Mercedes B200d – Ensaio Teste
MERCEDES B200d
Texto: José Manuel Costa
Monovolume ou não?
Honestamente, o Classe B sempre esteve na sombra do Classe A, mesmo na altura em que os alces embirravam com o pequeno monovolume. Isso resolveu-se, a Mercedes tratou de limpar as dúvidas sobre a qualidade dos modelos que produzia e quando mudou de vida e passou a ser um familiar médio, mais o Classe B mergulhou na quase clandestinidade. Ainda por cima, estando conotado com um segmento que todos querem ver pelas costas. Portanto seria fácil afastar o novo Classe B de qualquer equação, pois não faz muito sentido a Mercedes insistir num carro que ninguém quer. Ora, a verdade é que os rapazes da Mercedes venderam mais de 1,5 milhões de unidades juntando as duas gerações anteriores. Fica claro que alguma coisa bem-feita conseguiu a Mercedes com o Classe B para chegar a este patamar! O novo Classe B, aqui ensaiado na versão 200d, é uma reinterpretação do anterior, despe a farda de monovolume para se assumir como uma alternativa mais familiar ao Classe A e tenta sorrir aos que são forçados a descer na hierarquia automóvel do Classe C para baixo. Então, este B200d é ou não um monovolume?! Nim!
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Interior de classe / Acessibilidade / Tecnologia
Bagageira / Falta de emoção na condução / Botões no volante
Exterior
Pontuação 7/10
O novo Classe B é, claro, um derivativo do Classe A, pega nas mesmas soluções de estilo – a frente com os faróis rasgados, embora menos agressivos, a grelha grande, os farolins amendoados, a lateral de desenho simples – tem a mesma base destaca-se pela maior altura, um tejadilho mais alto a que corresponde uma superfície vidrada também maior e bancos colocados mais acima. Porém, a superfície vidrada tem um desenho diferente e por ser mais ampla, oferece uma sensação de carro maior. Que, na realidade, é! O Classe B cresceu em comprimento e largura – mais 26 mm em comprimento, mais 10 mm em largura, menos 4 mm em altura . mas sobretudo, viu a distância entre eixos crescer generosos 30 mm de distância entre eixos. O estilo está muito mais arredondado e oferece, aqui sim está uma enorme vantagem, uma acessibilidade melhor que a do Classe A. Sobretudo devido á colocação dos bancos numa posição mais elevada. Curiosamente, a via dianteira aumentou 15 mm, diminuiu 2 mm na traseira, mas nada disso afetou o equilíbrio das formas.
Interior
Pontuação 8/10
No que toca ao espaço interior, o Classe B está maior com mais 5 mm na altura ao tejadilho no banco dianteiro, mais 8 mm no banco traseiro e mais 4 mm para os ocupantes do banco dianteiro. Atrás, não há grandes diferenças face ao anterior Classe B, mesmo que em termos de largura á altura dos ombros, existam mais 8 mm à frente e mais 10 mm atrás. A bagageira também sofreu pois perdeu 33 litros (455 contra 488 no modelo anterior), permitindo oferecer mais um nadinha de espaço para quem vem atrás. Ainda assim, há muito espaço no banco traseiro. Quando se abre a porta, podem surgir dúvidas – “bolas querem ver que abri o carro do vizinho” – pois o Classe B tem um interior decalcado do Classe A. Pode parecer uma economia de escala sem sentido, mas face ao anterior Classe B, que diferença! O enorme painel de instrumentos e o ecrã do sistema de info entretenimento, com o MBUX (olá Mercedes!!) que inclui um ecrã sensível ao toque, diversas funções e um volante que conta com, pelo menos, 20 botões para controlar tudo, permitem ter o domínio das funções do veículo. E voltando ao volante, tem dois pequenos botões sensíveis ao toque que mais parecem os ratos de computador. O problema é que são muitos Menus e numa primeira analise, parece que a confusão vai ser geral. Não é e com o hábito até é bem mais simples do que pensava. Mesmo assim, são demasiados botões e muitas os olhos saem da estrada para o volante e é um sarilho.
