mais do que um túnel de transmissão bem saliente, o desenho esculpido e desportivo dos assentos laterais, ligados entre si por não mais que uma espécie de “tira” em couro…
Quanto à bagageira, ganhos igualmente na capacidade, que nesta segunda geração passou a anunciar 530 litros com cinco lugares em utilização, ou 1.525 litros com as costas dos bancos traseiros rebatidas na horizontal. Sendo que, a juntar a uma capacidade de carga que suplanta a de todos os rivais alemães, o SUV de Ingolstadt disponibiliza ainda um óptimo acesso e plano de carga, além de uma espécie de alçapão, por baixo do piso falso, a toda a dimensão do espaço. Mas que só não convence totalmente por obrigar a depositar os pertences em cima do pneu sobressalente…
Equipamento
Pontuação: 8/10
Membro de pleno direito da elite premium, o novo Audi Q3 reafirma esse mesmo posicionamento, desde logo, na forma como se apresenta ao mercado – desafiando os potenciais clientes a enveredarem pela personalização das respectivas unidades, algo só possível através do recurso à extensa lista de opcionais. Assim, sem custos acrescidos, por fazerem parte do equipamento base, apenas argumentos como o MMI Radio Plus com ecrã de 8,8″ e Bluetooth Interface, além de, no domínio da Segurança e Ajuda à Condução, o Assistente de Mudança de Faixa com Aviso de Saída de Faixa, Audi Hold Assist, Auxílio ao Arranque em Subidas, Audi pre sense basic e dianteiro, e Limitador de velocidade ajustável. Pelo contrário, pagos à parte e a fazer disparar os perto de 47 mil euros (sem despesas!…) que o “nosso” Q3 35 TFSI S tronic custava à partida, mais-valias como o já referido pacote desportivo S line (bancos dianteiros desportivos + forro dos tejadilho em tecido preto + inserções decorativas S line em alumínio escovado mate + pedais e apoio de pé em aço inoxidável + soleira das portas iluminada com logotipo S line), por 1.790€, assim como o volante desportivo multifunções Plus em couro, com fundo plano e patilhas de caixa (440€), o atraente pacote de luzes interiores ambiente multicolor (410€), o importante MMI de navegação Plus (2.540€), e o cativante Audi Virtual Cockpit Plus (495€). Além do Cruise Control (355€), Audi Smartphone Interface (630€), ar condicionado automático (690€), bancos dianteiros elétricos (820€), banco traseiro rebatível Plus incluindo apoio de braços central e porta-copos (140€), e o sistema elétrico de abertura e fecho da porta da bagageira (575€). Ao todo e no caso concreto do “nosso” Q3, quase 14 mil euros em opcionais…
Consumos
Pontuação: 7/10
Equipado com a tecnologia de desactivação de cilindros da Audi, também conhecida como Cylinder On Demand ou COD, este 1.5 TFSI tem a particularidade de poder funcionar com apenas dois cilindros. Desactivando os restantes dois, sempre a velocidade se mantiver estável e a pressão no acelerador for pouca. A inclusão desta tecnologia tem, naturalmente, como propósito baixar, não somente os consumos, como também as emissões, de forma a conseguir cumprir, de forma mais satisfatória, as novas exigências impostas pelo WLTP. Algo a que o Audi Q3 35 TFSI responde com uma média oficial entre as 176 e as 163 gramas de CO2 por quilómetro, e principalmente, uma média nos consumos em trajecto combinado que o construtor diz estar entre os 7,8 e os 7,2 l/100 km. Contudo e uma vez colocados à prova na dura realidade, a confirmação do excesso de optimismo que estes números encerram, com o Q3 a terminar o ensaio que se prolongou por vários dias, com os mais variados percursos e tipos de utilização, com uma média de 8,5 l /100 km. Valor que, mesmo não sendo chocante, acaba dando mais força à solução Diesel…
Ao volante
Pontuação: 9/10
Mais adulto e arrebatador na imagem, o Audi Q3 35 TFSI esforça-se por replicar essa mesma impressão, também no comportamento. Afirmando-se através de um desempenho dinâmico não somente mais evoluído, como também mais envolvente que na geração anterior. Competente na forma como se faz a estrada, o novo SUV compacto de Ingolstadt consegue conjugar um elevado nível de eficácia e estabilidade, com um conforto que nem mesmo os pisos mais degradados conseguem beliscar. Aproveitando as potencialidades de uma óptima e convincente direcção, o novo Q3 nem sequer se queixa do aumento nas dimensões.
