Mercedes-Benz A 160 – Ensaio Teste
Mercedes-Benz A 160
Texto: Francisco Cruz
Competência discreta
Porque uma gama – e uma marca! – não se faz só de modelos de topo, a Mercedes-Benz acaba de estrear uma nova versão 160 a gasolina, naquele que é o seu modelo de entrada, o Classe A. E que, mesmo posicionando-se na base da estrela, faz da competência, ainda que discreta, o seu modo de ser e estar!
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Comportamento / Motor / Qualidade de construção e materiais
Painel de instrumentos diminuto / Touchpad recuado / Lugar do meio estreito
Exterior
Pontuação: 9/10
Sem muitos dos pormenores exteriores de estilo e distinção que, no entanto, só estão disponíveis através da extensa lista de opcionais, o novo Mercedes-Benz A 160 a gasolina mantém, ainda assim, naquela que é a sua versão Base, o maior argumento da actual quarta geração do compacto: as atraentes linhas.
Desta forma, imutável mantém-se a frente incisiva de emblema fortemente destacado, ópticas (em halogéneo) e capot visualmente agressivos, além de uma traseira na qual os farolins, igualmente rasgados, continuam a sobressair, em particular, quando e como era o caso, num corpo pintado de negro.
Ainda assim, o lamento justificado, por exemplo, pela falta de umas jantes mais marcantes, que as de 16″, propostas de série, mas que, mesmo num corpo praticamente sem “acessórios de moda”, não deixam de causar alguma desilusão; até porque as linhas exteriores merecem mais, muito mais!…
Interior
Pontuação: 9/10
Tal como no exterior, também no interior, continua sendo a linguagem estética, marcada por linhas fluídas e com marcantes pormenores de design, como é o caso das saídas de ar, que mais facilmente marcam o ambiente, naquela que é a nova motorização de entrada no Mercedes-Benz Classe A. Com a opção pela versão Base a não impedir, sequer e por exemplo, a excelente qualidade de construção e materiais, uma versão menos brilhante do volante multifunções em pele disponível nos modelos acima, ou ainda a presença do já emblemático painel de instrumentos destacado com ecrã táctil a cores integrado, a preencher mais de metade do frontal do tablier… com ligeiras alterações: por se tratar da versão Base, o painel é muito mais moldura que ecrãs, os quais, embora mantendo-se ambos digitais, surgem muito mais pequenos, com não mais de 7″ cada! Ou seja, sem o mesmo impacto visual da versão de 10″… proposta apenas como opcional.
Já quanto o novo sistema de infoentretenimento MBUX – Mercedes Benz User Experience, que rapidamente ganhou destaque pela forma como permite aos ocupantes “falarem” com o carro – “Olá, Mercedes!”, diz-lhe alguma coisa?… -, mantém-se praticamente inalterado. O que, acrescente-se, só pode ser de elogiar, tal como acontece com a ergonomia (muita boa, por exemplo, a pega interior das portas…) e a acessibilidade da grande maioria dos comandos; um pouco menos, talvez, o touchpad, também ele parte do MBUX, mas um pouco recuado em demasia… embora nada que aflija!
Claramente melhor que na anterior geração, surge a habitabilidade, também traseira, com os ocupantes da segunda fila a disfrutarem, em particular, nas laterais, de conforto e espaço suficiente para pernas, graças também ao desenho escavado das costas dos bancos dianteiros. Algo que, porém, pouco ajuda no caso do lugar do meio, não apenas bem mais estreito, como também substancialmente mais desconfortável.
