Citroen AMIOne é uma espécie de “papa reformas” do futuro, sendo conectado, elétrico e não exigindo carta para ser conduzido
Pequenino, barato, com pouca tecnologia e motorização elétrica, o AMIOne tem como único objetivo massificar a mobilidade elétrica e a partilha de veículo no futuro. É este o protótipo que a Citroen vai revelar no Salão de Genebra.
Tem apenas dois lugares, as portas abrem em direções opostas (a do passageiro no sentido da marcha, a do condutor em sentido contrário), tem menos de 1,5 metros de largura, pesa menos de 450 quilos e tem uma velocidade máxima de 45 km/h. Ou seja, encaixa perfeitamente na categoria dos quadriciclos e pode ser conduzido sem carta de condução.
A Citroen teve como missão neste AMIOne responder a algumas das dificuldades que os pequenos carros deste segmento exibem. Uma delas tem a ver com aquela que é uma tendência, a primazia à utilização face à posse. Aliás, Xavier Peugeot, o vice-presidente para a produção e estratégia do PSA Group, referiu que “os jovens estão interessados na utilização e não na posse. Por isso é que para mim o AMIOne não é um carro, seguindo a ideia que mobilidade não é um objeto.”
Tendo como objetivo ser um veículo de utilização intensiva, que será a base para plataformas de partilha de veículos e, também, para utilização particular, o AMIOne foi pensado para ser simples e barato de produzir, sendo muito resistente. “Os materiais escolhidos têm como principal e quase única premissa, serem duráveis e resistentes” referiu Frédéric Duvernier, responsável pelo departamento de protótipos da Citroen e responsável pelo estudo AMIone.
O primeiro passo para um produto barato, foi reduzir de forma dramática o número de componentes necessários ara fazer o carro. O para brisas e o óculo traseiro são diferentes, mas tudo o resto tenta ser o mais possível simétrico para permitir que a maior parte dos painéis sejam comuns aos dois lados do carro.
As portas, por exemplo, são iguais e com a dobradiças também iguais e colocadas no mesmo sítio. Por isso mesmo é que uma, a do condutor, abre no sentido contrário ao da marcha e a do passageiro no sentido certo. Os painéis dianteiro e traseiro por baixo, respetivamente, do para brisas e do óculo traseiro são iguais, as embaladeiras são iguais dos dois lados e também à frente e atrás, as cavas das rodas são iguais à frente atrás, do lado esquerdo e do lado direito. As luzes LED e os logótipos são iguais à frente e atrás.
No interior, voltamos a falar a linguagem da fiabilidade, robustez e conectividade. O interior é todo feito em plástico que pode ser lavado, o painel de instrumentos tem um “head uop display” que mostra as informações e funções do seu smatrtphone, que é assim integrado no funcionamento do AMIOne e controlado por voz. O painel de instrumentos e o “head up display” são as únicas peças elétricas dentro do carro, pois os vidros ou estão abertos ou fechados (ao mais belo estilo do 2 CV) e o tejadilho é de abrir e enrolado… à mão. Os bancos são feitos da forma mais simples e apenas com regulação longitudinal.
Infelizmente, a Citroen não tem planos para produzir o AMIOne, pois o protótipo tem como missão mostrar aquilo que a marca francesa está a preparar para a sua gama de produtos citadinos que começa a dar mostras de estar a reduzir-se. Foi isso mesmo que Linda Jackson, CEO da Citroen referiu, lembrando que “os consumidores estão a mover-se para fora do segmento B e do segmento B-SUV, elo que o C1 não terá substituto. Qual será o futuro então? A conectividade e a partilha de veículos e para as cidades, não há hipótese, terá, sempre, se ser elétrico. Ou seja, para as grandes cidades temos de olhar para o segmento A e é aí que se encaixa o AMIOne.”
O Citroen AMIOne estará no Salão de Genebra e poderá ser experimentado em redor do espaço da casa francesa.
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