Mantendo, invariavelmente, uma apreciável agilidade, inclusive, no trânsito citadino, para o qual este Audi parece ter nascido. E onde, quer os eficazes sistemas de segurança activa, quer as tecnologias de apoio à condução, facilmente justificam a sua presença. Equipado com o já conhecido sistema Drive Select, a possibilidade de disfrutar das pequenas “alterações de personalidade” que cada um dos cinco modos à disposição – Auto, Efficiency, Comfort, Dynamic, Off-Road e o totalmente configurável Individual – oferece (ainda assim, mais uns do que outros…), ainda que nenhum deles capaz de anular convenientemente a sensibilidade a ventos laterais que pudemos detectar. Mais facilmente, em auto-estrada e quando a velocidades um pouco mais elevadas, ainda que dentro dos limites impostos pela lei. Algo que, na realidade, também não estávamos à espera…
Concorrentes
BMW X1 sDrive 18i, 140cv, 9,6s 0-100 km/h, 205 km/h, 5,8 l/100 km, 157 g/km CO2, 39 550€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mercedes-Benz GLC Coupé 200 4MATIC Linha AMG, 197cv, 8,0s 0-100 km/h, 216 km/h, 8,7 l/100 km, 198 g/km CO2, 69 773,20€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volvo XC40 T3 Geatronic FWD R-Design, 163cv, 9,3s 0-100 km/h, 200 km/h, 7,4-7,9 l/100 km, 166-179 g/km CO2, 50 449€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação: 8/10
À partida mais apetecível para os condutores nacionais com uma das motorizações Diesel, o novo Audi Q3 está, no entanto, igualmente disponível em Portugal, com motorizações a gasolina. Sendo a mais acessível, o quatro cilindros 1,5 litros de 150 cv de potência e 250 Nm de binário, que aqui abordamos. No entanto e embora equipado com injeção directa Common-Rail e turbocompressor de geometria variável, a verdade é que este quatro cilindros, que a Audi passou a designar comercialmente de 35 TFSI, acaba não conseguindo cotar-se no mesmo plano de satisfação que, por exemplo, o já aqui elogiado 35 TDI.
Desde logo, por revelar maiores dificuldades nas acelerações e recuperações, particularmente, quando abaixo das 3500 rpm. A confirmar, de resto, estas impressões, não somente os 9,2s que este 1.5 TFSI anuncia como marca na aceleração dos 0 aos 100 km/h, como também as dificuldades mais sentidas, nas recuperações. E que nem mesmo o contributo de uma caixa S tronic de sete velocidades consegue atenuar. Aliás, sobre o desempenho desta transmissão DCT, valorizada desde logo com a inclusão de convincentes patilhas nos braços do volante, importa dizer que também acabou sendo uma surpresa… e não pela positiva. Já que chegou a revelar dificuldades na gestão do motor, que, sinceramente, não lhe conhecíamos até aqui…
Balanço final
Pontuação: 9/10
Enorme salto qualitativo face à anterior geração, o novo Audi Q3 é hoje um produto com outros argumentos, para lutar pela liderança do seu segmento. Ambição essa, sustentada não só numa estética arrebatadora e num excelente interior, mas também num desempenho dinâmico bem mais evoluído e envolvente; mesmo quando, por baixo do capot dianteiro, está um 1.5 a gasolina que, apesar dos seus 150 cv, não chega para fazer esquecer os (fortes) argumentos dos Diesel…
Qualidade de construção e de materiais; Comportamento; Ergonomia
MenosMotor/Caixa; Obrigatoriedade de opcionais; Consumos
Ficha técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.498
Diâmetro x curso (mm): 74.5 x 85.9
Taxa compressão: 10.5 : 1
Potência máxima (cv/rpm): 150/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 9,2
Velocidade máxima (km/h): 207
Consumos combinado (l/100 km WLTP): 7,8-7,2
Emissões de CO2 (g/km WLTP): 176-163
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,484/1,849/1,616
Distância entre eixos (mm): 2,680
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,584/1,576
Peso (kg): 1.495
Capacidade da bagageira com duas filas/ uma fila (l): 530/1.525
Depósito de combustível (l): 60
Pneus (fr/tr): 235/50 R18 / 235/50 R18
Preço da versão base (Euros): 46920€
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