Quanto à bagageira, uma capacidade inicial de 370 litros, mas que pode chegar 1.210 l, mediante o fácil rebatimento 60/40 das costas dos bancos, com trancas no topo. Costas que, embora ficando um pouco na perpendicular, conseguem dar continuidade ao piso da mala, ele próprio a terminar na perpendicular. Além de com um alçapão, pouco fundo e com divisórias, por baixo…
Equipamento
Pontuação: 8/10
Mesmo envergando o nível de equipamento Base, o Mercedes-Benz A 160 continua, ainda assim, a assegurar alguns predicados, particularmente valorizados entre os clientes tradicionais das propostas premium. Mas que, ainda assim, não evitam por completo a necessidade de recorrer à lista de opcionais…
Entre estes, surgem, por exemplo, os packs Package (pré-instalação para car sharing + câmara de marcha atrás + suporte para copos duplo + funções avançadas MBUX + Touchpad + sistema multimédia + suspensão conforto rebaixada + TIREFIT + tapetes em veludo), Style (estofos em pele Artico/tecido preto + bancos conforto) e Visibilidade (sensores de chuva e luz + palas de sol com espelho de cortesia iluminado + compartimento porta óculos), além da Linha Style, sinónimo de volante multifunções em pele.
Também sem custos, a pintura exterior Preto Night e as jantes em liga leve de 5 raios duplos de 16″, assim como o acesso e arranque sem chave (Keyless-Go) e o ar condicionado.
Já no domínio da Segurança e Ajuda à Condução, destaque para a presença do Assistente de Faixa de Rodagem, Assistente de Limite de Velocidade, Cruise Control, Active Brake Assist, sistema de controlo da pressão dos pneus, DYNAMIC SELECT e faróis de halogéneo com luzes diurnas integradas em LED.
Pelo contrário, de fora do equipamento de série e, por isso, a exigir um esforço financeiro extra, mais-valias como o retrovisor exterior do condutor e retrovisor interior com função automática de anti-encadeamento (parte do pack Espelhos, por 450€), a cativante iluminação ambiente (disponível apenas com a integração da Linha Progressive, por 1.650€; do Pack Premium, por 4.000€; e das jantes em liga leve de 18″, por 1.000€), o assento do condutor com regulação elétrica e memória (800€), o sistema multiédia MBUX 1 (2.600€), Apple CarPlay e Android Auto (pack Integração de Smartphone, por 350€), display central de 10″ (disponível apenas com os packs Parking e Espelhos, e sistema de navegação MB, tudo por 2.250€), painel de instrumentos de 10″ (550€) e sistema de navegação MB (700€). Sem esquecer o Assistente de Ângulo Morto (550€), sistema Pre-Safe (que acrescenta airbags laterais traseiros, por 900€) e faróis Multibeam LED com assistente adaptativo de máximos (550€).
Consumos
Pontuação: 9/10
Razoavelmente expedito no desempenho, o 1,3 litros a gasolina desenvolvido em conjunto pela Mercedes e pela Renault, não peca sequer naquele que seria, à partida, o seu aspecto mais melindroso: os consumos.
Ajudado pela competente caixa manual de seis velocidades, o “nosso” Mercedes-Benz A 160 terminou o ensaio de vários dias, cumprido maioritariamente no seu ambiente preferencial – a cidade, pois claro!… -, com uma média de 7 l/100 km. Valor não tão acima quanto isso dos 6,7 l/100 km que são, já segundo o novo e mais real ciclo WLTP, a média oficial, e que, também por esse motivo, só pode ser considerado um bom resultado…
Ao Volante
Pontuação: 9/10
Modelo reconhecido também pelo óptimo chassis que tem na base, o Mercedes-Benz A 160 socorre-se desse mesmo argumento para, mesmo quando com um propulsor sem chama suficiente para colocá-lo verdadeiramente à prova, garantir aquilo que a maior parte dos potenciais clientes do modelo procura: estabilidade, conforto, segurança e envolvência na condução. Tudo isto, não em doses elevadas, mas suficientes, para deixar qualquer condutor dos nossos dias satisfeito…
Nunca dando o mais leve sinal de submotorização, a verdade é que, mesmo com um pequeno 1.3 litros, o Classe A não deixa de ser um compacto divertido de conduzir. Graças também a uma direcção de bom nível, além de confortável, inclusive, nos pisos mais degradados.
