Reid Bigland, chefe de vendas da FCA nos EUA, processou o grupo italo-americano
O responsável máximo das vendas da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) nos Estados Unidos da América, instaurou um processo federal de denúncia contra o grupo italo-americano.
Reid Bigland alega que os membros executivos da FCA fizeram dele o bode expiatório, sacrificado no altar da fuga para diante da FCA, no caso das vendas inflacionadas do grupo, afirmando que tinha herdado essa prática dos seus antecessores na empresa.
Recordamos que Bigland foi um dos que mais cooperou na investigação federal que indagou sobre as práticas de venda da FCA e que, por isso, o seu vencimento foi reduzido em mais de 90% e que o seu bónus anual e a entrega de capital da empresa, como plano de compensação, avaliados, ambos, em quase 2 milhões de dólares, foram retidos pela FCA, como forma de retaliação.
Ainda segundo o jornal “The Detroit News”, este processo entregue pelos advogados de Reid Bigland, alega, ainda, que a FCA está a reter esses valores devidos para pagar multas ou acordos com a “Securities and Exchange Commision” (SEC), a CMVM norte americana.
Conforme se pode no comunicado enviado pelos advogados do executivo norte americano, “a indisponibilidade (de Reid Bigland) para agir como bode expiatório para defender 30 anos de más práticas dos seus antecessores e a sua franqueza em relação ao conhecimento que a empresa tinha destas práticas antes da sua chegada ao cargo de responsável de vendas nos EUA, levou a FCA a retaliar menos de dois meses depois dos acontecimentos, retendo a sua compensação.”
Reid Bigland quer que um juiz federal proíba a FCA de perpetrar outras retaliações e pede uma indeminização, não especificada por danos. No mesmo comunicado, os advogados do executivo dizem que “a sua (Bigland) elegibilidade para receber uma compensação de incentivo – como a de todos os outros executivos da administração – está sujeita a uma determinação do comité de compensações do Conselho de Administração, que diga que preenche os requisitos aplicáveis pela companhia no que toca ao desempenho pessoal e empresarial.”
Recordamos que na origem de tudo isto está o processo federal de investigação ás venda da FCA, levantado em julho de 2026. Rapidamente a FCA alterou as suas práticas de contabilidade e apresentação de dados de vendas, resultando isso numa reformulação dos mapas de vendas. Que vieram demonstrar que ao invés de 75 meses de subida ininterrupta das vendas, a FCA só viu as vendas crescerem em metade desse período de tempo.
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