EUA investiga a utilização baterias de chumbo em estações de recarga
Quem diria que as baterias de chumbo estariam de regresso, desta feita como acumuladores nas estações de carga de veículos elétricos, para tornar os carregamentos mais rápidos e mais baratos?
Segundo um estudo que a Tesla está a fazer juntamente com outras organizações norte americanas, para acelerar a introdução da mobilidade elétrica no país criando uma rede de recarga nacional, as baterias de chumbo podem estar de regresso.
A ideia passa por enterrar baterias de chumbo de elevada capacidade (e tamanho e peso) por baixo de estações de recarga em bombas de combustível tradicional, e assim tornar a vida dos utilizadores de carros elétricos mais fácil.
O mais recente estudo foi feito no Missouri e foi organizado pelo Consortium for Battery Innovation (CBI) e teve o apoio do departamento norte americano da energia. A ideia é utilizar modernas células de chumbo-carbono que utilizam acumuladores secos com o eletrólito mantido numa manga de fibra de vidro, evitando assim que o ácido possa verter. Este tipo de células é muito usado na indústria em aplicações que incluem equilíbrio de fluxo de energia das turbinas eólicas. A sua capacidade de armazenamento pode chegar a 25 mWh.
Para a rede carregamento dos EUA, estas baterias seriam carregadas com eletricidade mais barata fora dos horários de pico de consumo, oferecendo, assim, energia mais barata para os postos de abastecimento de combustíveis fósseis e facilitando a vida aos utilizadores de modelos elétricos.
Outro ponto positivo reside no controlo dos “picos de utilização” que são cobrados pelas empresas elétricas, sempre que as indústrias utilizam mais potencia energética do que o contratado. Segundo avaliações feitas pela McKinsey, uma área de serviço poderá poupar quase 3 mil euros por mês em custos com eletricidade, o que pode repercutir no balanço da empresa e no bolso dos utilizadores.
Por exemplo, uma área de serviço pode instalar dois carregadores rápidos com 150 kWh e baterias de 300 kWh. Numa utilização normal, estes carregadores utilizariam a energia da rede, mas numa situação de pico, entrariam as baterias em utilização, escapando, assim, aos tais “picos” de consumo. Poupar-se-iam mais de 3 mil euros que não seriam repercutidos no cliente, logo os carregamentos seriam mais baratos.
Uma ideia que pode ter pernas para andar, apesar das preocupações ambientais, defendidas por estruturas que possam evitar poluição dos solos e dos lençóis freáticos.
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