Mantendo a óptima postura e inserção em curva, a este A 160 de apenas 109cv, não falta sequer o refinamento e óptimas sensações, tão características dos modelos da marca da estrela. O que faz com que, embora com menos impetuosidade no acelerador, o compacto alemão continue sendo, indubitavelmente e mesmo com um motor mais modesto, um digno Mercedes!…
Motor
Pontuação: 9/10
Acabada de chegar ao mercado nacional, a nova motorização de entrada na família Classe A é, nada mais, nada menos, que o mais recente produto da parceria tecnológica entre a alemã Daimler e a francesa Renault. E que, em estreia mundial no modelo alemão, é, basicamente, um quatro cilindros em linha 1,3 litros a gasolina, equipado com injecção directa, turbocompressor e intercooler, a debitar 109 cv de potência às 5500 rpm e 180 Nm de binário, entre as 1375 e as 3500 rpm.
Com lançamento igualmente previsto noutros modelos, também da Renault e da Nissan, este pequeno bloco de 1.332cc surge, no caso do hatchback germânico, conjugado com uma agradável na utilização caixa manual de seis velocidades (a maior dificuldade foi mesmo engrenar a marcha-atrás!…), a qual, com o seu apoio, acaba ajudando a garantir igualmente acelerações agradáveis (10,9s dos 0 aos 100 km/h) e recuperações de bom nível. Tudo isto, sem excesso de arrebatamento, é certo, mas, ainda assim e graças também à sonoridade cativante nos regimes mais altos, a convencer sem problemas; se necessário for, também pelo preço!…
Balanço Final
Pontuação: 9/10
Proposta pensada, principalmente, em função do preço, a verdade é que o novo Mercedes-Benz A 160, é muito mais do isso. Equipado com um competente 1,3 litros a gasolina de 109cv, o modelo alemão garante também imagem e qualidade, a par de conforto e desempenho. E se a isto somarmos ainda os consumos apelativos, fica a certeza de que, com este tipo de base, a “estrela” é bem capaz de continuar a crescer (nas vendas), e por muito tempo!…
Concorrentes
Audi A3 Sportback 30 TFSI Base, 999cc., 116cv, 9,9s 0-100 km/h, 206 km/h, 5,1 l/100 km, 134 g/km CO2, 28 028€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW Série 1 116i, 1.499cc, 109cv, 10,9s 0-100 km/h, 195 km/h, 5,3 l/100 km, 161 g/km CO2, 28 500€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mini One 5p, 1.499cc, 102cv, 10,6s 0-100 km/h, 192 km/h, 5,4 l/100 km, 135 g/km CO2, 23 100€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volvo V40 T3 Geartronic Sport Edition Plus, 1.498cc, 152cv, 8,0s 0-100 Km/h, 210 km/h, 5,5 l/100 km, 158 g/km CO2, 27 780€
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Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, com injecção directa, turbocompressor e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.332
Diâmetro x curso (mm): 72,2 x 81,4
Taxa de compressão: 10,6 : 1
Potência máxima (cv/rpm): 109/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 180/1.375-3.500
Transmissão, direcção, suspensão e travões
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direcção elétrica, assistida
Suspensão (fr/tr): Independente do tipo McPherson; Eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados; Discos
Prestações e Consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9
Velocidade máxima (km/h): 200
Consumos WLTP Velocidade Baixa/ Média/Elevada/ Muito Elevada/Combinado (l/100 km): 8,9/6,6/5,8/6,8/6,7
Emissões de CO2 WLTP (g/km): 153
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.419/1.796/1.440
Distância entre eixos (mm): 2.729
Largura das vias fr/tr (mm): 1.567/1.547
Peso (kg): 1.350
Capacidade da bagageira (l): 370/1.210
Depósito de combustível (l): 43
Pneus (fr/tr): 205/60 R16 / 225/60 R16
Mais/Menos
Mais
Comportamento / Motor / Qualidade de construção e materiais
Menos
Painel de instrumentos diminuto / Touchpad recuado / Lugar do meio estreito
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 27599€
Preço da versão base (Euros): 26624€
Exterior
Pontuação: 9/10
Sem muitos dos pormenores exteriores de estilo e distinção que, no entanto, só estão disponíveis através da extensa lista de opcionais, o novo Mercedes-Benz A 160 a gasolina mantém, ainda assim, naquela que é a sua versão Base, o maior argumento da actual quarta geração do compacto: as atraentes linhas.
