Renault procura fusão com a Nissan e com… a Fiat Chrysler Automobiles!
Segundo o Financial Times, a Renault pretende recomeçar as negociações para a fusão com a Nissan nos próximos dozes meses, na tentativa de criar um gigante que faça frente ao grupo Volkswagen, juntando a esta “dança” a possível compra do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA).
Carlos Ghosn é, definitivamente, passado na Renault e na Nissan e o bom trabalho que Jean-Dominique Senard está a fazer aos comandos da Renault e da Aliança Renault Nissan Mitsubishi, acalmou os ânimos no Japão – saber que o atual CEO da Nissan pode ser apanhado pelos estilhaços da polémica também ajudou a aplacar a fúria japonesa – melhorou a confiança entre as partes e está encontrada uma plataforma para um entendimento que sirva as duas partes. Segundo o Financial Times, citando fontes familiares com a forma de pensar das duas partes, a fusão pode mesmo acontecer no prazo de um ano.
A diferença para as anteriores rondas de conversações, é a junção à Aliança do grupo FCA. Todos juntos, só na Europa, valeriam bem mais de 3 milhões de unidades, o que seria primordial na luta contra gigantes como a Toyota e o grupo Volkswagen.
Ainda segundo a mesma fonte, Carlos Ghosn já tinha encetado conversações com a FCA, há três anos, para uma fusão com o grupo italo-americano. O Governo francês abortou as negociações, refere o Financial Times.
E assim o grupo FCA passou de uma empresa que ansiava por um parceiro, para ser cortejada pelos dois maiores grupos franceses, a Renault e o PSA Group. E se Sergio Marchionne não consegui fazer aquilo porque tanto lutou, John Elkkan, presidente do grupo FCA e Mike Manley, CEO da FCA, podem concretizar o sonho do ex-CEO.
Carlos Ghosn já tinha pavimentado o caminho para uma fusão plena entre a Renault e a Nissan, mas encontrou resistência de Hiroto Saikawa, hoje CEO da Nissan. O azougado japonês andou demasiado irritado e excitado e queria que a empresa japonesa tivesse mais poder de decisão numa relação que julgou estar há demasiado tempo mais favorável ao lado francês.
Tudo isto tem um enorme ponto de interrogação, chamado Governo francês. É o maior acionista da Renault e não parece crível que aceite uma fusão com uma marca japonesa e um grupo italo-americano. Além de que seria uma verdadeira babilónia conseguir que franceses, japoneses, italianos e americanos funcionassem em pleno.
A Renault, que possui 43% da Nissan, tem uma capitalização de mercado de 16,8 mil milhões de euros, o valor da Nissan é de 32 mil milhões de euros e a Fiat Chrysler Automobiles é de 21 mil milhões de euros.
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