Caixas negras vão ser obrigatórias nos automóveis
O Parlamento Europeu votou a obrigatoriedade de utilização de três dezenas de novas tecnologias que serão obrigatórias a bordos dos veículos automóveis a partir de 2022.
Pode parecer muito, mas a maioria destas novas tecnologias acabam por deixar de viver nos carros de topo e nas tabelas de opcionais, para se democratizarem. A grande novidade é mesmo a implementação de uma caixa negra.
A comissão europeia, antes de aprovar este pacote legislativo, lembrou que 25 100 pessoas perderam a vida na Europa em 2018, um valor que é 1% inferior ao registado em 2017. Significa isto que a Comissão Europeia não conseguirá alcançar a redução em 50% do número de vítimas mortais em 2020. Razão mais que suficiente para que este pacote legislativo fosse facilmente aprovado.
Assim, não espanta que trinta novas tecnologias tenham passado a ser obrigatórias nos veículos a partir de 2022 para os veículos novos e 2024 para os modelos existentes. Vamos então, conhecer quais as tecnologias mais importantes que vão ser, de série, a partir de 2022.
– Sinalização de excesso de velocidade (sem dispositivo que a reduza)
– Detetor de sonolência, de perda de atenção ou de distração do condutor
– Detetores de cintos de segurança colocados nos lugares traseiros
– Travagem de emergência autónoma
– Câmara traseira de marcha atrás
Ou seja, até aqui, não estamos a falar de nada de absolutamente novo, pois vários modelos já exibem estes equipamentos. Mas há duas novidades de peso: o teste do nível de alcoolémia para o carro arrancar e a caixa negra.
O Teste de alcoolémia é utilizado pelas forças policiais e são responsáveis por afastar muitos que insistem em conduzir sob o efeito do álcool. Há testes que podem ser comprados para autorregulação, mas a União Europeia quer torna-los obrigatórios. E podem estar ligados à ignição do carro, impedindo-o de arrancar. Porém, ainda nada está decidido e terão de ser os construtores de encontrar forma de os implementar.
Quanto às caixas negras, essas sim, vão ser obrigatórias a médio prazo. O texto do documento rubricado pelo Parlamento Europeu deixa claro que o sistema não registará imagens antes, durante ou depois de um acidente.
O sistema utilizará um circuito fechado – ou seja, os dados antigos vão sendo apagados ao mesmo tempo que novos dados vão chegando – as caixas negras não vão ser capazes de identificar os 4 últimos números de identificação do veículo, para preservar a identidade do condutor. Aprovada pelo Parlamento Europeu esta legislação, falta agora a ratificação do Conselho Europeu.
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