Desta forma, imutável mantém-se a frente incisiva de emblema fortemente destacado, ópticas (em halogéneo) e capot visualmente agressivos, além de uma traseira na qual os farolins, igualmente rasgados, continuam a sobressair, em particular, quando e como era o caso, num corpo pintado de negro.
Ainda assim, o lamento justificado, por exemplo, pela falta de umas jantes mais marcantes, que as de 16″, propostas de série, mas que, mesmo num corpo praticamente sem “acessórios de moda”, não deixam de causar alguma desilusão; até porque as linhas exteriores merecem mais, muito mais!…
Interior
Pontuação: 9/10
Tal como no exterior, também no interior, continua sendo a linguagem estética, marcada por linhas fluídas e com marcantes pormenores de design, como é o caso das saídas de ar, que mais facilmente marcam o ambiente, naquela que é a nova motorização de entrada no Mercedes-Benz Classe A. Com a opção pela versão Base a não impedir, sequer e por exemplo, a excelente qualidade de construção e materiais, uma versão menos brilhante do volante multifunções em pele disponível nos modelos acima, ou ainda a presença do já emblemático painel de instrumentos destacado com ecrã táctil a cores integrado, a preencher mais de metade do frontal do tablier… com ligeiras alterações: por se tratar da versão Base, o painel é muito mais moldura que ecrãs, os quais, embora mantendo-se ambos digitais, surgem muito mais pequenos, com não mais de 7″ cada! Ou seja, sem o mesmo impacto visual da versão de 10″… proposta apenas como opcional.
Já quanto o novo sistema de infoentretenimento MBUX – Mercedes Benz User Experience, que rapidamente ganhou destaque pela forma como permite aos ocupantes “falarem” com o carro – “Olá, Mercedes!”, diz-lhe alguma coisa?… -, mantém-se praticamente inalterado. O que, acrescente-se, só pode ser de elogiar, tal como acontece com a ergonomia (muita boa, por exemplo, a pega interior das portas…) e a acessibilidade da grande maioria dos comandos; um pouco menos, talvez, o touchpad, também ele parte do MBUX, mas um pouco recuado em demasia… embora nada que aflija!
Claramente melhor que na anterior geração, surge a habitabilidade, também traseira, com os ocupantes da segunda fila a disfrutarem, em particular, nas laterais, de conforto e espaço suficiente para pernas, graças também ao desenho escavado das costas dos bancos dianteiros. Algo que, porém, pouco ajuda no caso do lugar do meio, não apenas bem mais estreito, como também substancialmente mais desconfortável.