Equipamento
Pontuação 7/10
Poderia ser excelente, fica-se pelo aceitável, pois para ter um carro opiparamente equipado são precisos alguns milhares de euros. No caso vertente do modelo de ensaio, o preço base é de 42.449 euros, mas depois são acrescentados quase 8 mil euros de extras e o preço fica para lá dos 51 mil euros. Onde são gastos os quase 8 mil euros de extras? No teto de abrir panorâmico (1.450 euros), pacote de conectividade para smartphone (500 euros), pacote Premium (3.850 euros), linha AMG (2.250 euros), pintura metalizada cinzento Mountain (750 euros), vidros laterais traseiros e óculo traseiro escurecidos (400 euros). O que é oferecido de série? Serviços de monitorização do veículo, Android Auto, Apple CarPlay, auxiliar de estacionamento ativo (inclui o Parktronic), antena para GPS, módulo de comunicação Mercedes Me Connect 4G, ar condicionado automático, suspensão conforto rebaixada, acesso e arranque mãos livres, sistema Isofix, volante multifunções, som do motor desportivo, acabamentos em carbono, câmara marcha atrás, assistência à travagem de emergência, airbag de joelho, sensor de chuva, sistema de navegação, caixa automática, espelhos retrovisores rebatíveis, faróis LED, ecrã central de 10 polegadas, bancos dianteiros aquecidos.
Consumos
Pontuação 7/10
O motor diesel deste 200d é o bloco OM654q, com 2.0 litros e 150 CV, com uma caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades, o que permite adequar a caixa ao andamento pretendido, jogando com os modos de condução. A Mercedes reclama 4,5 l/100 km em ciclo misto, com 5,5 litros em cidade. Não exagerando e com uma condução regrada, foi possível chegar aos 5,1 l/100 km. Explorando tudo o que o B200d tem para dar, o consumo sobe para os 6,7 l/100 km. A média final ficou nos 5,8 l/100 km.
Ao Volante
Pontuação 7/10
Para lá da boa posição de condução, da qualidade do interior e dos materiais, continuo impressionado com o conjunto de tecnologia de ajudas á condução que o B200s exibe e que, há meia dúzia de anos seriam impensáveis de encontrar num familiar médio. O conjunto oferecido inclui travagem autónoma de emergência, manutenção da faixa de rodagem, monitorização do ângulo morto, enfim, uma série de ajudas que auxiliam muito o condutor. Porém, se na apresentação do carro houve uma coisa que me irritou um bocadinho, neste ensaio voltou a acontecer. A travagem autónoma de emergência foi pensada para mitigar os efeitos de uma colisão frontal, tendo o sistema capacidade para identificar um veículo ou um peão. Ora, isto é uma ajuda fundamental, mas… muitas vezes o sistema entrou em ação, apertou os cintos e fez soar um alarme sonoro, quando á frente não se passava nada, apenas estava a curvar junto a uma saída de auto estrada. Irrita, sem dúvida. Mas pior é o sistema de manutenção do carro na faixa de rodagem. Basta estar a conduzir relaxado e o carro desviar um pouquinho em auto estrada, para o sistema entrar em pânico e atirar o carro para dentro da faixa. Pensava que era uma questão de afinação, mas parece que não e ambos os sistemas são demasiado intrusivos. Uma das vezes, a curvar na Serra de Sintra, aproximei-me demais da berma e o carro travou de forma decidida, sem nenhuma necessidade. Quer isto dizer que é má a tecnologia? Não!!! Parabéns à Mercedes por ter colocado no carro tanta tecnologia de ajuda á condução! O B200d tinha vários modos de condução (Eco, Comfort e Sport, além do individual) que influenciam a carga dos amortecedores e a verdade é que assim equipado, o carro tem um pisar sereno e de qualidade, embora o conforto não atinja nível de excelência. Mas não lhe deixa as costas feitas num oito fique tranquilo. A direção é suave e demasiado ligeira, mas mantém a precisão e oferece, até, alguma sensibilidade. O comportamento do Classe B não se iguala ao do Classe A, mas este B200d mostrou boa capacidade em curva e muito acima daquilo que qualquer cliente alguma vez conseguirá fazer. O eixo dianteiro possui muita aderência e não é fácil ceder e mesmo em estradas degradadas, o B200d não deixa de inspirar confiança e tranquilidade. Enfim, um comportamento indicado para o tipo de cliente que vai comprar o B200d.
