Ford Mondeo vai renascer despindo o fato de berlina e passando a crossover
Prometido é devido: a Ford vai mudar, muito!, a face da sua gama na Europa e vai acabar com o Mondeo, o S-Max e o Galaxy, surgindo no seu lugar… o Mondeo. Mas em traje crossover (como se pode ver na foto feita em Photoshop a partir do Ford Puma, pela revista Autocar).
Não há a certeza que o nome Mondeo seja mantido, mas a verdade é que o seu substituto marca o fim da história da Ford no segmento das berlinas e, também, dos monovolumes. Se o nome ainda não é conhecido, a data de lançamento também não, mas há quem diga que será já em 2021.
Diz o povo que “podes tirar a Ford da ideia global, mas não consegues tirar da Ford a globalização” e por isso o novo modelo, criado na Europa, vai ser vendido globalmente e também nos EUA, comparado com o Subaru Outback. Podem ficar surpresos com esta aproximação, mas nos EUA, o carro japonês é um enorme sucesso com 200 mil unidades vendidas anualmente. Ora, esse é um nicho que a Ford pode explorar e alargar com a sua força de vendas e o marketing.
Tudo isto faz parte do plano da Ford para recuperar os lucros na sua divisão europeia e concentrar foco e recursos em modelos que o mercado queira. Nesse sentido surgiu há uns meses o programa de eletrificação, apresentado com pompa e circunstância a alguns jornalistas, agora o abandono e afastamento dos modelos convencionais e aproximação aos veículos que os compradores exigem.
O novo crossover da Ford será baseado na plataforma C2 da Ford (a mesma do novo Focus) que já se sabe, será o pilar para a construção de wquase toda a gama da marca da oval azul, desde o Fiesta ate ao novo Edge. O eixo dianteiro será aproveitado para os comerciais Tourneo e Transit. Ou seja, a Ford está, finalmente, a perceber as maravilhas da partilha e com uma só base pode fazer toda a gama, o que economiza amplos recursos.
Debaixo do capô, o novo crossover terá motorizações a gasolina e a gasóleo mais as variantes híbridas que a Ford desenvolve, nomeadamente, os suaves com tecnologia 48 volts. A base para o híbrido será, sempre, o bloco 1.5 litros, estando a Ford a equacionar abandonar o motor 1.0 litros Ecoboost em favor de motores maiores que são mais facilmente controláveis em termos de consumos e emissões que respeitem as necessidades da Ford. Os blocos diesel, diz-se, serão uma revolução e serão tão limpos como um motor a gasolina e com consumos muito baixos.
Enfim, a Ford vai mudar quase tido na sua gama europeia, não só pelas exigências do mercado, mas como assunção que seria quase impossível cumprir as regras da União Europeia em termos de emissões com a atual gama de produto. Assim, junta-se o útil ao necessário e oferece-se uma gama rejuvenescida ao mercado, onde o Puma toma o lugar do desaparecido B-Max, o novo Kuga ocupa o espaço deixado livre pelo C-Max, o novo crossover satisfará as necessidades do cliente do S-Max e do Mondeo, finalmente, os apaixonados pelos MPV e pela Galaxy, podem optar por uma versão de sete lugares do Ford Edge.
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