Quanto à bagageira, uma capacidade inicial de 370 litros, mas que pode chegar 1.210 l, mediante o fácil rebatimento 60/40 das costas dos bancos, com trancas no topo. Costas que, embora ficando um pouco na perpendicular, conseguem dar continuidade ao piso da mala, ele próprio a terminar na perpendicular. Além de com um alçapão, pouco fundo e com divisórias, por baixo…
Equipamento
Pontuação: 8/10
Mesmo envergando o nível de equipamento Base, o Mercedes-Benz A 160 continua, ainda assim, a assegurar alguns predicados, particularmente valorizados entre os clientes tradicionais das propostas premium. Mas que, ainda assim, não evitam por completo a necessidade de recorrer à lista de opcionais…
Entre estes, surgem, por exemplo, os packs Package (pré-instalação para car sharing + câmara de marcha atrás + suporte para copos duplo + funções avançadas MBUX + Touchpad + sistema multimédia + suspensão conforto rebaixada + TIREFIT + tapetes em veludo), Style (estofos em pele Artico/tecido preto + bancos conforto) e Visibilidade (sensores de chuva e luz + palas de sol com espelho de cortesia iluminado + compartimento porta óculos), além da Linha Style, sinónimo de volante multifunções em pele.
Também sem custos, a pintura exterior Preto Night e as jantes em liga leve de 5 raios duplos de 16″, assim como o acesso e arranque sem chave (Keyless-Go) e o ar condicionado.
Já no domínio da Segurança e Ajuda à Condução, destaque para a presença do Assistente de Faixa de Rodagem, Assistente de Limite de Velocidade, Cruise Control, Active Brake Assist, sistema de controlo da pressão dos pneus, DYNAMIC SELECT e faróis de halogéneo com luzes diurnas integradas em LED.
Pelo contrário, de fora do equipamento de série e, por isso, a exigir um esforço financeiro extra, mais-valias como o retrovisor exterior do condutor e retrovisor interior com função automática de anti-encadeamento (parte do pack Espelhos, por 450€), a cativante iluminação ambiente (disponível apenas com a integração da Linha Progressive, por 1.650€; do Pack Premium, por 4.000€; e das jantes em liga leve de 18″, por 1.000€), o assento do condutor com regulação elétrica e memória (800€), o sistema multiédia MBUX 1 (2.600€), Apple CarPlay e Android Auto (pack Integração de Smartphone, por 350€), display central de 10″ (disponível apenas com os packs Parking e Espelhos, e sistema de navegação MB, tudo por 2.250€), painel de instrumentos de 10″ (550€) e sistema de navegação MB (700€). Sem esquecer o Assistente de Ângulo Morto (550€), sistema Pre-Safe (que acrescenta airbags laterais traseiros, por 900€) e faróis Multibeam LED com assistente adaptativo de máximos (550€).
Consumos
Pontuação: 9/10
Razoavelmente expedito no desempenho, o 1,3 litros a gasolina desenvolvido em conjunto pela Mercedes e pela Renault, não peca sequer naquele que seria, à partida, o seu aspecto mais melindroso: os consumos.
Ajudado pela competente caixa manual de seis velocidades, o “nosso” Mercedes-Benz A 160 terminou o ensaio de vários dias, cumprido maioritariamente no seu ambiente preferencial – a cidade, pois claro!… -, com uma média de 7 l/100 km. Valor não tão acima quanto isso dos 6,7 l/100 km que são, já segundo o novo e mais real ciclo WLTP, a média oficial, e que, também por esse motivo, só pode ser considerado um bom resultado…
Ao volante
Pontuação: 9/10
Modelo reconhecido também pelo óptimo chassis que tem na base, o Mercedes-Benz A 160 socorre-se desse mesmo argumento para, mesmo quando com um propulsor sem chama suficiente para colocá-lo verdadeiramente à prova, garantir aquilo que a maior parte dos potenciais clientes do modelo procura: estabilidade, conforto, segurança e envolvência na condução. Tudo isto, não em doses elevadas, mas suficientes, para deixar qualquer condutor dos nossos dias satisfeito…
Nunca dando o mais leve sinal de submotorização, a verdade é que, mesmo com um pequeno 1.3 litros, o Classe A não deixa de ser um compacto divertido de conduzir. Graças também a uma direcção de bom nível, além de confortável, inclusive, nos pisos mais degradados.