Motor
Pontuação 7/10
O bloco OM654q junta-se ao Classe B depois de ser vedeta no Classe C e este B200d recebe uma unidade com 150 CV e um binário de 320 Nm, algo que deixa um ligeiro desapontamento, pois há motor 1.6 litros que fazem o mesmo. Isso não impede que seja um motor suave, refinado e que, na minha opinião, permite que este B200d seja mais refinado que o B220d que experimentei na apresentação internacional. E tenho de confessar que para o tipo de cliente que aponta o Classe B, este B200d é mais indicado que o 220d com 190 CV. Porque é mais refinado, mais suave e rima bem com a caixa, desde que não utilizemos o modo manual, pois há ali algumas hesitações. Nada de grava, mas poderia ser menos hesitante e mais decisiva. Ainda assim, o B200d chega dos 0-100 km/h em 8,3 segundos e tem como velocidade máxima de 219 km/h. Como o binário, mesmo que não muito fausto, surge logo a partir das 1400 rpm, o motor consegue ser suficiente para não nos deixar em situações menos agradáveis ao volante.
Balanço Final
Pontuação 7/10
Já dei muitas voltas á cabeça e continuo como estava depois da apresentação internacional: porque continua a existir um Classe A e um Classe B? A Mercedes diz que não e até lhe chama “Tourer” como se fosse uma carrinha, mas a verdade é que o Classe B é a versão monovolume do Classe A. O B200d não é um carro melhor que o Classe A, mas oferece um pouco mais de habitabilidade e melhor acessibilidade. Portanto, escolher entre o Classe A ou o Classe B não tem tanto a ver com ser melhor ou pior, mas sim uma questão de opção. Ou de gosto.
Concorrentes
BMW 218d Active Tourer 1995 c.c. turbo diesel; 150 CV; 330 Nm; 0-100 km/h em 10,6 seg,; 195 km/h; 4,3 l/100 km, 112 gr/km de CO2; nd
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cil. em linha com injeção direta de gasóleo e turbocompressor
Cilindrada (cm3): 1950
Diâmetro x Curso (mm): 82 x 92,3
Taxa de Compressão: 15,5:1
Potência máxima (CV/rpm): 150/3400 – 4400
Binário máximo (Nm/rpm): 320/1400 – 3200
Transmissão: dianteira com caixa automática de dupla embraiagem com 8 vel.
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): McPherson/eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,3
Velocidade máxima (km/h): 219 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 3,7/5,2/4,2
Emissões CO2 (gr/km): 112
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4419/1796/1562
Distância entre eixos (mm): 2729
Largura de vias (fr/tr mm): 1567/1547 Peso (kg): 1535
Capacidade da bagageira (l): 445 / 1530
Deposito de combustível (l): 43 Pneus (fr/tr): 205/60 R16
Mais/Menos
Mais
Interior de classe / Acessibilidade / Tecnologia
Menos
Bagageira / Falta de emoção na condução / Botões no volante
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 51626€
Preço da versão base (Euros): 42450€
Exterior
Pontuação 7/10
O novo Classe B é, claro, um derivativo do Classe A, pega nas mesmas soluções de estilo – a frente com os faróis rasgados, embora menos agressivos, a grelha grande, os farolins amendoados, a lateral de desenho simples – tem a mesma base destaca-se pela maior altura, um tejadilho mais alto a que corresponde uma superfície vidrada também maior e bancos colocados mais acima. Porém, a superfície vidrada tem um desenho diferente e por ser mais ampla, oferece uma sensação de carro maior. Que, na realidade, é! O Classe B cresceu em comprimento e largura – mais 26 mm em comprimento, mais 10 mm em largura, menos 4 mm em altura . mas sobretudo, viu a distância entre eixos crescer generosos 30 mm de distância entre eixos. O estilo está muito mais arredondado e oferece, aqui sim está uma enorme vantagem, uma acessibilidade melhor que a do Classe A. Sobretudo devido á colocação dos bancos numa posição mais elevada. Curiosamente, a via dianteira aumentou 15 mm, diminuiu 2 mm na traseira, mas nada disso afetou o equilíbrio das formas.