Mantendo a óptima postura e inserção em curva, a este A 160 de apenas 109cv, não falta sequer o refinamento e óptimas sensações, tão características dos modelos da marca da estrela. O que faz com que, embora com menos impetuosidade no acelerador, o compacto alemão continue sendo, indubitavelmente e mesmo com um motor mais modesto, um digno Mercedes!…
Concorrentes
Audi A3 Sportback 30 TFSI Base, 999cc., 116cv, 9,9s 0-100 km/h, 206 km/h, 5,1 l/100 km, 134 g/km CO2, 28 028€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW Série 1 116i, 1.499cc, 109cv, 10,9s 0-100 km/h, 195 km/h, 5,3 l/100 km, 161 g/km CO2, 28 500€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mini One 5p, 1.499cc, 102cv, 10,6s 0-100 km/h, 192 km/h, 5,4 l/100 km, 135 g/km CO2, 23 100€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volvo V40 T3 Geartronic Sport Edition Plus, 1.498cc, 152cv, 8,0s 0-100 Km/h, 210 km/h, 5,5 l/100 km, 158 g/km CO2, 27 780€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação: 9/10
Acabada de chegar ao mercado nacional, a nova motorização de entrada na família Classe A é, nada mais, nada menos, que o mais recente produto da parceria tecnológica entre a alemã Daimler e a francesa Renault. E que, em estreia mundial no modelo alemão, é, basicamente, um quatro cilindros em linha 1,3 litros a gasolina, equipado com injecção directa, turbocompressor e intercooler, a debitar 109 cv de potência às 5500 rpm e 180 Nm de binário, entre as 1375 e as 3500 rpm.
Com lançamento igualmente previsto noutros modelos, também da Renault e da Nissan, este pequeno bloco de 1.332cc surge, no caso do hatchback germânico, conjugado com uma agradável na utilização caixa manual de seis velocidades (a maior dificuldade foi mesmo engrenar a marcha-atrás!…), a qual, com o seu apoio, acaba ajudando a garantir igualmente acelerações agradáveis (10,9s dos 0 aos 100 km/h) e recuperações de bom nível. Tudo isto, sem excesso de arrebatamento, é certo, mas, ainda assim e graças também à sonoridade cativante nos regimes mais altos, a convencer sem problemas; se necessário for, também pelo preço!…
Balanço final
Pontuação: 9/10
Proposta pensada, principalmente, em função do preço, a verdade é que o novo Mercedes-Benz A 160, é muito mais do isso. Equipado com um competente 1,3 litros a gasolina de 109cv, o modelo alemão garante também imagem e qualidade, a par de conforto e desempenho. E se a isto somarmos ainda os consumos apelativos, fica a certeza de que, com este tipo de base, a “estrela” é bem capaz de continuar a crescer (nas vendas), e por muito tempo!…
Comportamento / Motor / Qualidade de construção e materiais
Menos
Painel de instrumentos diminuto / Touchpad recuado / Lugar do meio estreito
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, com injecção directa, turbocompressor e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.332
Diâmetro x curso (mm): 72,2 x 81,4
Taxa de compressão: 10,6 : 1
Potência máxima (cv/rpm): 109/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 180/1.375-3.500
Transmissão, direcção, suspensão e travões
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direcção elétrica, assistida
Suspensão (fr/tr): Independente do tipo McPherson; Eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados; Discos
Prestações e Consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9
Velocidade máxima (km/h): 200
Consumos WLTP Velocidade Baixa/ Média/Elevada/ Muito Elevada/Combinado (l/100 km): 8,9/6,6/5,8/6,8/6,7
Emissões de CO2 WLTP (g/km): 153
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.419/1.796/1.440
Distância entre eixos (mm): 2.729
Largura das vias fr/tr (mm): 1.567/1.547
Peso (kg): 1.350
Capacidade da bagageira (l): 370/1.210
Depósito de combustível (l): 43
Pneus (fr/tr): 205/60 R16 / 225/60 R16
Preço da versão base (Euros): 26624€
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