Interior
Pontuação 8/10
No que toca ao espaço interior, o Classe B está maior com mais 5 mm na altura ao tejadilho no banco dianteiro, mais 8 mm no banco traseiro e mais 4 mm para os ocupantes do banco dianteiro. Atrás, não há grandes diferenças face ao anterior Classe B, mesmo que em termos de largura á altura dos ombros, existam mais 8 mm à frente e mais 10 mm atrás. A bagageira também sofreu pois perdeu 33 litros (455 contra 488 no modelo anterior), permitindo oferecer mais um nadinha de espaço para quem vem atrás. Ainda assim, há muito espaço no banco traseiro. Quando se abre a porta, podem surgir dúvidas – “bolas querem ver que abri o carro do vizinho” – pois o Classe B tem um interior decalcado do Classe A. Pode parecer uma economia de escala sem sentido, mas face ao anterior Classe B, que diferença! O enorme painel de instrumentos e o ecrã do sistema de info entretenimento, com o MBUX (olá Mercedes!!) que inclui um ecrã sensível ao toque, diversas funções e um volante que conta com, pelo menos, 20 botões para controlar tudo, permitem ter o domínio das funções do veículo. E voltando ao volante, tem dois pequenos botões sensíveis ao toque que mais parecem os ratos de computador. O problema é que são muitos Menus e numa primeira analise, parece que a confusão vai ser geral. Não é e com o hábito até é bem mais simples do que pensava. Mesmo assim, são demasiados botões e muitas os olhos saem da estrada para o volante e é um sarilho.
Equipamento
Pontuação 7/10
Poderia ser excelente, fica-se pelo aceitável, pois para ter um carro opiparamente equipado são precisos alguns milhares de euros. No caso vertente do modelo de ensaio, o preço base é de 42.449 euros, mas depois são acrescentados quase 8 mil euros de extras e o preço fica para lá dos 51 mil euros. Onde são gastos os quase 8 mil euros de extras? No teto de abrir panorâmico (1.450 euros), pacote de conectividade para smartphone (500 euros), pacote Premium (3.850 euros), linha AMG (2.250 euros), pintura metalizada cinzento Mountain (750 euros), vidros laterais traseiros e óculo traseiro escurecidos (400 euros). O que é oferecido de série? Serviços de monitorização do veículo, Android Auto, Apple CarPlay, auxiliar de estacionamento ativo (inclui o Parktronic), antena para GPS, módulo de comunicação Mercedes Me Connect 4G, ar condicionado automático, suspensão conforto rebaixada, acesso e arranque mãos livres, sistema Isofix, volante multifunções, som do motor desportivo, acabamentos em carbono, câmara marcha atrás, assistência à travagem de emergência, airbag de joelho, sensor de chuva, sistema de navegação, caixa automática, espelhos retrovisores rebatíveis, faróis LED, ecrã central de 10 polegadas, bancos dianteiros aquecidos.
Consumos
Pontuação 7/10
O motor diesel deste 200d é o bloco OM654q, com 2.0 litros e 150 CV, com uma caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades, o que permite adequar a caixa ao andamento pretendido, jogando com os modos de condução. A Mercedes reclama 4,5 l/100 km em ciclo misto, com 5,5 litros em cidade. Não exagerando e com uma condução regrada, foi possível chegar aos 5,1 l/100 km. Explorando tudo o que o B200d tem para dar, o consumo sobe para os 6,7 l/100 km. A média final ficou nos 5,8 l/100 km.
Ao volante
Pontuação 7/10
Para lá da boa posição de condução, da qualidade do interior e dos materiais, continuo impressionado com o conjunto de tecnologia de ajudas á condução que o B200s exibe e que, há meia dúzia de anos seriam impensáveis de encontrar num familiar médio. O conjunto oferecido inclui travagem autónoma de emergência, manutenção da faixa de rodagem, monitorização do ângulo morto, enfim, uma série de ajudas que auxiliam muito o condutor. Porém, se na apresentação do carro houve uma coisa que me irritou um bocadinho, neste ensaio voltou a acontecer. A travagem autónoma de emergência foi pensada para mitigar os efeitos de uma colisão frontal, tendo o sistema capacidade para identificar um veículo ou um peão. Ora, isto é uma ajuda fundamental, mas… muitas vezes o sistema entrou em ação, apertou os cintos e fez soar um alarme sonoro, quando á frente não se passava nada, apenas estava a curvar junto a uma saída de auto estrada. Irrita, sem dúvida. Mas pior é o sistema de manutenção do carro na faixa de rodagem. Basta estar a conduzir relaxado e o carro desviar um pouquinho em auto estrada, para o sistema entrar em pânico e atirar o carro para dentro da faixa. Pensava que era uma questão de afinação, mas parece que não e ambos os sistemas são demasiado intrusivos. Uma das vezes, a curvar na Serra de Sintra, aproximei-me demais da berma e o carro travou de forma decidida, sem nenhuma necessidade. Quer isto dizer que é má a tecnologia? Não!!! Parabéns à Mercedes por ter colocado no carro tanta tecnologia de ajuda á condução! O B200d tinha vários modos de condução (Eco, Comfort e Sport, além do individual) que influenciam a carga dos amortecedores e a verdade é que assim equipado, o carro tem um pisar sereno e de qualidade, embora o conforto não atinja nível de excelência. Mas não lhe deixa as costas feitas num oito fique tranquilo. A direção é suave e demasiado ligeira, mas mantém a precisão e oferece, até, alguma sensibilidade. O comportamento do Classe B não se iguala ao do Classe A, mas este B200d mostrou boa capacidade em curva e muito acima daquilo que qualquer cliente alguma vez conseguirá fazer. O eixo dianteiro possui muita aderência e não é fácil ceder e mesmo em estradas degradadas, o B200d não deixa de inspirar confiança e tranquilidade. Enfim, um comportamento indicado para o tipo de cliente que vai comprar o B200d.
Concorrentes
BMW 218d Active Tourer 1995 c.c. turbo diesel; 150 CV; 330 Nm; 0-100 km/h em 10,6 seg,; 195 km/h; 4,3 l/100 km, 112 gr/km de CO2; nd
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação 7/10
O bloco OM654q junta-se ao Classe B depois de ser vedeta no Classe C e este B200d recebe uma unidade com 150 CV e um binário de 320 Nm, algo que deixa um ligeiro desapontamento, pois há motor 1.6 litros que fazem o mesmo. Isso não impede que seja um motor suave, refinado e que, na minha opinião, permite que este B200d seja mais refinado que o B220d que experimentei na apresentação internacional. E tenho de confessar que para o tipo de cliente que aponta o Classe B, este B200d é mais indicado que o 220d com 190 CV. Porque é mais refinado, mais suave e rima bem com a caixa, desde que não utilizemos o modo manual, pois há ali algumas hesitações. Nada de grava, mas poderia ser menos hesitante e mais decisiva. Ainda assim, o B200d chega dos 0-100 km/h em 8,3 segundos e tem como velocidade máxima de 219 km/h. Como o binário, mesmo que não muito fausto, surge logo a partir das 1400 rpm, o motor consegue ser suficiente para não nos deixar em situações menos agradáveis ao volante.
Balanço final
Pontuação 7/10
Já dei muitas voltas á cabeça e continuo como estava depois da apresentação internacional: porque continua a existir um Classe A e um Classe B? A Mercedes diz que não e até lhe chama “Tourer” como se fosse uma carrinha, mas a verdade é que o Classe B é a versão monovolume do Classe A. O B200d não é um carro melhor que o Classe A, mas oferece um pouco mais de habitabilidade e melhor acessibilidade. Portanto, escolher entre o Classe A ou o Classe B não tem tanto a ver com ser melhor ou pior, mas sim uma questão de opção. Ou de gosto.
Interior de classe / Acessibilidade / Tecnologia
MenosBagageira / Falta de emoção na condução / Botões no volante
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cil. em linha com injeção direta de gasóleo e turbocompressor
Cilindrada (cm3): 1950
Diâmetro x Curso (mm): 82 x 92,3
Taxa de Compressão: 15,5:1
Potência máxima (CV/rpm): 150/3400 – 4400
Binário máximo (Nm/rpm): 320/1400 – 3200
Transmissão: dianteira com caixa automática de dupla embraiagem com 8 vel.
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): McPherson/eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,3
Velocidade máxima (km/h): 219 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 3,7/5,2/4,2
Emissões CO2 (gr/km): 112
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4419/1796/1562
Distância entre eixos (mm): 2729
Largura de vias (fr/tr mm): 1567/1547 Peso (kg): 1535
Capacidade da bagageira (l): 445 / 1530
Deposito de combustível (l): 43 Pneus (fr/tr): 205/60 R16
Preço da versão base (Euros): 42450€
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